terça-feira, 18 de março de 2008

Infraero registra lucro de R$ 261,2 milhões e estuda reajuste de tarifa

A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) registrou em 2007 lucro líquido de R$ 261,2 milhões, o que representou um aumento de 53% a cima do registrado em 2006 que foi de R$ 170,7 milhões. Este aumento é devido principalmente a redução das provisões com créditos duvidosos. A provisão caiu de R$ 278,6 milhões em 2006 para R$ 171, 2 milhões no ano passado - são valores devidos pelas empresas que já pararam de voar como Transbrasil, Varig (antiga empresa) e Vasp.

No entanto, ao serem incluídos os investimentos para União, a estatal registrou um prejuízo contável de R$ 76,3, milhões. O diretor financeiro da Infraero, Sebastião Martins Ferreira, ao divulgar os dados do balanço explicou que o prejuízo é contábil, ao contrario das demais empresas.

- Nós temos uma sensação de satisfação e até um certo motivo de comemoração apesar do resultado final ter sido deficitário. Depois de alguns anos de declínio, já estamos tendo um retorno da capacidade de investimentos - afirmou o diretor.

No ano passado, devido problemas na licitação de algumas obras, a Infraero aplicou apenas a metade do investimento previsto. De um montante de R$ 1,285 bilhão foram investidos apenas R$ 573,1 milhões . Segundo o diretor, boa parte do dinheiro deixou de ser aplicado devido a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que suspendeu obras nos aeroportos de Vitória (ES), Guarulhos (SP), Goiânia (GO) e Macapá (AP)

A principal receita da Infraero é com a tarifa de embarque paga pelos passageiros que gerou receita de R$ 643,8 milhões. O diretor financeiro informou que Infraero está realizando estudos para reajustar a tarifa. A margem de lucro, segundo ele, é de apenas R$ 1,4 milhão, sendo que no ano passado foi registrada despesas de R$ 642,4 milhões. Ferreira afirmou também que ainda neste primeiro semestre a empresa irá propor um reajuste tarifas aeroportuárias ( pouso e permanência ) pagas pelas empresas aéreas. A alegação é que as tarifas estão 11 anos sem reajuste.

- Essas tarifas estão defasadas. Elas não cobrem as nossas despesas - disse o diretor acrescentando que a despesa com esse serviço é de R$ 409,2 milhões.

Fonte: O Globo

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