sábado, 5 de fevereiro de 2022

Rússia inicia testes do mais poderoso bombardeiro estratégico

O avião Tu-160M2, versão do Tu-160 soviético com profunda modernização, poderá carregar até 40 toneladas de mísseis e bombas e pode se tornar uma arma de dissuasão nuclear.

Primeiro voo do Tu-160M2 (Foto: PJSC UAC/Global Look Press)
Em meados de janeiro, após uma longa modernização, o bombardeiro estratégico mais poderoso da Rússia, o Tu-160M2, realizou seu primeiro voo de teste.

A maior aeronave do país construída do zero passou cerca de 30 minutos no ar a uma altitude de 600 metros. A tripulação testou a estabilidade e os sistemas de controle da aeronave realizando várias manobras.

Este é o primeiro de dez aviões Tu-160M2 que o exército russo deverá receber até 2027. Eles substituirão os bombardeiros soviéticos antigos e serão uma parte essencial da “tríade nuclear”, ao lado de submarinos atômicos e mísseis balísticos intercontinentais.

Тu-160 (Foto: Ministério da Defesa da Rússia/Global Look Press)
O Tu-160M2 é um novo avião criado do zero. Há também outro avião semelhante chamado Tu-160M, uma versão modernizada do Tu-160 soviético que será utilizada até que o Tu-160M2 entre para a frota. Segundo os fabricantes, não há diferenças entre essas aeronaves — exceto no quesito “novidade”.

"Cisne Branco"


A aeronave estratégica Tu-160M2 é uma profunda modernização do bombardeiro mais poderoso da União Soviética, o Tu-160, apelidado de "Cisne Branco".

O avião pode levar até 40 toneladas de armas nucleares e jogá-las sobre o inimigo a milhares de quilômetros de distância.

A vida útil dos Tu-160 soviéticos termina na década de 2020, e, após 40 anos de uso militar, os velhos bombardeiros serão substituídos por aviões novos.

“A princípio, a Rússia planejava criar e usar os bombardeiros estratégicos PAK DA de nova geração militar para cumprir as missões dos Tu-160. Mas o desenvolvimento dos PAK DA atrasou e os militares russos decidiram investir em uma profunda modernização de aeronaves estratégicas soviéticas”, explica o analista militar russo Aleksandr Khramtchikhin.

Tu-160 (Foto: Vadim Savitski/Ministério da Defesa da Rússia)
Segundo ele, não há necessidade de criar um avião completamente novo para substituir os Tu-160 soviéticos.

“Os especialistas mudaram absolutamente tudo dentro do Tu-160. Apenas externamente os novos aviões parecem com os Tu-160 antigos. O Tu-160M2 recebeu novos sistemas de navegação, equipamentos de rádio, novos motores e sistemas de lançamentos de novos tipos de mísseis estratégicos e bombas, inclusive mísseis hipersônicos”, explica Ígor Korôtchenko o editor da revista especializada em assunto militares “Arsenal da Pátria”.

Críticas


A ausência de mudanças externas no planador do Tu-160 foi criticada pela imprensa e especialistas militares russos. Alguns deles mencionam também sua incapacidade de superar unidades de defesa aérea inimigos. Além disso, segundo eles, o avião não pode alcançar velocidade supersônica.

Korotchenko confirma a existência dessas desvantagens do novo Tu-160M2, mas, segundo ele, elas não são cruciais, pois o avião consegue atingir alvos inimigos sem sair do espaço aéreo da Rússia. Assim, sua “visibilidade” nos radares de defesa aérea não ameaça o avião.

Primeiro voo do Tu-160M2 (Foto: PJSC UAC/Global Look Press)
"A principal vantagem do Tu-160M2 é a capacidade de lançar mísseis a milhares de quilômetros do alcance dos sistemas de defesa aérea inimigos. A aeronave já está armada com mísseis de cruzeiro X-101 e X-102 que podem atingir alvos a 5 mil quilômetros de distância. Nos próximos anos, o Tu-160M2 receberá novos mísseis hipersônicos que não podem ser rastreados por radares modernos de defesa aérea”, diz Korôtchenko.

Segundo ele, os novos Tu-160M2 ficarão em uso por pelo menos 20 anos e, depois, serão substituídos por bombardeiros estratégicos PAK DA da nova geração.

Caças dos EUA interceptam aviões da Rússia no mar Báltico, diz Otan

F-15 da Força Aérea americana identificaram 4 caças russos (2 Su-35 e 2 MiG-31) perto do espaço aéreo aliado. Noruegueses e britânicos abordaram aeronaves nos mares de Barents e do Norte.

Alerta de reação rápida da Otan é lançado para interceptar e identificar aeronaves russas na área
do Mar de Barents (Foto: Força Aérea Real Norueguesa/Divulgação Otan)
Caças dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Noruega interceptaram aeronaves da Rússia no mar Báltico, no mar de Barents e no mar do Norte, anunciou o comando aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta sexta-feira (4).

Segundo a aliança militar dos países ocidentais, caças F-15 da Força Aérea americana interceptaram caças russos perto do espaço aéreo aliado sobre o mar Báltico na quinta-feira (3) e aeronaves da Luftforsvaret e da Royal Air Force (as forças aéreas norueguesa e britânica) interceptaram aeronaves russas voando nos mares do Barents e do Norte na quarta-feira (2).

O mar Báltico fica entre Suécia, Finlândia, Rússia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia e o mar de Barents faz parte do Oceano Ártico, ao norte da Rússia e da Noruega. Já o mar do Norte fica entre Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Noruega (veja no mapa abaixo).

A Otan afirmou que os caças F-15 dos EUA decolaram da Base Aérea de Amari, na Estônia, para responder e investigar as aeronaves desconhecidas e identificaram quatro caças russos (dois Su-35 e dois MiG-31) "que não haviam apresentado planos de voo e não estavam se comunicando com o Controle de Tráfego Aéreo".

"Durante a interceptação, foi confirmado que esses caças estavam escoltando uma aeronave de transporte russa Tu-154. Em nenhum momento a aeronave russa entrou no espaço aéreo aliado e todas as interações foram seguras e profissionais", segundo a Otan.

Interceptação no mar de Barens



No mar de Barents, um alerta de reação rápida da Otan foi lançado e caças noruegueses F-35 interceptaram um grupo de aeronaves russas. A Força Aérea Real Norueguesa encontrou um avião de reabastecimento russo junto a bombardeiros durante uma missão de reabastecimento ar-ar.

"O grupo russo de aeronaves se dividiu, alguns retornando ao espaço aéreo russo, enquanto outros continuaram para o sul, no Atlântico Norte", afirmou o comando aéreo da Otan.

"As aeronaves russas não estavam transmitindo um código transponder indicando sua posição e altitude, não arquivaram um plano de voo e não se comunicaram com os controladores de tráfego aéreo, representando um risco potencial para outros usuários do ar", afirmou a entidade. "A aeronave russa não entrou no espaço aéreo aliado e todas as interações foram seguras e profissionais".

Caças de países da Otan inteceptaram aeronaves russas em 2 e 3 de fevereiro de 2022
 (Foto: Twitter/Comando Aéreo da Otan)
Os F-35 noruegueses então passaram a seguir uma aeronave russa A-50 Mainstay. Depois, Typhoons da Royal Air Force (a Força Aérea britânica) interceptaram e seguiram duas aeronaves russas Tu-95 Bear H, que são bombardeiros de longo alcance, e dois Tu-142 Bear F, de patrulha marítima.

Segundo o comando aéreo aliado, o policiamento aéreo responde a aeronaves militares e civis que não seguem os regulamentos internacionais de voo e se aproximam do espaço aéreo dos países-membros para "salvaguardar o espaço aéreo da Otan e apoiar a segurança de todos".

Encontrados corpos de ocupantes do avião que caiu na Islândia

Avião transportava turistas dos Estados Unidos, Holanda e Bélgica.

Os corpos dos quatro ocupantes de um avião de turismo que caiu na quinta-feira (3) no lago Thingvallavatn, na Islândia, foram descobertos este sábado.

O avião, o Cessna 172N Skyhawk, prefixo TF-ABB, da Volcano Air, foi encontrado numa parte daquele lago a cerca de 50 quilómetros a leste de Reykjavik.


As autoridades islandesas adiantaram que o avião transportava turistas dos Estados Unidos, Holanda e Bélgica numa viagem turística e descolou de um aeroporto doméstico naquela área, na quinta-feira, para um voo de cerca de duas horas.

As buscas foram levadas a cabo por mais de 1.000 membros da organização de Busca e Salvamento da Islândia, juntamente com barcos, mergulhadores e dois helicópteros da Guarda Costeira Islandesa.


A AP salienta que o piloto, Haraldur Diego, 49 anos, foi considerado um dos aviadores mais proeminentes da Islândia e um pioneiro das excursões fotográficas.

Via SIC, AP e ASN

Queda de avião com turistas deixa sete mortos perto das Linhas de Nazca no Peru

Avião de pequeno porte levava visitantes para observar um ponto turístico da cidade. Entre as vítimas estão dois chilenos e três holandeses.


O pequeno avião Cessna T207A Turbo Stationair 8, prefixo OB-2179, da empresa Aero Santos, que levava turistas em um voo de observação das milenares Linhas de Nazca caiu nesta sexta-feira (4) no Peru, matando seus sete ocupantes, entre eles dois chilenos e três holandeses.

O acidente ocorreu após o meio-dia (14h de Brasília), quando o avião Cessna 207, da empresa Aero Santos, "no qual viajavam dois tripulantes e cinco passageiros, caiu em terra nas imediações do aeroporto María Reiche na cidade de Nasca, momentos após a decolagem", informou o ministério em nota.

"Não houve sobreviventes", acrescentou o comunicado.

A delegação da Defesa Civil em Nazca, 400 km ao sul de Lima, informou que os mortos são os dois tripulantes peruanos da aeronave (piloto e copiloto), dois chilenos e três holandeses.

Os chilenos mortos são um homem e uma mulher, confirmou à AFP uma fonte diplomática chilena.


As Linhas de Nazca, uma das principais atrações turísticas do Peru, são geoglifos com mais de 2.000 anos de antiguidade com figuras geométricas e de animais, que só podem ser apreciadas do alto.

Situadas no meio do deserto, cerca de 400 km ao sul de Lima, seu significado real é um enigma: alguns pesquisadores as consideram um observatório astronômico e outros, um calendário.

"O pequeno avião caiu na região de Majoro quando começava o tour sobre as Linhas de Nazca", noticiou a emissora RPP em seu site na internet. A aeronave caiu às margens de uma trilha.

"Após seu impacto da aeronave com o solo, houve uma grande explosão, fazendo com que os corpos das vítimas ficassem carbonizados", reportou o Canal N, que publicou um vídeo com os destroços fumegantes da aeronave, cobertos por espuma lançada pelos bombeiros para apagar o incêndio.


Nazca tem um pequeno aeródromo onde operam dezenas de pequenas aeronaves, com grande movimentação de passageiros, sobretudo turistas estrangeiros.

A empresa Aero Santos é uma delas e oferece voos de 30 minutos a uma hora sobre estas linhas, desenhadas no deserto e conhecidas mundialmente.

A Comissão de Investigação de Acidentes de Aviação (CIAA) será a entidade encarregada de fazer os interrogatórios sobre as causas do acidente, informou o ministério dos Transportes.

O Cessna 207 é um monomotor com capacidade para oito ocupantes, muito popular entre as empresas de táxi aéreo.

Acidentes similares ao desta sexta-feira já ocorreram no passado. Em outubro de 2010, quatro turistas britânicos e dois tripulantes peruanos morreram na queda de um pequeno avião da companhia AirNasca, após sobrevoar as linhas.

Via AFP / ASN

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - TransAsia 235 - Flagrado pela Câmera

Fotos: Acidente no voo 235 da TransAsia Airways


Fotos via baaa-acro.com

Aconteceu em 4 de fevereiro de 1970: A queda do voo 707 da Aerolíneas Argentinas


O Voo Aerolíneas Argentinas 707 era uma linha aérea internacional que ligava Assunção, no Paraguai, a Buenos Aires na Argentina, através de escalas em diversas cidades argentinas. 

No dia 4 de fevereiro de 1970, um Avro 748 que cobria essa linha aérea caiu nas proximidades de Loma Alta, Argentina, após enfrentar condições de tempo severas. O acidente causaria a morte de todos os seus 37 ocupantes.

Jornal do Brasil, 6 de fevereiro de 1970

Aeronave


O Avro 748 seria desenvolvido no final dos anos 1950 para substituir os Douglas DC-3 até então utilizados em centenas de companhias aéreas do mundo.

A Aerolíneas Argentinas havia estudado diversas opções para substituir sua frota de DC-3 que estava ficando envelhecida. No final dos anos 1950, a empresa chegou a firmar um contrato com a Fairchild, que previa a aquisição de 10 Fairchild F-27. 

Após uma troca na direção da companhia aérea, a aquisição seria desfeita. A Aerolíneas decidiu adquirir 9 aeronaves britânicas Avro 748 (com opção de compra de mais cinco), sendo a primeira companhia estrangeira a firmar contrato de aquisição dessa aeronave. A Avro vinha enfrentando dificuldades técnicas com o novo modelo 748. Essas dificuldades atrasariam a entrega das aeronaves à empresa argentina. A Aerolíneas Argentinas receberia seu primeiro Avro em 18 de janeiro de 1962. 


A aeronave acidentada foi a primeira recebida pelas Aerolíneas Argentinas, o Avro 748-105 Srs. 1, prefixo LV-HGW, que seria batizado 'Ciudad de Bahía Blanca' (foto acima). 

O Avro 748 prestaria serviços na empresa argentina até 1977, quando as duas últimas aeronaves restantes do lote inicial de 12 seriam vendidas a empresa britânica Dan Air. Os Avro 748 seriam batizados pelas Aerolíneas com o nome de cidades sul americanas.

Acidente


Decolando do aeroporto Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi em Assunção, o Avro 748 prefixo LV-HGW daria início ao Voo Aerolíneas Argentinas 707, levando a bordo 33 passageiros e quatro tripulantes. 

Após chegar em sua primeira escala em Formosa, a aeronave foi reabastecida e decolou às 23h45 min (GMT) para a segunda escala em Corrientes. Nesse trecho havia mau tempo, castigando o Avro 748 que voava a 3500 m de altitude. 

Após entrar em uma Cumulonimbus, a aeronave perderia o controle, mergulhando a 45º rumo ao solo a uma velocidade de cerca de 400 km/h. 

O choque com o solo desintegraria imediatamente a aeronave e não deixaria sobreviventes, espalhando seus destroços num raio de dezenas de metros.


Investigações


Durante as investigações, seria comprovado que a aeronave caiu após enfrentar condições climáticas adversas (previamente conhecidas pela tripulação através de boletins climáticos) que acabariam por induzir o piloto a realizar manobras arriscadas para manter a aeronave voando até perder o controle da mesma. 


Nunca seriam esclarecidos os motivos que levariam a tripulação a manter a rota original, que passaria sob a tempestade, ao invés de adotar rota diferente.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Aconteceu em 4 de fevereiro de 1966: Voo 60 da All Nippon Airways (ANA) - Queda fatal na Baia de Tóquio


O voo 60 da All Nippon Airways (ANA) foi operado pelo Boeing 727-81, prefixo JA8302 (foto acima) que fazia um voo comercial doméstico do aeroporto Sapporo Chitose para o Aeroporto Internacional Haneda de Tóquio.

Em 4 de fevereiro de 1966, todas as 133 pessoas a bordo morreram quando o avião caiu misteriosamente na Baía de Tóquio, a cerca de 10,4 km (6,5 milhas; 5,6 milhas náuticas) de Haneda em condições de tempo claro durante uma aproximação noturna. O acidente foi o pior envolvendo uma única aeronave até então.

A aeronave transportou 126 passageiros e uma tripulação de sete pessoas. A maioria dos passageiros estava voltando do Festival de Neve de Sapporo, 600 milhas (970 km) ao norte de Tóquio.

Voando com tempo claro, o voo 60 da ANA estava a uma altitude de cerca de 2.000 pés, a apenas alguns minutos do aeroporto de Haneda quando seu piloto comunicou que pousaria visualmente sem instrumentos. O avião então desapareceu das telas de radar.

Aldeões ao longo da costa e o piloto de outro avião disseram ter visto chamas no céu por volta das 19h, no momento em que o avião deveria pousar. 

Pescadores e barcos da Força de Defesa Japonesa recolheram corpos nas águas turvas da baía de Tóquio, a cerca de 12 km do aeroporto. 

Eles recuperaram aproximadamente 20 corpos quando um porta-voz da companhia aérea anunciou que a fuselagem havia sido encontrada com dezenas de corpos dentro. 


Ele disse que isso levou à crença de que todos a bordo estavam mortos. Os ganchos de um barco da Guarda Costeira trouxeram os destroços.

A cauda da aeronave, incluindo pelo menos dois dos três motores, o estabilizador vertical e o estabilizador horizontal foram recuperados praticamente intactos. O resto da aeronave praticamente se desintegrou com o impacto. 

O número de 133 mortos fez do acidente o acidente de avião único mais mortal do mundo na época, bem como o segundo acidente de aviação mais mortal atrás da colisão aérea de 1960 em Nova York. 

O número de mortos em uma única aeronave acabaria sendo superado quando um Lockheed C-130B Hercules foi abatido em maio de 1968, matando 155 pessoas. 

A causa exata do acidente não pôde ser determinada com certeza. Foi relatado que o piloto estava em contato com o ATC durante a aproximação final e não relatou nenhuma anomalia. As investigações não revelaram quaisquer problemas técnicos com instrumentos ou motores ou qualquer tipo de explosão antes do acidente.


Série de acidentes


Este acidente foi um dos cinco desastres aéreos fatais - quatro comerciais e um militar - no Japão em 1966. Um mês após o fim do voo 60 da ANA, o voo 402 da Canadian Pacific Air Lines, um Douglas DC-8, atingiu as luzes de aproximação e um quebra-mar em Haneda, matando 64 dos 72 a bordo. 

Menos de 24 horas depois, o voo BOAC 911, um Boeing 707, foi realmente fotografado enquanto taxiava pelos destroços ainda fumegantes do jato canadense, e se partiu algumas horas depois, enquanto voava acima do Monte Fuji, por causa da turbulência do ar, logo após a partida, matando todos os 124 passageiros e tripulantes.

Um Convair 880-22M da Japan Air Lines caiu e matou cinco pessoas em 26 de agosto. Finalmente, o voo 533 da All Nippon Airways caiu e matou 50 pessoas em 13 de novembro. 

O efeito combinado desses cinco acidentes abalou a confiança pública na aviação comercial no Japão. e tanto a Japan Airlines quanto a All Nippon Airways foram forçadas a cortar alguns serviços domésticos devido à redução da demanda. 


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

História: 'O dia em que a música morreu': há 63 anos, um trágico acidente de avião matava Ritchie Valens


5 fatos sobre a data onde Valens, Buddy Holly e Big Boppa faleceram tragicamente durante uma turnê lendária.

Destroços do avião onde os músicos morreram (Wikimedia Commons)
Em 1959, os dois maiores ídolos do rock norte-americano seguiram caminhos opostos à fama; Elvis Presleydecidiu servir ao Exército como soldado na Alemanha, e Little Richard decidia abandonar o gênero para se tornar pastor evangélico. Com as perdas, a necessidade midiática de novas estrelas apontou esperanças para um trio de músicos versáteis.

Com 28 anos, J.P. Richardson se tornava nacionalmente conhecido como The Big Bopper, emplacando o hit ‘Chantilly Lace’. Buddy Holly, com 22 anos, era ainda mais cobiçado, sendo conhecido não apenas pelas gravações com a banda ‘The Crickets’, mas compondo e produzindo os próprios álbuns na carreira solo. O mais jovem era Ritchie Valens, consagrando a canção ‘La Bamba’ como um dos clássicos do rock aos 17 anos.


Juntos, foram responsáveis por protagonizar um dos episódios mais tristes da história do rock, conhecido como “O Dia em que a Música Morreu”. Com isso, o site Aventuras na História separou 5 fatos sobre a tragédia histórica:

1. União de astros


Com o sucesso de ambos, o trio decidiu se unir para realizar uma turnê pelos Estados Unidos, nomeada como "The Winter Dance Party" ("A Festa Dançante do Inverno", em tradução livre) e planejada para realizar apresentações em 24 municípios em apenas três semanas, durante os dias 23 de janeiro e 15 de fevereiro de 1959.

Programação da turnê Winter Dance Party, 1959
A proposta buscava unificar a projeção dos astros, que não tinham muitos hits, mas juntos poderiam preencher um show completo e atrair mais produtores. Dessa maneira, poderiam levar o trabalho para mais locais e, consequentemente, deixarem de lado o título de promessas e se consolidarem com os principais contratantes do país.

2. Primeiros problemas


Apesar do sucesso nas primeiras datas de apresentações, o rigoroso inverno que os Estados Unidos enfrentavam não cooperou com o transporte dos músicos e seus equipamentos; pouco após o início da turnê, o sistema de aquecimento do ônibus que levava o trio quebrou, fazendo o trajeto se tornar bem mais difícil.

Poster anuncia "The Winter Dance Party" em Iowa, dias antes da tragédia (Crédito: Divulgação)
Cansado das cansativas viagens por terra, Buddy afirmou aos companheiros de shows que, na parada seguinte, em Clear Lake, no estado de Iowa, iria buscar um serviço de transporte aéreo para fretar um avião até a próxima parada, em Minnesota.

3. Suporte aéreo


Conforme o pedido de Holly, os produtores conseguiram indicar um piloto regional para auxiliar no prosseguimento das apresentações; Roger Peterson tinha 21 anos e havia realizado algumas viagens em aviões de pequeno porte na cidade vizinha de Mason City, sendo contratado por Buddy após a apresentação.


Além do piloto, a aeronave modelo Beechcraft 35 Bonanza, prefixo N3794N, fabricada doze anos, foi disponibilizada pelo dono e piloto Hubert Dwyer, dono da Dwyer Flying Service, Inc, que não se dispôs a realizar o trajeto. Os membros da banda Dion and the Belmonts, que também participavam da turnê, recusaram o auxílio pelos ares devido a taxa de 36 dólares por passageiro.

4. Escolhidos para o voo


Com a recusa da banda, os músicos de apoio de Buddy, Waylon Jennings e Tommy Allsup, ficaram com as vagas. Ritchie Valens, no entanto, ficou curioso com a possibilidade, visto que nunca tinha viajado de avião, fez uma aposta no cara ou coroa com Allsup, levando a vaga.

O Big Bopper também pediu a vaga a Jennings, que cedeu após compreender que o músico estava sofrendo com um resfriado adquirido pelas longas viagens geladas. Na noite de 3 de fevereiro de 1959, o avião estava pronto para decolar.

5. Fim de uma geração


Sem orientação sobre as péssimas condições de voo e a inexperiência do piloto no tipo de aeronave foram cruciais para uma tragédia; o avião decolou às 0h55 e, com um rastro de luz decrescente, foi visto pela última vez na madrugada à 1h00, cinco minutos depois de subir. A preocupação iniciou horas depois, quando as autoridades não receberam nenhum sinal na torre de comando.

Mais tarde naquela manhã, Dwyer, sem ouvir nenhuma palavra de Peterson desde sua partida, decolou em outro avião para refazer a rota planejada de Peterson. Em poucos minutos, por volta das 9h35, ele avistou os destroços a menos de 10 km a noroeste do aeroporto. 

O escritório do xerife, alertado por Dwyer, despachou o deputado Bill McGill, que dirigiu até o local do acidente, um milharal pertencente a Albert Juhl. 


A queda fez o avião atingir o solo a 270 km/h,  inclinado abruptamente para a direita e com o nariz para baixo. A ponta da asa direita atingiu o solo primeiro, fazendo a aeronave rodopiar pelo campo congelado por 540 pés (160 m), antes de parar contra uma cerca de arame na extremidade da propriedade de Juhl. 

Os corpos de Holly e Valens foram ejetados da fuselagem e estavam perto dos destroços do avião. O corpo de Richardson foi jogado por cima da cerca e no milharal do vizinho de Juhl, Oscar Moffett, enquanto o corpo de Peterson ficou preso nos destroços.


Com o resto da comitiva a caminho de Minnesota, Anderson, que havia levado o grupo ao aeroporto e testemunhado a decolagem do avião, teve que identificar os corpos dos músicos. 

O legista do condado, Ralph Smiley, certificou que todas as quatro vítimas morreram instantaneamente, citando a causa da morte como " trauma grave no cérebro" para os três artistas e "dano cerebral" para o piloto resultando nos óbitos imediatos e, consequentemente, na comoção do país.

Memorial no local do acidente

Filmes

  • O acidente é mencionado no filme biográfico The Buddy Holly Story (1978).
  • Os preparativos para o acidente e suas consequências também são retratados no filme biográfico de Ritchie Valens, La Bamba (1987).
Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu

Com Wallacy Ferrari (Aventuras na História), ASN e Wikipedia

Após ataque dos EUA contra o líder do ISIS, um Black Hawk foi destruído por um ataque aéreo após mau funcionamento

As forças especiais dos EUA contra-terrorismo para realizar um ataque no noroeste da Síria na quinta-feira alvejaram o líder do ISIS.


As forças de operações especiais dos EUA realizaram com sucesso uma missão antiterrorista no noroeste da Síria na quinta-feira, disse o Pentágono, acrescentando que não houve vítimas dos EUA, mas não deu mais detalhes.

Moradores da cidade de Atmeh, no noroeste da Síria, e rebeldes que lutam contra o governo sírio relataram anteriormente várias baixas civis na operação de duas horas, dizendo que se acredita que o ataque tenha como alvo um suposto jihadista afiliado à Al Qaeda.

Imagens de vídeo dos arredores de Atmeh (Idlib), onde um helicóptero dos EUA (UH-60/MH-60) foi destruído por um ataque aéreo. A causa da perda do helicóptero dos EUA é um mau funcionamento técnico.


Declaração do presidente Joe Biden: "Na noite passada, sob minha direção, as forças militares dos EUA no noroeste da Síria realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro. Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi – o líder do ISIS. Todos os americanos voltaram em segurança da operação. Farei observações ao povo americano esta manhã. Que Deus proteja nossas tropas."

Por que alguns helicópteros voam com um pedaço de lã preso no para-brisa?

Helicóptero com lã vermelha no para-brisa: acessório é tão pequeno que se torna quase imperceptível (Imagem: Glenn Fawcett/U.S. Customs and Border Protection)
Na aviação, a cada dia, a tecnologia avança e torna os voos mais práticos e seguros. Entretanto, às vezes, soluções simples podem resolver grandes problemas, como um pequeno pedaço de lã preso no para-brisa.

Essa "lãzinha", como é apelidada por alguns pilotos, também é chamada de corda de guinada (yaw string, em inglês). Ela é vista com maior frequência em helicópteros mais antigos, e ajuda o piloto a saber o sentido do vento em relação à aeronave.

Como nem sempre o vento está alinhado com o eixo longitudinal (da frente para a parte de trás) do helicóptero, esse artefato permite que o piloto faça as correções necessárias em sua rota para poder voar na direção certa.

Apenas bússola não basta


A navegação de um helicóptero é feita, principalmente, por meio de bússolas. Ao se definir a rota a ser voada, o piloto deve calcular para onde deve apontar o nariz da aeronave para poder chegar ao seu destino.

Entretanto, ventos mais fortes podem desviar o helicóptero desse caminho, o que requer que sejam feitas correções na hora de voar.

Se o piloto percebe que essa lã está deslocada mais para a esquerda, por exemplo, é sinal que o vento está vindo de sua direita. Com isso, ele vira o nariz do helicóptero para esse lado até que a "lãzinha" fique alinhada novamente com o eixo da aeronave, para compensar a força feita pelo vento.

Fazendo isso, o piloto evita que, após voar por um certo tempo, o helicóptero esteja a quilômetros de distância da rota onde deveria estar voando, já que o vento foi empurrando a aeronave para o lado.

Equipamentos modernos substituem lã


Lá vermelha no para-brisa dos helicópteros: Corda de guinada ajuda pilotos na hora do voo
(Imagem: Helicidade Heliporto e Alexandre Saconi)
Atualmente, existem instrumentos que substituem a corda de guinada nos helicópteros, mas isso não a torna totalmente inútil. Ela ainda é comum de ser vista em várias aeronaves, inclusive em alguns helicópteros da Polícia Militar de São Paulo, que contam com equipamentos mais modernos.

Embora não seja mais necessária em algumas dessas aeronaves, sua presença não atrapalha em nada o voo, e acaba servindo como uma espécie de instrumento reserva.

Outra vantagem que ela promove ao permitir que o piloto possa alinhar o helicóptero com o vento é uma melhora na sensação de voo. Ao voar sendo empurrado para o lado, é comum que o piloto sinta um certo desconforto, e, alinhando a aeronave com o vento, essa sensação tende a passar.

Por Alexandre Saconi (UOL) - Fonte: João Pretti Neto, piloto de helicóptero e executivo de vendas do Helicidade Heliporto

Quais são as nove "Liberdades do ar"?


As Liberdades do Ar são um conjunto de direitos de aviação comercial que concedem à(s) empresa(s) aérea(s) de um Estado a prerrogativa de entrar e pousar no espaço aéreo e no território de outro Estado. Foram formuladas em virtude de desentendimentos acerca da proposta liberalização dos serviços aéreos na Convenção sobre Aviação Civil Internacional, de 1944. Estabeleceu-se, então, um conjunto padronizado de direitos aéreos que seriam (e ainda são) negociados entre os Estados.

O Acordo de Trânsito de Serviços Aéreos Internacionais abre as duas primeiras liberdades a todos os signatários. O Acordo de Transporte Aéreo Internacional, por sua vez, abre aos signatários todas as cinco liberdades do ar definidas na Convenção de 1944. Diferentemente da Convenção, poucos Estados assinaram o Acordo de Transporte, preferindo negociar as liberdades do ar diretamente por intermédio de acordos bilaterais de serviços aéreos.

A prática e a doutrina acrescentaram outras liberdades às cinco previstas na Convenção, sem definição jurídica por tratado internacional.

As liberdades do ar são definidas abaixo. Devem ser entendidas como direitos que um Estado outorga a outro, no contexto de uma negociação bilateral. As duas primeiras liberdades são chamadas "liberdades técnicas". As terceira e quarta liberdades são conhecidas como "tráfego fundamental", pois dizem respeito ao tráfego de passageiros e carga exclusivamente entre as duas Partes Contratantes. A quinta liberdade é chamada "tráfego acessório", pois é outorgada no âmbito de uma operação de tráfego fundamental.

Primeira Liberdade

O direito de sobrevoar o território do Estado contratante sem pousar.

Segunda Liberdade

O direito de fazer uma escala técnica (reabastecimento ou manutenção) no território do outro Estado contratante, sem embarcar ou desembarcar passageiros ou carga.

Terceira Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga do território do Estado de nacionalidade da aeronave para o território do outro Estado contratante.

Quarta Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga do território do outro Estado contratante para o território do Estado de nacionalidade da aeronave.

Quinta Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre o território do outro Estado contratante e o território de um terceiro Estado, no âmbito de um serviço aéreo destinado a ou proveniente do Estado de nacionalidade da aeronave. Divide-se em "quinta liberdade intermediária" (se a escala no território do terceiro Estado ocorre durante o percurso entre o território de uma das Partes Contratantes e o da outra - ponto intermediário) e "quinta liberdade além" (quando a escala no território do terceiro Estado ocorre depois da escala no território do outro Estado contratante - ponto além).

Sexta Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga, através do território do Estado de nacionalidade da aeronave, entre o território de um terceiro Estado (ponto aquém) e o território do outro Estado contratante.

Sétima Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre o território do outro Estado contratante e o território de terceiro Estado, sem continuar o serviço aéreo para o território do Estado de nacionalidade da aeronave.

Oitava Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre dois pontos no território do outro Estado contratante, no âmbito de um serviço aéreo destinado a ou proveniente do Estado de nacionalidade da aeronave. Trata-se de direitos de cabotagem, raramente concedidos.[2]

Nona Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre dois pontos no território do outro Estado contratante, sem continuar o serviço aéreo para o território do Estado de nacionalidade da aeronave. Trata-se de direitos de cabotagem pura, raramente concedidos.