Em fevereiro de 2009, a empresa cortou 20% dos funcionários devido à crise e ainda não reviu os planos de contratação
Apesar do anúncio hoje da venda de pelo menos 35 aeronaves para a companhia britânica Flybe, em um contrato de US$ 5 bilhões que pode chegar a envolver até 140 novos aviões, funcionários da Embraer continuam apreensivos em relação a seus postos de trabalho.
A companhia, que em fevereiro do ano passado chegou a demitir 20% dos funcionários devido à crise, ainda não reviu os planos de contratação. Para o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Hebert Claros, as recentes confirmações de novos negócios pela empresa não chegam a trazer otimismo para os trabalhadores.
"Todo anúncio de venda é importante, porque significa trabalho e nós vivemos de construir aviões. O problema que nos deixa indignados é a política enraizada na empresa, com demissões e falta de aumento para os funcionários", critica o sindicalista, que também trabalha na Embraer.
De acordo com dados do sindicato, mais de 5,5 mil trabalhadores foram demitidos pela companhia no ano passado e uma média de 30 demissões têm sido homologadas por mês em 2010. Segundo Claros, a carga de trabalho aumentou para que menos funcionários mantivessem a produção das aeronaves. "Antes, eram necessários 70 operários para a montagem das asas no corpo do avião, mas agora o mesmo trabalho está sendo feito por 35 pessoas", conta.
A companhia também não concedeu aumento salarial em 2009 e, desde setembro, o sindicato aguarda decisão da Justiça sobre o reajuste. "Em nenhum momento a empresa registrou prejuízo na crise. Houve apenas redução nos lucros. Tanto que os acionistas foram remunerados normalmente durante todo este tempo", afirma.
Já a Embraer alega que o fechamento de negócios na indústria aeronáutica significa investimentos e produção de longo prazo. De acordo com a empresa, foram fabricadas 244 aeronaves em 2009 e a previsão para 2010 é de 227 aviões. Novas contratações, no entanto, dependem dos planejamentos de produção dos próximos anos, que ainda não estão definidos.
Fonte: Eduardo Rodrigues (Agência Estado)
Apesar do anúncio hoje da venda de pelo menos 35 aeronaves para a companhia britânica Flybe, em um contrato de US$ 5 bilhões que pode chegar a envolver até 140 novos aviões, funcionários da Embraer continuam apreensivos em relação a seus postos de trabalho.
A companhia, que em fevereiro do ano passado chegou a demitir 20% dos funcionários devido à crise, ainda não reviu os planos de contratação. Para o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Hebert Claros, as recentes confirmações de novos negócios pela empresa não chegam a trazer otimismo para os trabalhadores.
"Todo anúncio de venda é importante, porque significa trabalho e nós vivemos de construir aviões. O problema que nos deixa indignados é a política enraizada na empresa, com demissões e falta de aumento para os funcionários", critica o sindicalista, que também trabalha na Embraer.
De acordo com dados do sindicato, mais de 5,5 mil trabalhadores foram demitidos pela companhia no ano passado e uma média de 30 demissões têm sido homologadas por mês em 2010. Segundo Claros, a carga de trabalho aumentou para que menos funcionários mantivessem a produção das aeronaves. "Antes, eram necessários 70 operários para a montagem das asas no corpo do avião, mas agora o mesmo trabalho está sendo feito por 35 pessoas", conta.
A companhia também não concedeu aumento salarial em 2009 e, desde setembro, o sindicato aguarda decisão da Justiça sobre o reajuste. "Em nenhum momento a empresa registrou prejuízo na crise. Houve apenas redução nos lucros. Tanto que os acionistas foram remunerados normalmente durante todo este tempo", afirma.
Já a Embraer alega que o fechamento de negócios na indústria aeronáutica significa investimentos e produção de longo prazo. De acordo com a empresa, foram fabricadas 244 aeronaves em 2009 e a previsão para 2010 é de 227 aviões. Novas contratações, no entanto, dependem dos planejamentos de produção dos próximos anos, que ainda não estão definidos.
Fonte: Eduardo Rodrigues (Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário