Os funcionários da companhia aérea Gol ameaçam parar as atividades no próximo dia 13, caso suas reivindicações não sejam atendidas. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, as reclamações gerais são "baixo salário, excesso de jornada e assédio moral". Selma afirma que "a Gol tem o salário mais baixo da aviação nacional e funcionários que trabalham mais de 18 horas seguidas aqui no Santos Dumont (aeroporto no Rio de Janeiro)".
"Se os trabalhadores cumprirem com a promessa, vão parar no dia 13, a vontade deles é esta". A presidente diz que a ameaça da paralisação é "um pedido de socorro dos funcionários", que até o momento, não foi ouvido pela diretoria da companhia. Há dois meses o sindicato tenta uma reunião com a Gol para resolver o problema, segundo Selma, sem sucesso. Enquanto isso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) "é omissa às denúncias feitas pelo sindicato e o Ministério do Trabalho não tem ficais para controlar este abuso", reclama Selma.
Selma enfatiza que o profissional da aviação ao pode ter excesso de jornada, pois o trabalho contínuo além do ideal causa fadiga e "pode ocasionar na falta de segurança nos vôos".
O presidente do Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, Reginaldo Alves, acrescentou às insatisfações dos funcionários a "periculosidade e aumento do valor do convênio médico". Segundo ele, os aeroviários que trabalham nas pistas e rampas do aeroporto querem receber o adicional de periculosidade, equivalente a 30% do salário base e diminuição do convênio médico que teve reajuste de 35%.
A Gol negou que exista ameaça de greve e afirmou que as jornadas dos funcionários da companhia estão de acordo com o regulamentado pela a Anac.
Em nota, a Anac informou que está acompanhando a normalização da situação por parte da empresa e também fiscalizando o cumprimento da Lei do Aeronauta e da Resolução nº 141, que trata da assistência devida pela companhia aérea a seus passageiros. A agência disse não ter confirmação sobre a greve, mas, que se houver paralisação, vai cobrar posição da Gol de como se dará o funcionamento dos voos da companhia.
Atrasos aéreos
Desde sábado, os vôos da Gol têm sofrido atrasos e cancelamentos. Em nota divulgada na segunda-feira, a companhia informou que a causa é a falta de tripulantes.
Em resposta à Anac, a Gol informou que um problema no software que processa as escalas de trabalho dos tripulantes, durante o fim de semana, fez com que parte deles atingisse o limite de horas de trabalho estipulada pela legislação. De acordo com a Lei do Aeronauta (Lei 7.183/84), por questões de segurança operacional, um tripulante de avião a jato não pode exceder 85 horas de voo por mês, 230 horas por trimestre e 850 horas por ano.
Ao todo, o juizado especial localizado dentro do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, registrou 50 reclamações contra a Gol, desde o início do problema, no sábado. Só na segunda-feira, 17 pessoas foram ao juizado com problemas em seus voos. Em Congonhas, 26 reclamações foram registradas, sendo que, 10 aconteceram na segunda-feira.
Segundo a Infraero, até as 10h desta terça-feira, dos 266 voos da Gol, 88 tiveram atrasos e 21 foram cancelados no País. O número de atrasos da Gol corresponde a 77% do total de voos nacionais fora do horário no Brasil.
Fonte: Thaís Sabino (Terra) - Foto: Vagner Campos/Futura Press
"Se os trabalhadores cumprirem com a promessa, vão parar no dia 13, a vontade deles é esta". A presidente diz que a ameaça da paralisação é "um pedido de socorro dos funcionários", que até o momento, não foi ouvido pela diretoria da companhia. Há dois meses o sindicato tenta uma reunião com a Gol para resolver o problema, segundo Selma, sem sucesso. Enquanto isso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) "é omissa às denúncias feitas pelo sindicato e o Ministério do Trabalho não tem ficais para controlar este abuso", reclama Selma.
Selma enfatiza que o profissional da aviação ao pode ter excesso de jornada, pois o trabalho contínuo além do ideal causa fadiga e "pode ocasionar na falta de segurança nos vôos".
O presidente do Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, Reginaldo Alves, acrescentou às insatisfações dos funcionários a "periculosidade e aumento do valor do convênio médico". Segundo ele, os aeroviários que trabalham nas pistas e rampas do aeroporto querem receber o adicional de periculosidade, equivalente a 30% do salário base e diminuição do convênio médico que teve reajuste de 35%.
A Gol negou que exista ameaça de greve e afirmou que as jornadas dos funcionários da companhia estão de acordo com o regulamentado pela a Anac.
Em nota, a Anac informou que está acompanhando a normalização da situação por parte da empresa e também fiscalizando o cumprimento da Lei do Aeronauta e da Resolução nº 141, que trata da assistência devida pela companhia aérea a seus passageiros. A agência disse não ter confirmação sobre a greve, mas, que se houver paralisação, vai cobrar posição da Gol de como se dará o funcionamento dos voos da companhia.
Atrasos aéreos
Desde sábado, os vôos da Gol têm sofrido atrasos e cancelamentos. Em nota divulgada na segunda-feira, a companhia informou que a causa é a falta de tripulantes.
Em resposta à Anac, a Gol informou que um problema no software que processa as escalas de trabalho dos tripulantes, durante o fim de semana, fez com que parte deles atingisse o limite de horas de trabalho estipulada pela legislação. De acordo com a Lei do Aeronauta (Lei 7.183/84), por questões de segurança operacional, um tripulante de avião a jato não pode exceder 85 horas de voo por mês, 230 horas por trimestre e 850 horas por ano.
Ao todo, o juizado especial localizado dentro do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, registrou 50 reclamações contra a Gol, desde o início do problema, no sábado. Só na segunda-feira, 17 pessoas foram ao juizado com problemas em seus voos. Em Congonhas, 26 reclamações foram registradas, sendo que, 10 aconteceram na segunda-feira.
Segundo a Infraero, até as 10h desta terça-feira, dos 266 voos da Gol, 88 tiveram atrasos e 21 foram cancelados no País. O número de atrasos da Gol corresponde a 77% do total de voos nacionais fora do horário no Brasil.
Fonte: Thaís Sabino (Terra) - Foto: Vagner Campos/Futura Press
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