Um avião monomotor Cesna 210 perdeu o controle durante o pouso em Novo Progresso, ontem, e deixou seis pessoas feridas. Cinco delas são índios, sendo que o pajé Beporiti Mekrakenoriti foi o mais machucado. A situação dele era grave, mas a chuva impediu que fosse transferido para Belém ou Itaituba, onde há mais recursos hospitalares.
O acidente ocorreu por volta das 18h30, quando o avião retornava para a aldeia Kadecan, da etnia Kaiapó, localizada em Altamira. O piloto identificado apenas como "Tajá" transportava cinco índios que estavam em Novo Progresso, em tratamento de saúde. Ao receber os primeiros socorros, o piloto disse que o freio falhou ao pousar. O avião foi, então, deslocado emergencialmente para área de mata. Com o choque, os seis tripulantes ficaram feridos, sendo socorridos pela enfermeira de Novo Progresso, que faz atendimento na aldeia.
Entre as vítimas estão cinco homens e uma mulher identificada apenas como a esposa do índio Kenharem Kayapó, outro tripulante. Foram identificados ainda o índio Krampejó e o professor Karuti, além do piloto e do pajé. Todos foram atendidos no hospital do município, as condições do tempo não permitiram novo vôo para o transporte das vítimas para a capital paraense ou Santarém, município com maior infra-estrutura mais perto do local do acidente.
A secretária explicou, ainda, que dois dos cinco índios estavam doentes e três foram até Novo Progresso, município mais próximo da aldeia que a sede de Altamira, para fazer exames médicos. As viagens são rotineiras, revelou, sem que acidentes tenham sido registrados. O mesmo avião que se acidentou já havia transportado outro grupo de tripulantes.
O avião - ano 1979 - pertencia a empresa agropecuária Hoya Honda.
Aviões comerciais e militares, de várias fabricantes mundiais, são exibidos na feira internacional de aviação de Cingapura. Esse é considerado o maior evento para o setor na região asiática e conta com a participação de empresas como Boeing, Airbus e Embraer. 
