Os excessos burocráticos, aliados ao desprestígio político regional, estariam prejudicando, sensivelmente, a região do Cariri, de modo específico, seu aeroporto voltado para a demanda de 30 municípios e um milhão de habitantes. Há muito, persistem os embaraços para o equacionamento de problemas meramente formais da transferência do patrimônio e da gestão do único aeródromo do sul do Ceará para o governo federal, apesar da boa vontade da parte cedente.
Como destino turístico preferencial do Nordeste, Juazeiro do Norte recebe, a cada ano, três milhões de visitantes para sucessivos eventos em torno do turismo religioso alimentado pela reverência à figura carismática do Padre Cícero Romão Batista. O Aeroporto Orlando Bezerra de Meneses possui estrutura voltada para um movimento de 50 mil passageiros por ano. Em 2009, atendeu a 250 mil visitantes da região em condições precárias.
O primeiro e estratégico problema encontra-se na resistência do pavimento da pista de pouso, limitada tecnicamente para receber aeronaves transportando apenas 70 passageiros. A demanda regional comportaria equipamentos capazes de transportar, no mínimo, 140 passageiros em cada voo. Apesar de quatro voos diários para a região, a defasagem implica no encarecimento do transporte aéreo, pois, quanto menor for a capacidade transportada da aeronave, maior será seu custo operacional. A experiência assim demonstra.
Há dois anos, por ocasião das últimas crises registradas no transporte aéreo nacional, o governo acenou com a possibilidade de estimular a retomada das aerovias regionais, abrindo espaço para um mercado interligando o interior do País e, assim, desafogar o tráfego aéreo dos grandes centros. O Nordeste comporta esse tipo de operação para reverter a ociosidade de aeroportos como os de Mossoró, João Pessoa, Paulo Afonso, Caruaru, Picos, Teresina e Parnaíba, dentre outros.
A eles o governo poderia incorporar dois outros, em fase de conclusão: os de Aracati e Jericoacoara, com expectativa de um terceiro, em Camocim, planejado, aprovado, mas sem obras iniciadas. Empresas aéreas nacionais recém-instituídas estão adquirindo aviões turboélices na Europa destinados a rotas menores, em torno de 500 km entre cada voo.
Quanto ao de Juazeiro do Norte, o Estado promoveu sua transferência para o governo federal, a Infraero elaborou projeto para ampliar a pista e o terminal de passageiros. Tudo isso, entretanto, está condicionado à homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O desinteresse tem levado esse bem público a perder recursos consignados no orçamento da União para bancar parte dos melhoramentos projetados por conta da indefinição da burocracia.
Diante desse quadro de incertezas e esgotada a tolerância para com o grave problema, a comunidade juazeirense apelou para a manifestação pública de inconformidade com o problema. Lideranças políticas e empresariais promoveram desfile público, dentro de um clima de ordem, expondo os prejuízos causados à região e exigindo uma solução na grandeza da importância do Cariri. É o fim da paciência.
Fonte: Diário do Nordeste
Como destino turístico preferencial do Nordeste, Juazeiro do Norte recebe, a cada ano, três milhões de visitantes para sucessivos eventos em torno do turismo religioso alimentado pela reverência à figura carismática do Padre Cícero Romão Batista. O Aeroporto Orlando Bezerra de Meneses possui estrutura voltada para um movimento de 50 mil passageiros por ano. Em 2009, atendeu a 250 mil visitantes da região em condições precárias.
O primeiro e estratégico problema encontra-se na resistência do pavimento da pista de pouso, limitada tecnicamente para receber aeronaves transportando apenas 70 passageiros. A demanda regional comportaria equipamentos capazes de transportar, no mínimo, 140 passageiros em cada voo. Apesar de quatro voos diários para a região, a defasagem implica no encarecimento do transporte aéreo, pois, quanto menor for a capacidade transportada da aeronave, maior será seu custo operacional. A experiência assim demonstra.
Há dois anos, por ocasião das últimas crises registradas no transporte aéreo nacional, o governo acenou com a possibilidade de estimular a retomada das aerovias regionais, abrindo espaço para um mercado interligando o interior do País e, assim, desafogar o tráfego aéreo dos grandes centros. O Nordeste comporta esse tipo de operação para reverter a ociosidade de aeroportos como os de Mossoró, João Pessoa, Paulo Afonso, Caruaru, Picos, Teresina e Parnaíba, dentre outros.
A eles o governo poderia incorporar dois outros, em fase de conclusão: os de Aracati e Jericoacoara, com expectativa de um terceiro, em Camocim, planejado, aprovado, mas sem obras iniciadas. Empresas aéreas nacionais recém-instituídas estão adquirindo aviões turboélices na Europa destinados a rotas menores, em torno de 500 km entre cada voo.
Quanto ao de Juazeiro do Norte, o Estado promoveu sua transferência para o governo federal, a Infraero elaborou projeto para ampliar a pista e o terminal de passageiros. Tudo isso, entretanto, está condicionado à homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O desinteresse tem levado esse bem público a perder recursos consignados no orçamento da União para bancar parte dos melhoramentos projetados por conta da indefinição da burocracia.
Diante desse quadro de incertezas e esgotada a tolerância para com o grave problema, a comunidade juazeirense apelou para a manifestação pública de inconformidade com o problema. Lideranças políticas e empresariais promoveram desfile público, dentro de um clima de ordem, expondo os prejuízos causados à região e exigindo uma solução na grandeza da importância do Cariri. É o fim da paciência.
Fonte: Diário do Nordeste
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