Brasileiro estava entre 33 mortos em queda de avião da Embraer na África.
Investigadores acreditam que Airbus que caiu terça também foi derrubado.
A divulgação, por parte das autoridades francesas, de que o copiloto do voo da Germanwings parece ter deliberadamente derrubado o avião com 150 pessoas na França, lembrou um caso recente. Em 2013, uma investigação também concluiu que o piloto jogou contra o solo "propositadamente" um avião da fabricante brasileira Embraer que fazia um voo da LAM Mozambique, deixando 33 mortos.
Entre as vítimas do voo TM 470 estavam seis tripulantes e 27 passageiros, incluindo o empresário luso-brasileiro Sérgio Miguel Pereira Soveral, de 36 anos, que morava em Portugal.
A aeronave, um Embraer 190, seguia de Maputo, capital de Moçambique, com destino à Luanda, em Angola, e caiu no Parque Nacional de Bwabwata, na Namíbia. Pouco antes, o piloto fez o último contato. Chovia muito na região.
Dias depois da tragédia, em dezembro de 2013, o chefe do Instituto Moçambicano de Aviação Civil, João Abreu, declarou que as caixas-pretas do avião mostraram que o comandante Herminio dos Santos Fernandes tinha "uma intenção clara" de derrubar o avião.
As gravações revelaram na época que o avião caiu após o comandante se trancar na cabine, ignorando sinais de alerta e não permitindo a entrada do copiloto. “Durante esses atos é possível ouvir alarmes de alta intensidade e constantes batidas na porta, de alguém que exige entrar na cabine”, disse o investigador.
Além disso, a altitude do avião da Embraer foi alterada manualmente três vezes, de 38.000 pés para 592 pés, assim como a velocidade, também modificada pelo piloto. “O avião caiu com o piloto alerta e as razões que podem ter dado origem ao seu comportamento são desconhecidas. Naquele momento, o copiloto havia deixado a cabine e estava ausente quando tudo aconteceu”, disse o chefe do Instituto.
A procuradoria da França afirmou que houve algo semelhante com o Airbus A-320 da Germanwings, que seguia de Barcelona, na Espanha, com destino a Düsseldorf, na Alemanha, e levava 150 pessoas – 144 passageiros e seis tripulantes. Pelas informações da caixa-preta de voz, que já foi encontrada, o copiloto não permitiu o reingresso do comandante na cabine e, "deliberadamente", adotou procedimento de descida e não evitando a colisão contra os Alpes da França.
Segundo as autoridades francesas, o copiloto respirava normalmente e não havia indícios de que ele tivesse passado mal.Esse acidente é considerado o mais grave da história da Aviação Civil de Moçambique desde o do avião do presidente Samora Machel em 1986 na África do Sul, quando 34 pessoas morreram. A União Europeia (UE) proibiu voos dessa companhia em seu espaço aéreo em 2011.
Avião brasileiro
O avião Embraer 190, envolvido no acidente na Namíbia, tem capacidade para cem passageiros e é produzido em São José dos Campos (SP).
A empresa brasileira divulgou, na época, uma nota na época lamentando o acidente. Segundo a companhia Lam, de Moçambique, a aeronave estava com quase três mil horas de voo. A companhia não informou as condições de manutenção do jato.
Fonte: G1
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