Sistemas que travam a porta da cabine de aviões existem desde a década de 1980, mas depois dos ataques de 11 de setembro, a FAA, agência dos Estados Unidos responsável pela aviação civil, intensificou as regras de proteção dos pilotos, alvos dos atentados de 2001.
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Na época, quem conduzia os quatro aviões sequestrados por terroristas foram rendidos e as aeronaves redirecionadas para alvos como o World Trade Center e o Pentágono.
Para evitar novos casos, a indústria da aviação fez grandes investimentos e aumentou a segurança do tráfego aéreo, incluindo o reforço na proteção das cabines.
No caso do modelo A320 da Airbus, foi implantada uma tecnologia que permite a abertura da porta apenas por quem estivesse na área ocupada por piloto e copiloto.
Um botão no painel aciona a porta após a requisição e identificação de quem estiver pedindo do lado de fora, como membros da tripulação.
Normalmente, a chamada é feita por interfones e o piloto consegue checar por vídeo quem pede ou por uma abertura existente na porta, o chamado “olho mágico”.
Código de segurança
Foto feita em um simulador de voo mostra o sistema de trava da porta
da cabine do Airbus A320 - Foto: Leonhard Foeger/Reuters
Para os casos em que o piloto ou copiloto se ausente do cockpit, um código de segurança pode ser digitado para que a porta destrave e ele retorne ao local. É necessário que quem estiver na cabine destrave a entrada mediante verificação do código correto.
Um vídeo divulgado pela Airbus mostra um membro da tripulação digitando a senha. Porém, essa sequência numérica é informada exclusivamente a quem irá pilotar a aeronave.
Mas o acesso à cabine ainda pode ser evitado se o piloto determinar que proteger o controle da aeronave é a prioridade.
Basta acionar um botão para o modo lock (como se pode ver na foto acima). Quando isso acontece, o código de segurança deixa de funcionar e a cabine se torna um dos lugares mais seguros da aeronave.
O presidente da companhia aérea Lufthansa, proprietária da Germannwings, confirmou a existência dessa tecnologia.
“Se um dos pilotos deixa a cabine, é possível chamar do lado de fora. O piloto pode olhar e ver quem quer entrar e você pode abrir a porta, controlada eletronicamente. Temos procedimentos - se o piloto saiu e o que ficou dentro está inconsciente, há um código que pode ser utilizado. Há um barulho dentro da cabine, e se ninguém abrir, a porta se abre eletronicamente. Mas a pessoa que está do lado de dentro pode impedir que a porta se abra.”
Em casos de falhas elétricas na aeronave, a porta é desbloqueada automaticamente, mas permanece fechada.
Fonte: G1
Airbus Reinforced Cockpit Door Description and Procedure.
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