terça-feira, 2 de maio de 2023

Lockheed Martin estudou a produção de um avião supergrande para 950 passageiros

Conceito do que poderia ser o VLST (Imagem: X-Plane)
A Lockheed Martin, renomada fabricante norte-americana de equipamentos militares, também tem seus projetos civis. Há vários anos, ainda na década de 1990, a empresa chegou até mesmo a estudar a possibilidade de construir um avião comercial multiuso, com a ideia de desafiar as aeronaves de passageiros de maior porte, o Boeing 747 e o Airbus A380.

O projeto, intitulado “O futuro dos transportes subsônicos muito grandes” (em tradução do inglês), analisava a possibilidade de produzir uma aeronave com capacidade para acomodar até 950 passageiros. O artigo, agora sob custódia da NASA, foi produzido pelo LMAS (Lockheed Martin Aeronautical Systems).

O objetivo era construir um avião 50% maior do que o C-5 e o Boeing 747, com capacidade para serviços comerciais de passageiros, carga comercial e militar. Além disso, a aeronave deveria ter alcance entre 7.000 e 10.000 milhas náuticas (13.000 a 18.500 km), comprimento de 262 pés (79,85 metros) e envergadura de 282 pés (85,95 metros).


Os autores do documento observaram que o grande tamanho e custo do avião não permitiria que fosse um projeto exclusivamente militar, pois o orçamento de defesa estava em declínio. Assim, o desenvolvimento precisaria apelar a vários tipos de clientes.

Estimou-se que o custo para desenvolver a aeronave teria sido entre US$ 8 a 15 bilhões. A Lockheed Martin observava à época que seu avião era “tecnicamente possível”, mas que o interesse das companhias aéreas havia diminuído devido às dificuldades financeiras.

A aeronave deveria ter sido equipada com quatro motores, entre os quais GE90, Rolls-Royce Trent ou PW4000. Ela teria capacidade para transportar 16 contêineres de 40 pés, mais de 400.000 libras (181 toneladas) de carga útil e 1,4 milhão de libras (635 toneladas) de Peso Máximo de Decolagem (MTOW).


A retrospectiva da história indica que a Lockheed Martin tomou a decisão certa ao não avançar com o projeto. Com o lançamento do Airbus A380 em 2005, este gigante teria provavelmente perdido da Airbus no mercado. O custo por unidade foi estimado em US$ 364-550 milhões, o que seria maior do que os lucros anuais de muitas companhias aéreas. Assim, o interesse comercial na aeronave não foi suficiente para que ela se tornasse realidade.

Entenda o que é a arremetida na aviação e por que ela é segura

Condições meteorológicas ou mesmo a presença de obstáculos na pista podem levar o piloto a abortar o pouso, em um procedimento corriqueiro e normal na aviação civil. Veja perguntas e respostas.

Manobra de arremetida de aviões (Foto: Elcio Horiuchi/Arte/G1)
Arremetidas acontecem quando o avião precisa interromper o pouso por alguma razão. O o procedimento é SEGURO e NORMAL na aviação. Na quinta, dois aviões arremeteram no aeroporto de Guarulhos.

O piloto de avião Mateus Ghisleni explicou ao G1 o que isso significa: "É um procedimento executado pelos pilotos na aproximação para o pouso em que se decide não mais pousar naquele momento. Isso pode acontecer tanto quando o avião ainda está voando quanto quando ele já tocou o solo", diz.

"O piloto, então, decide que é mais seguro o avião voltar a voar do que continuar o pouso ou parar sobre a pista", completa Ghisleni.

Veja abaixo perguntas e respostas sobre a arremetida de aviões


Por que aviões arremetem?

Avião se aproxima para o pouso (Foto: HAL9001/Unsplash)
São vários os motivos que podem levar o piloto a decidir pela interrupção do pouso. Os mais comuns, segundo Ghisleni, são os seguintes:
  • Mudança repentina na direção ou na velocidade do vento
  • Chuva forte sobre o aeroporto
  • Presença de algum obstáculo na pista, como um animal ou mesmo pedras
"Turbulências muito fortes na aproximação também levam o piloto a decidir pela arremetida", explica o especialista. "Às vezes o próprio controle de tráfego aéreo, na torre, pede para arremeter por algum procedimento como a medição da quantidade de água na pista", enumera.

Neblina encobre a pista do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de SP, em julho de 2018
(Foto: Marília da Silva/Arquivo Pessoal)
É seguro um avião arremeter?

SIM, muito seguro. Aliás, é uma manobra feita justamente para aumentar a segurança do voo, que já é alta. Muitas vezes, o piloto sequer seria obrigado a arremeter e poderia continuar normalmente o pouso, mas apenas por uma precaução adicional e para seguir os altos padrões das companhias, decide-se pela interrupção, explica Ghisleni, que dá outro exemplo:

"Às vezes, um piloto percebe que está descendo com velocidade um pouco mais alta do que o padrão. Vai acontecer algo grave se ele decidir pousar assim mesmo? Não. Mas, como a companhia estabelece uma outra velocidade padrão de decida, o piloto decide arremeter e voltar".

Decolagem de avião (Foto: Unsplash/Dominik Scythe)
Além disso, pilotos são frequentemente treinados para esse tipo de situação. De seis em seis meses, os profissionais passam por treinamentos em simuladores que ajudam na tomada de decisão e na melhor execução das arremetidas.

E se o avião arremeter mais de uma vez? Aí o piloto pode decidir aguardar outro momento para pousar ou pode alternar: isto é, voar até outro aeroporto. Isso é mais comum quando as condições meteorológicas não estão muito favoráveis: muita chuva, muito vento, muita névoa.

Nesse cenário, também não há motivo para preocupação: aviões que fazem voos comerciais regulares no Brasil precisam no plano de voo ter combustível suficiente para isso. É comum, inclusive, que as aeronaves tenham combustível para ir e voltar ao aeroporto de origem.

Com isso, o único transtorno para o passageiro será, provavelmente, o atraso na chegada. "O passageiro tem que ter em mente que, se o piloto resolveu não pousar e arremeter, é porque foi a melhor medida a ser tomada", explica Ghisleni.

"Para muitos, pode não parecer. Mas, para quem trabalha no setor de aviação, arremeter é algo simples."

Via g1

Vento faz avião balançar e arremeter em Buenos Aires; veja vídeo

Manobra do piloto foi elogiada na mídia argentina. Esse e outros aviões que iriam pousar no Aeroparque tiveram que ir até Ezeiza, outro aeroporto perto de Buenos Aires.


Um avião da companhia FlyBondi que estava para pousar no Aeroparque, em Buenos Aires, teve que arremeter por causa do vento, levantar voo novamente e pousar só em Ezeiza, um outro aeroporto que serve a capital da Argentina.

O incidente aconteceu no domingo (30), foi gravado em vídeo e publicado em redes sociais.

De acordo com a mídia argentina, o voo vinha de Comodoro Rivadavia. É possível ver que o avião balança para os lados antes do piloto arremeter a nave.

Essa manobra é relativamente comum, especialmente quando há fortes ventos na pista.

O piloto de avião Mateus Ghisleni já explicou ao g1 o que é a arremetida: "É um procedimento executado pelos pilotos na aproximação para o pouso em que se decide não mais pousar naquele momento. Isso pode acontecer tanto quando o avião ainda está voando quanto quando ele já tocou o solo", diz.

"O piloto, então, decide que é mais seguro o avião voltar a voar do que continuar o pouso ou parar sobre a pista", afirmou Ghisleni.

Manobra de arremetida de aviões (IMagem: Elcio Horiuchi/Arte/G1)
O piloto da aeronave da FlyBondi foi elogiado na mídia argentina por ter arremetido no momento certo.

Na mesma tarde, dois outros aviões (sendo que um deles era da Gol, do Brasil) não puderam pousar no Aeroparque por causa dos ventos.

São vários os motivos que podem levar o piloto a decidir pela interrupção do pouso. Os mais comuns, segundo Ghisleni, são os seguintes:
  • Mudança repentina na direção ou na velocidade do vento
  • Chuva forte sobre o aeroporto
  • Presença de algum obstáculo na pista, como um animal ou mesmo pedras
Via g1

Aconteceu em 2 de maio de 1981: Voo 164 da - O bizarro sequestro envolvendo um avião irlandês, um ministro irlandês e o Terceiro Segredo de Fátima


Após o 11 de setembro, a questão da segurança das companhias aéreas não é novidade. Mas em 1981 era um mundo diferente e embora a Irlanda estivesse no meio a problemas políticos, ninguém parecia ter sonhado que o terrorismo iria subir aos céus aqui e certamente não em um avião da Aer Lingus.

Mas em 2 de maio de 1981, o voo da companhia aérea nacional. o EI164 de Dublin, capital da República da Irlanda, para Londres, na Inglaterra, iria estourar essa bolha particular quando atingiu as manchetes ao ser sequestrado com 113 passageiros e tripulantes a bordo. Os acontecimentos dramáticos poderiam ter se transformado em desastre a qualquer momento.


O Boeing 737-248C, prefixo EI-ASD, da Aer Lingus (foto acima), comandado por Eddie Foyle, com o primeiro oficial Frank Thompson e a tripulação de cabine Deirdre Dunphy, Marie McGlinchey e Mary Murphy estava em um voo regular para Heathrow com 10 tripulantes e 103 passageiros, uma mistura de pessoas de negócios conectando-se a voos de ida, bem como ao tráfego de turistas e emigrantes. 

Voar na década de 1980, antes do advento das companhias aéreas "sem frescuras" ainda tinha um prestígio e uma etiqueta de preço correspondentes, mas a única coisa que parecia incomum neste voo era que eles fizeram a travessia em tempo duplo rápido e estavam em um abordagem precoce para Heathrow, quando um dos tripulantes de cabine se preparando para o pouso, notou um passageiro correndo para o banheiro depois que o sinal "aperte o cinto de segurança" foi ligado.

"Quando me levantei e me virei, este passageiro estava lá e coberto de gasolina e ele tinha dois pequenos frascos e disse que eram gás cianeto. Foi o começo de tudo", declarou posteriormente, Deirdre Dunphy, uma das comissárias de bordo.

Muito rapidamente o homem encharcado de combustível estava na cabine e exigiu que eles não poderiam pousar na Inglaterra, pois ele queria ser levado para Teerã, a capital do Irã, pois alegava ter escrito uma nova constituição para o povo iraniano. 

Enquanto o capitão Foyle lidava com o sequestrador, o copiloto Thompson assumiu o controle da aeronave e a tripulação da cabine entrou no modo automático para cuidar dos passageiros e garantir que permanecessem calmos.


"Não dissemos a eles em nenhum estágio que estávamos sendo sequestrados, alguns deles obviamente perceberam e um homem me disse que estávamos sendo sequestrados e eu apenas acenei para ele. Mas nunca usamos a palavra 'sequestrados'", disse Deirdre Dunphy.

Mas a palavra com H ('Hijack', sequestro em inglês) deveria ser espalhada em todos os jornais de domingo - uma vez que a palavra foi divulgada, tornou-se um frenesi na mídia.

“Cheguei ao aeroporto de Dublin, estava tudo bastante caótico, ninguém sabia o que fazer, ninguém tinha muita certeza do que estava acontecendo - um cara tinha dominado o avião, ele havia sequestrado o avião - por que ele sequestrou o avião? Geralmente as pessoas têm uma razão, estão procurando algo em troca, para libertá-las e assim por diante. Ninguém sabia de nada e eu honestamente não acredito que as autoridades soubessem muito naquela época.", declarou Sam Smyth, jornalista do antigo Sunday World.

Quando se tornou conhecida a identidade do sequestrador, Laurence Downey, um ex-monge trapista de Perth, na Austrália, de 55 anos, tornou-se claro que não se tratava de um terrorista vulgar quando ele exigiu a publicação do 3º Segredo de Fátima!


Na década de 1950, Downey havia sido um monge trapista em Roma, mas foi expulso por dar um soco no rosto do superior. Mais tarde, atuou como guia turístico em Fátima, o santuário português onde três crianças afirmavam ter visto Nossa Senhora em 1917. 

As crianças também afirmaram que a aparição lhes contara três "segredos" apocalípticos, dois dos quais foram revelados em 1941 e surgiram para aplicar às duas guerras mundiais. Ao mesmo tempo, o terceiro segredo foi escrito por um dos videntes, mas quando foi inaugurado no Vaticano em 1960, foi imediatamente colocado em sigilo. O Terceiro Segredo de Fátima atraiu enorme interesse e foi isso que deixou Downey obcecado. 

Depois de quatro anos em um mosteiro cisterciense, seus superiores decidiram que ele não era adequado para a vida contemplativa e sugeriram que ele fosse embora. Ele apareceu na Irlanda e com um primeiro-ministro corrupto e gente na estrada espalhando excremento nas paredes das celas, ele tinha uma desculpa para enlouquecer.

O capitão o convenceu de que o avião não tinha combustível suficiente e foi autorizado a pousar no aeroporto de Le Touquet, fora de Paris. Disse-lhes o que queria, acrescentando nesta fase uma exigência de que o Papa revelasse o terceiro segredo, que Nossa Senhora teria contado a três jovens em Fátima em 1917.


Após um impasse de quase 10 horas, ele permitiu que uma mulher com filhos pequenos saísse do avião; quando outra mulher adoeceu, uma ambulância foi chamada. Quando a equipe da ambulância veio buscá-la, as forças especiais francesas encerrou o impasse invadindo o avião e dominando Downey, que estava armado com nada mais do que uma garrafa de água. Descobriu-se que o “líquido inflamável” era água, embora isso não trouxesse muito consolo para os passageiros.

Nenhum tiro foi disparado e ninguém ficou ferido. Descobriu-se que Downey havia sido um marinheiro mercante, um soldado da fortuna e boxeador profissional antes de fugir da Austrália - onde teve uma esposa e cinco filhos. 

Foi revelado, também, que ele estava sendo procurado pela polícia em Perth, na Austrália, em conexão com um incidente de fraude de terras de $ 70.000, e também era procurado em Shannon, na Irlanda, por suposta agressão. 

Embora o avião estivesse agora em solo estrangeiro, o ministro irlandês dos transportes - e futuro Taoiseach - Albert Reynolds voou para a França para lidar com a situação.

"O Ministro, que obviamente estava preocupado com a tripulação e os passageiros do avião, também tinha uma preocupação muito real com a aeronave porque o Ministro Reynolds se voltava para mim de vez em quando e dizia: 'Essa é a nossa maldita aeronave', temos que pegar aquela aeronave de volta. Aquele é o avião da Aer Lingus', continuou a descrever a situação o jornalista Sam Smyth.

Reynolds se encarregou pessoalmente da operação - embora, como o avião estava em solo francês a essa altura, ele não tivesse controle real sobre os acontecimentos. Mas isso não impediu que o Ministro dos Transportes decolasse em um segundo jato da Aer Lingus para estar no local na França quando o esquadrão especial antiterrorista francês invadiu o avião. 

Os passageiros, porém, mesmo depois de 12 horas de cativeiro, tiveram que esperar mais um pouco, até que o Ministro subisse a bordo, para recebê-los, cumprimentá-los e libertá-los. Reynolds emergiu descendo os degraus da aeronave com os passageiros atrás dele para a mídia internacional que esperava.


Em fevereiro de 1983, o sequestrador foi condenado, em Saint-Omer, na França, a cinco anos de prisão por pirataria aérea. Ele foi libertado após cumprir apenas 16 meses de pena e voltou para a Austrália.

Os documentos de estado sobre esse incidente também foram abertos recentemente em Dublin. Misteriosamente, eles foram arquivados com o título: ''Irlanda: Questão de retorno à Comunidade Britânica''.


O Terceiro Segredo de Fátima foi divulgado pelo Papa João Paulo II em 2000, alegando que estava relacionado com a tentativa de assassinato de sua própria vida em 1981. A última notícia de que Downey estava morando perto de Perth há mais de 20 anos.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) - Com informações de agências de notícias internacionais

Aconteceu em 2 de maio de 1980: Acidente em voo teste do McDonnell Douglas DC-9-81, na Califórnia


Em 2 de maio de 1980, o McDonnell Douglas DC-9-81 (MD-81), prefixo N980DC, operando em um voo de teste, pousou fortemente na Base Aérea de Edwards (EDW/KEDW), na Califórnia, nos EUA.

A aeronave estava num voo de teste de certificação para determinar a distância horizontal necessária para pousar e levar a aeronave a uma paragem total conforme exigido pelo 14 CFR 25.125 quando o acidente ocorreu. 

O DC-9-80 tocou a pista cerca de 2.298 pés além do seu limite. A taxa de descida no touchdown ultrapassou as limitações estruturais da aeronave e a empenagem separou-se da aeronave e caiu para a pista. O avião parou cerca de 5.634 pés além do limiar de pouso da pista 22 e ficou danificada substancialmente. 

O McDonnell Douglas DC-9-81 (MD-81) prefixo N980DC envolvido no acidente
Havia sete membros da equipe a bordo. O engenheiro de teste de voo da FAA, que estava atrás do assento do observador no cockpit para registrar os dados, quebrou um tornozelo.

O Conselho Nacional de Segurança dos Transportes determinou que a causa provável deste acidente foi a falha do piloto em estabilizar a abordagem conforme prescrito pelos procedimentos de teste de voo do fabricante. 

Contribuiu para a causa do acidente a falta de exigência nos procedimentos de teste de voo para que outros membros da equipa de voo monitorizassem e chamem os parâmetros críticos de voo. Também contribuíram para esse acidente os procedimentos de teste de voo prescritos pelo fabricante para demonstrar o desempenho de aterrissagem da aeronave que envolveu taxas de descida verticais que se aproximam dos limites de carga de projeto da aeronave.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Aconteceu em 2 de maio de 1970: A queda do voo 980 da ALM Antillean Airlines


No dia 2 de maio de 1970, uma mistura perigosa de mau tempo e erro do piloto ao se aproximar da ilha de St. Maarten fez com que o voo 980 da ALM Antillean Airlines ficasse sem combustível no Mar do Caribe, forçando os pilotos a abandonar seu Douglas DC- 9 em mar aberto no meio de uma tempestade. 

O avião bateu forte e afundou rapidamente, mas das 63 pessoas a bordo, 40 escaparam com vida, sobrevivendo por mais de uma hora em mar aberto antes de serem resgatadas. O acidente levou a mudanças na tecnologia de sobrevivência, mas hoje é mais conhecido por ser a única vala em mar aberto de um jato de passageiros. Esta é a história de como o voo 980 deu terrivelmente errado. 

A Antilliaanse Luchtvaart Maatschappij, mais comumente conhecida como ALM Antillean Airlines, era uma companhia aérea holandesa que operava voos de e para as Antilhas Holandesas, uma dispersão de ilhas controladas pelos holandeses no Caribe. 

Avião da ALM Antillean Airlines pousando no Aeroporto Princesa Juliana, em St. Maarten
Entre eles está St. Maarten, a metade holandesa da Ilha de St. Maarten, que é dividida entre a Holanda e a França. St. Maarten abriga o Aeroporto Internacional Princesa Juliana, uma pista de pouso famosa entre os aventureiros devido a uma praia pública localizada logo atrás da soleira da pista, onde aeronaves que se aproximam passam poucos metros acima da cabeça dos turistas.

O DC-9, N935F, envolvido no acidente, nas cores da Overseas, que o alugou para a ALM
Este era o destino do voo 980 da ALM, operado pelo McDonnell Douglas DC-9-33CF, prefixo N935F, que a ALM estava alugando da transportadora americana Overseas National Airways em seu voo de Nova York em 2 de maio de 1970. A bordo da aeronave estavam 57 passageiros e seis tripulantes.

O voo de Nova York para St. Maarten deveria levar 3 horas e 26 minutos. As regras da companhia aérea determinam que o avião tenha 3.175 kg (7.000 libras) de combustível restante na chegada, supondo que não haja atrasos na rota. 


O capitão Balsey DeWitt calculou que o avião deveria decolar com 13.108 kg (28.900 libras) de combustível, o que era 408 kg (900 libras) a mais do que o necessário para o voo e a almofada de 3.175 kg. Isso foi calculado com uma velocidade de cruzeiro de mach 0,78 a uma altitude de 29.000 pés. 

O avião estava funcionando corretamente, exceto pelo sistema de PA, que estava inoperante. Mesmo assim, a tripulação não esperava dificuldades para chegar a St. Maarten. Mas, no Caribe, uma banda significativa de tempestades estava começando a se formar.


Menos da metade do voo, a tripulação começou a se desviar do plano usado para calcular o consumo de combustível. Eles reduziram a velocidade para mach 0,74 e voaram a 27.000 pés, fazendo com que o avião usasse mais combustível. Como o ar é mais rarefeito em altitudes mais elevadas, requer menos energia para voar até lá devido à resistência reduzida do ar.

Eles então desceram ainda mais a uma altitude de cruzeiro de 25.000 pés. Isso era completamente normal, mas entraria em jogo mais tarde, já que a tripulação agora calculava que pousaria com 2.721 kg (6.000 libras) de combustível extra em vez de 3.175 (7.000). Esta foi a primeira de várias mudanças e dificuldades inesperadas que reduziram seu amortecimento.


Na época em que o voo 980 foi liberado para começar sua descida para 10.000 pés, o centro de controle de tráfego aéreo em San Juan, em Porto Rico, informou que as condições meteorológicas em St. Maarten estavam abaixo do mínimo legal. 

A tripulação optou imediatamente por voar para o aeroporto alternativo predeterminado, também em San Juan, em Porto Rico, em vez de tentar pousar no Aeroporto Princesa Juliana. 

No entanto, depois de voar para sudoeste em direção a San Juan por cinco minutos, o controle de tráfego aéreo de St. Maarten informou que as condições no Aeroporto Princesa Juliana estavam na verdade bem acima do mínimo, com visibilidade de quatro a cinco milhas e um teto de nuvem a 1.000 pés com chuva. 

Como as tripulações devem sempre tentar levar seus passageiros ao destino se for seguro fazê-lo, o capitão DeWitt e o primeiro oficial Evans voltaram com o avião para St. Maarten. Este desvio adicionou 11 minutos ao voo e agora a tripulação estimou que pousaria com 1.995 kg (4.400 libras) de combustível restante.


Na abordagem de St. Maarten, as condições meteorológicas deterioraram-se para um teto de 800 pés e visibilidade de 2-3 milhas com chuvas intensas dispersas. Isso ainda estava acima do mínimo, então a tripulação continuou, embora tenha voado nivelado a 2.500 pés por dez minutos, usando mais combustível. Lembre-se de que mais tempo gasto em altitudes mais baixas significa maior consumo de combustível.

Restaram 1.905 kg (4.200 libras) de combustível e haveria menos quando o avião estivesse no solo. Não só pousaria com menos combustível do que o exigido pela companhia aérea, como também chegaria com menos do que o mínimo exigido pela FAA. 

No entanto, devido a uma chuva de chuva se movendo no caminho de aproximação, a tripulação não conseguiu avistar a pista a tempo de fazer um pouso seguro. Neste ponto, restavam 33 minutos de combustível e a tripulação deveria ter percebido que a situação do combustível estava se tornando perigosa, mas não aconteceu.

Em vez de voar imediatamente para outro aeroporto próximo, a tripulação fez uma segunda abordagem para St. Maarten. No entanto, outra chuva em um local extremamente inconveniente dificultou o alinhamento adequado da aproximação sem perder de vista a pista. Em um esforço para não perder visibilidade, a tripulação iniciou a abordagem muito perto do aeroporto e não conseguiu se alinhar com a pista a tempo. 

Eles pararam e deram a volta novamente para uma terceira abordagem, apenas para topar exatamente com o mesmo problema. O único padrão de aproximação que manteve a pista à vista os impediu de se alinharem adequadamente.


Após a terceira aproximação perdida, restaram 1.000 kg (2.200 libras) de combustível, o que não estava nem perto o suficiente para chegar a San Juan, mas mal podia levar o avião para o Aeroporto Cyril King em Charlotte Amalie, capital das Ilhas Virgens dos EUA. 

A tripulação inicialmente solicitou vetores para Charlotte Amalie, mas depois mudou de ideia e decidiu voar para a ilha de St. Croix, outra das Ilhas Virgens dos EUA que ficava um pouco mais perto. 

Neste momento, os medidores de combustível começaram a se comportar erraticamente devido à turbulência e ao baixo nível de combustível, fazendo com que ele respingasse dentro dos tanques. Como resultado, os pilotos ficaram um tanto inseguros sobre quanto combustível eles estavam queimando e quanto ainda tinham. 

Com medo de que os medidores estivessem exagerando a quantidade de combustível, o capitão DeWitt subiu lentamente até 7.000 pés sem acelerar maciçamente os motores, aparentemente para economizar combustível. Na verdade, essa tática consumia mais combustível do que uma escalada rápida para 7.000 pés, porque o avião passou mais tempo em altitudes mais baixas.


O avião foi liberado para subir a 12.000 pés para voar até St. Croix. No entanto, o capitão DeWitt não mencionou a situação crítica do combustível, que parecia ter invadido a tripulação de forma inesperada. 

Três minutos depois de deixar St. Maarten, DeWitt disse ao controle da área de San Juan que o avião poderia ter que ser pousado na água e disse aos comissários de bordo que se preparassem para a possibilidade. 

O voo 980 ainda poderia ter tentado pousar novamente em St. Maarten, que na verdade era o único aeroporto agora ao alcance, mas a tripulação continuou a voar em direção a St. Croix por mais 10 minutos, aparentemente acreditando que eles conseguiriam e que tentariam pousar novamente em St. Maarten resultaria em um acidente. Em vez disso, eles selaram o destino do avião, e um fosso agora era inevitável.


Percebendo que não conseguiriam chegar a nenhum aeroporto, a tripulação se preparou para a amarração voando a uma altitude de 500 pés para se alinhar com um 'swell'. DeWitt sabia que teria que derrubar o avião em cima de uma onda elevada em vez de colidir com uma se quisesse manter o avião intacto. Mas, devido ao mau funcionamento do sistema de som, a tripulação não podia dizer diretamente aos passageiros que eles estavam prestes a abandonar o barco. 

Os comissários de bordo também não tinham certeza se estavam se preparando para uma verdadeira amarração ou apenas a possibilidade de uma amarração. Eles instruíram os passageiros a se sentarem e colocarem os cintos de segurança e os ajudaram a colocar o colete salva-vidas. 

Enquanto isso, o capitão DeWitt desceu lentamente até que o avião estivesse 20 pés acima das ondas, momento em que a tripulação configurou o avião para a vala e esperou que o combustível acabasse. "Estava escuro, estava nublado, estava chovendo e o mar estava muito bravo ”, disse DeWitt em uma entrevista quase 40 anos depois. “Muitas ondas brancas, as ondas eram enormes e eu tinha ventos fortes.”

Não seria um milagre no Hudson - aquele era o oceano aberto durante uma tempestade. A tripulação se preparou para a mais desafiadora amarração de aviões de passageiros já tentada.


Os motores tossiram e morreram quando o combustível finalmente acabou, e o avião caiu direto no mar revolto. Na cabine, os comissários não haviam terminado de preparar os passageiros. Alguns ainda estavam de pé, e alguns que estavam sentados não haviam colocado os cintos de segurança. 

O avião atingiu a água com força e afundou, mandando os passageiros sem cinto de segurança a voar pela cabine e matando instantaneamente várias pessoas. 

O avião, milagrosamente ainda inteiro, avançou pelas ondas em um ângulo de inclinação de 30 graus, com a asa esquerda completamente submersa e a água subindo pelo para-brisa da cabine. DeWitt conseguiu nivelar o avião usando os controles de voo e a cabine voltou à superfície. Ondas enormes quebraram sobre o avião, fazendo com que a água entrasse na cabine. 

Imediatamente, uma evacuação começou. Os comissários de bordo primeiro tentaram abrir a saída dianteira esquerda, mas estava emperrada. Eles então foram para a cozinha, onde tentaram implantar um bote salva-vidas para 25 pessoas, mas ele acidentalmente inflou dentro do avião, bloqueando a passagem da cabine para a cozinha. 

Apenas um passageiro, junto com quatro membros da tripulação, usou as saídas traseiras da cozinha. A maioria dos passageiros escapou pelas saídas sobre as asas e para as asas. 

A tripulação pegou um escorregador inflável que também funcionava como uma jangada, e os passageiros agarraram-se a ele para salvar a vida enquanto ele balançava para cima e para baixo nas ondas. No caos, várias pessoas foram arrastadas e morreram afogadas. 

O capitão DeWitt voltou para uma última verificação da cabine, onde não viu passageiros adicionais, então ele saiu da aeronave e se juntou aos outros no escorregador flutuante. Dez minutos após o impacto, o DC-9 afundou, para nunca mais ser visto novamente.


Pouco antes da amarração, os pilotos informaram ao ATC que estavam caindo e, assim que o avião saiu do radar, uma busca foi iniciada. Duas aeronaves da Guarda Costeira dos EUA inicialmente passaram pelo local para lançar outras jangadas enquanto helicópteros de resgate estavam a caminho, mas quando os membros da tripulação nadaram até eles, eles não conseguiram agarrar as jangadas e não foram usadas. 


Começando uma hora após o acidente, uma série de helicópteros da Guarda Costeira dos EUA, da Marinha dos EUA e do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA chegaram ao local e começaram a transportar passageiros para fora da água. 

O último a ser resgatado foi o primeiro oficial Evans, que foi resgatado uma hora e meia após o acidente. Ao todo, 40 sobreviventes foram recuperados, enquanto 23 pessoas morreram, incluindo duas crianças pequenas. Dos que sobreviveram, apenas três escaparam dos ferimentos.


Durante a investigação, nenhuma tentativa foi feita para recuperar o avião, que afundou em 1.520 m (5.000 pés) de água entre St. Maarten e as Ilhas Virgens dos EUA. Como resultado, os gravadores de voo nunca foram recuperados, mas como a tripulação sobreviveu ao acidente, os investigadores foram capazes de determinar a sequência de eventos sem as caixas pretas. 

O National Transportation Safety Board descobriu que a tripulação não administrou o combustível corretamente, porque eles deveriam ter reconhecido, após a primeira aproximação falhada, que o combustível estava perigosamente baixo e, portanto, deveriam ter desviado para as Ilhas Virgens imediatamente. 

A tripulação também não entendeu que suas ações após finalmente decidirem desviar estavam fazendo com que o avião consumisse mais combustível do que o necessário. Provavelmente devido a esses lapsos, o capitão DeWitt perdeu o emprego seis semanas após o acidente e nunca mais o recuperou.


Também houve erros que contribuíram para a morte de 23 dos 63 passageiros e tripulantes. A tripulação de cabine não foi devidamente avisada sobre a iminente afundamento devido ao mau funcionamento do sistema de PA e a falha da tripulação em compensar isso instruindo pessoalmente os comissários de bordo. 

Além dos passageiros que ainda estavam de pé no impacto ou não colocaram os cintos de segurança, um número significativo também deixou de assumir a posição do cinto por achar que o avião estava prestes a pousar em St. Croix. E vários cintos de segurança foram afrouxados durante o acidente devido a uma falha de projeto conhecida, descoberta pela primeira vez em 1964. 

Sem esses fatores, é provável que houvesse muito menos ferimentos e mortes. Por causa do acidente, os aviões agora devem decolar com um sistema de PA em funcionamento ou um megafone reserva, e os cintos de segurança foram redesenhados.


Nos 48 anos desde a queda do voo 980 da ALM Antillean Airlines, houve vários pousos na água com e sem sucesso, mas o voo 980 continua sendo a única amaragem de um jato de passageiros em oceano aberto. Houve um pequeno punhado de aviões a hélice que tentaram isso, no entanto. 

Em 1956, o voo 6 da Pan Am, um Boeing 377 Stratocruiser, estava voando de Honolulu para São Francisco quando dois de seus motores falharam. As hélices recusaram-se a embandeirar, causando tanto arrasto que o avião ficou sem combustível suficiente para chegar a São Francisco ou retornar a Honolulu. 

Os pilotos começaram a circular sobre o Pacífico até que um helicóptero da Guarda Costeira dos EUA chegou ao local para observar a amarração e resgatar os passageiros. O avião se partiu em dois pedaços com o impacto, mas todos os 31 passageiros e tripulantes escaparam com vida. 


E em 2005, voo Tuninter 1153, um ATR-72 estava voando de Bari, Itália, para Djerba, Tunísia, quando ficou sem combustível no Mar Mediterrâneo. Indicadores incorretos de quantidade de combustível do ATR-42 menor foram instalados antes do voo, fazendo com que os pilotos acreditassem que havia mais combustível a bordo do que realmente havia. A aeronave quebrou com o impacto no mar, matando 16 das 39 pessoas a bordo.

Esses três acidentes juntos mostram por que pousar em mar aberto é tão perigoso - das 133 pessoas a bordo desses três aviões, 39 morreram. Os pilotos são treinados para sempre priorizar o pouso em um aeroporto em relação ao pouso em qualquer outro lugar. 


Mas, no caso do voo 980 da ALM Antillean Airlines, os erros da tripulação os deixaram sem escolha a não ser tentar o impensável. Ainda há muito que o capitão DeWitt lamenta sobre o acidente. 

“Há uma coisa neste acidente que não posso tirar de mim e não vou deixar ninguém tirar de mim, que é a responsabilidade. Eu pego isso. Eu usei as quatro listras. Eu tomei todas as decisões. Em algum lugar ao longo da linha, eu deveria ter sido perspicaz o suficiente para saber de qualquer maneira, do que para me colocar em uma situação como essa. E até hoje não descobri onde poderia ter feito algo melhor”, disse DeWitt em sua entrevista de 2009. 

“[Mas] se eu deixar minha mente vagar pelas pessoas que perdi... sim, não. As duas crianças que perdi lá..." DeWitt desatou a chorar, incapaz de terminar a última frase comovente.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com Admiral Goldberg, ASN, Wikipedia - Imagens: Mark Sluiters, “35 Miles From Shore” de Emilio Corsetti III, o NTSB e Shutterstock. Clipes de vídeo cortesia do Weather Channel.

Aconteceu em 2 de maio de 1953: A queda do voo 783 da BOAC logo após a decolagem na Índia

Em 2 de maio de 1953, o voo 783 fazia a rota entre Cingapura e Londres, na Inglaterra, com escalas programadas no Aeroporto Dum Dum de Calcutá (agora Aeroporto Internacional Netaji Subhas Chandra Bose) e no Aeroporto de Nova Deli-Palam, ambos na Índia.


Após realizar a primeira perna do voo sem intercorrências, a aeronave 
de Havilland DH-106 Comet 1, prefixo G-ALYV, da BOAC (British Overseas Airways Corporation) (foto acima), decolou às 16h29 (hora local)  de Calcutá em direção à Nova Deli, levando a bordo 37 passageiros e seis tripulantes.

Seis minutos após a decolagem, enquanto o jato estava subindo para 7.500 pés (2.300 m), o contato de rádio com o controle de tráfego aéreo foi perdido. Fortes chuvas e trovoadas estivam presentes na área.

O avião saiu do controle, abaixou o nariz e caiu perto do vilarejo de Jagalgori, a cerca de 38 quilômetros do aeroporto Dum Dum. Quase ao mesmo tempo, testemunhas no terreno perto da aldeia de Jagalgori, cerca de 25 milhas (40 km) a noroeste de Calcutá, observaram a aeronave caindo em chamas. A aeronave se desintegrou com o impacto e todos os 43 ocupantes morreram.


Os destroços do G-ALYV foram encontrados mais tarde espalhados ao longo de uma pista de 8 km, com as partes principais ainda em chamas.

As 43 pessoas a bordo eram 6 membros da tripulação e 37 passageiros de nacionalidades britânica, americana, australiana, birmanesa e filipina. Entre as vítimas estavam o político australiano Trevor Oldham e sua esposa.


A investigação subsequente descobriu que, após encontrar uma tempestade, a aeronave "sofreu falha estrutural no ar que causou incêndio". A causa provável da falha foi relatada como "sobrecarga que resultou de: rajadas severas encontradas na tempestade ou excesso de controle ou perda de controle do piloto ao voar durante a tempestade." 

Os pesquisadores também recomendaram "considerar se alguma modificação na estrutura do Comet era necessária."

O acidente foi seguido em menos de um ano por mais dois acidentes fatais envolvendo falha estrutural da aeronave Comet: o voo BOAC 781 e o voo South African Airways 201, após o qual toda a frota foi paralisada até que um amplo redesenho do tipo fosse realizado, levando o desenvolvimento da versão Comet 2.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia, ASN e baaa-acro

Avião de pequeno porte faz pouso forçado na Região Metropolitana de São Luís

Incidente aconteceu na tarde desta segunda-feira (1º), na Praia de Panaquatira, em São José de Ribamar. Quatro ocupantes que estavam na aeronave foram resgatados.

Avião de pequeno porte faz pouso forçado na Praia de Panaquatira, em São José de Ribamar (MA)
 (Foto: Divulgação/Redes sociais)
O avião de pequeno porte Embraer EMB-711C Corisco, prefixo PT-NKN, fez um pouso forçado, na tarde desta segunda-feira (1º), na praia da Ponta Verde, na Praia de Panaquatira, em São José de Ribamar, município da Região Metropolitana de São Luís.

O monomotor de prefixo PT-NKN fazia uma viagem da cidade de Barreirinhas para São Luís, quando sofreu uma pane e precisou fazer um pouso forçado na orla da praia.


O avião pertence ao empresário Igor Costa e foi emprestada ao advogado dele, Ronaldo Ribeiro para uma viagem. Dentro da aeronave, além do advogado, estavam a esposa dele, um funcionário e o piloto.

Após o pouso forçado, os quatro ocupantes foram resgatados com ferimentos leves por uma equipe do Centro Tático Aéreo (CTA) e em seguida, encaminhados para hospitais da região. Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros também participaram da operação de salvamento.

A aeronave vai passar por uma perícia técnica que vai determinar as causas da pane.

Via g1 e Meio Norte

O que significam as listras nas mangas e nos ombros dos uniformes de pilotos de avião

(Foto: Divulgação/United Airlines)
A década de 1930 marcou um momento importante na história do transporte aéreo com a introdução do serviço Clipper da Pan American World Airways (a famosa e emblemática Pan Am). Com a necessidade de distinguir a tripulação das outras companhias aéreas, a Pan Am decidiu vestir sua tripulação com uniformes similares aos usados pela Marinha.

A ideia pegou e se espalhou para outras companhias aéreas, que replicaram os uniformes da Pan Am, iniciando um padrão que perdura até os dias de hoje, principalmente aqueles com coberturas em azul marinho e quepes.

As barras nos punhos das mangas e nas dragonas (também conhecidas como berimbelas) das camisas, no entanto, são uma adição mais recente, que significam a experiência e a classificação do piloto. Quanto mais barras tiver um piloto, mais experiente ele será.

Desde o século 17, os uniformes militares incorporaram distintivos ou listras para indicar a posição e a classificação de uma pessoa. As companhias aéreas geralmente seguem o mesmo padrão para uniformes, de modo que as barras nos punhos e nas dragonas facilita a distinção de um piloto cadete de um veterano experiente.

Um piloto cadete começa com uma faixa, que sinaliza seu estágio inicial na carreira. O Segundo Oficial ou Engenheiro de Voo tem duas listras, enquanto um Primeiro Oficial (copiloto) tem três. Um Comandante de Linha Aérea ou um Comandante-Instrutor tem quatro listras.

Daqui em diante, ao observar os uniformes de pilotos será fácil entender o que as listras significam toda vez que voar em um avião. Os quepes, por sua vez, também são usados ​​pelos pilotos e geralmente fazem referência à companhia aérea, mas não contêm símbolos com sua classificação de experiência.

Restam apenas quatro aviões C-130 Hercules ativos na FAB

Aeronave turboélice de transporte está em serviço no Brasil desde 1964. Força Aérea planeja aposentá-la até o final deste ano, mas mudanças no programa KC-390 podem postergar plano.

Aviões C-130 Hercules da FAB. À frente, o FAB 2473, um dos poucos mantidos em operação (FAB)
Prestes a completar 60 anos em serviço na Força Aérea Brasileira (FAB), o turboélice de transporte Lockheed C-130 Hercules está perto da aposentadoria.

Das quase três dezenas que voaram pela FAB restam apenas quatro C-130 ativos, de acordo com dados do FlightRadar24. No entanto, esses aviões têm previsão de serem retirados de serviço no final de 2023, segundo um documento recente da Aeronáutica.

As aeronaves em questão, FAB 2462, 2472, 2473 e 2476, são as que ainda têm a Inspeção de terceiro nível programada (INPP) por vencer, estágio em que a FAB considerou como limite para retirá-los de serviço.

Dos quatro Hercules, um deles (2462) é do modelo KC-130H, que realiza rebastecimento aéreo. A FAB possuía dois deles mas o FAB 2461 teria sido desativado no ano passado.

A aposentadoria dos C-130 Hercules foi decidida em 2016, em linha com o andamento do programa KC-390, aeronave multimissão da Embraer que oferece maior capacidade, versatilidade e velocidade que o antigo turboélice.

O primeiro KC-390 da FAB foi entregue em setembro de 2019 e no momento cinco desses jatos estão em serviço, com uma sexta aeronave prestes a ser entregue pela Embraer.

Atração em resort

É justamente o KC-390 que pode postergar o fim da era do Hercules no Brasil. Pela programação da FAB, a retirada dos C-130 deve acompanhar a implantação da aeronave da Embraer.

“Caso necessário e oportunamente, reavaliar a necessidade de ajuste no prazo de desativação do C-130, em função dos resultados da implantação do KC-390 na FAB, em especial com relação à operação do MAFFS II“, explica nota do Estado Maior da Aeronáutica, citando o sistema de combate a incêndios, já aprovado no avião.

Desde o início do programa de desativação do Hercules, a FAB retirou de operação 17 desses turboélices, cinco deles entre 2021 e 2022 .

Nesse meio tempo, além dos cinco KC-390, a Força Aérea ganhou o reforço de dois Airbus A330-200, que foram designados KC-30 e assumiram parte das missões de transporte.

No entanto, a mudança no contrato de aquisição do KC-390, por iniciativa do ex-Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Baptista Junior, reduziu a encomenda de 28 para 19 aeronaves, além de prolongar o cronograma de entregas.

Quanto aos C-130 aposentados, um deles já foi preservado no Museu da Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, o FAB 2453, enquanto ao menos três tornaram-se atrações turísticas no pequeno município de Cantagalo, no interior do Rio de Janeiro.

Os Hercules foram adquiridos por um hotel, onde são usados até como acomodação pelos hóspedes. Um fim mais digno para o “Gordo”, como o avião é conhecido na FAB.

Por que foguete não é lançado nem com garoa e avião voa com até com chuva?

Raio atinge torre da plataforma de lançamento do foguete Falcon Heavy, da SpaceX
(Imagem: Reprodução/@SERobinsonJr)
Estava tudo pronto no icônico complexo 39A do Centro Espacial Kennedy, da Nasa, na Flórida (EUA). Sol, céu azul, poucas nuvens e um calor de rachar tomavam o horizonte do Cabo Canaveral.

Os ânimos eram altos: eu estava no mesmo lugar de onde algumas das principais missões da Nasa, como as do programa Apollo, da Skylab e do Ônibus Espacial. Durante a tarde, os jornalistas convidados seguiram até a plataforma de lançamento — o mais perto possível que se podia chegar.

Lá estava ele, Falcon Heavy, o foguete mais poderoso do mundo em operação comercial, fabricado pela SpaceX. Seria o sexto voo dele desde 2018, e o segundo deste ano — o foguete SLS, da Nasa, o superou no ano passado, mas só teve um lançamento até o momento: a missão Artemis 1.

Este seria um de seus voos mais agressivos: consumiria todo o combustível dos três propulsores — não sobraria para as manobras de retorno, por isso nenhum seria recuperado, já que cairiam no mar logo após cumprirem seu trabalho.

Todos estavam prontos para ver o voo do falcão levando ao espaço o satélite ViaSat-3 Américas, criado com a missão de disponibilizar internet de banda larga para todas as Américas (sim, o Brasil está na lista).

Por volta das 16h, porém, tudo começou a mudar. Nuvens mais escuras se aproximavam, seguidas por uma leve garoa. Foi o sinal de alerta de que o lançamento poderia ser adiado pela segunda vez nesta semana.

A saber: um avião até pode decolar em uma tempestade. Um foguete, não. Nuvens congeladas e descargas elétricas podem atrapalhar o funcionamento dos motores e até tirar o foguete levemente de curso. Mesmo um pequeno desvio pode ser catastrófico para o posicionamento final do satélite em órbita.

Se o risco é alto, que dirá quando a própria operação custou cerca de US$ 97 milhões, como no caso da ViaSat.

Quando o lançamento finalmente ocorrer, o satélite se desdobrará no espaço, assim como aconteceu com o telescópio James Webb, a 35.700 km de altitude. Ele pesa 6 toneladas e mede 45 metros de envergadura.

Sendo assim, mudar o ViaSat-3 de órbita, um centímetro que seja, custaria ainda caro.

Chuva e ameaça de tornado na estação de lançamento do Cabo Canaveral adia
lançamento de ViaSat-3 América pela 2ª vez (Imagem: Marcella Duarte/UOL Tilt)
Então começaram os raios, o céu ficou cinza, o chuvisco virou uma tempestade, com ventos que curvavam coqueiros. Mais alguns minutos e meu celular apitou: "Alerta de tornado".


Me abriguei em um prédio da Nasa com mais algumas pessoas.


E veio a confirmação final: lançamento adiado devido ao clima desfavorável. O plano da SpaceX é realizá-lo na noite desta sexta-feira (28).

Alerta de tornado recebido antes do horário do lançamento do ViaSat-3
(Imagem: Marcella Duarte/UOL Tilt)
Isso acontecerá só se o tempo melhorar. Alguns locais me disseram que a Flórida é assim mesmo, inconstante: com chuva, muitos raios e até um quase tornado.


Via Marcella Duarte (Tilt/UOL)