O anúncio pela US Airways, na quinta-feira, de que estava encerrando suas negociações de fusão com a United Airlines abre caminho para o avanço das conversas da United com a rival Continental Airlines. Mas também deixa em abeto questões sobre a capacidade da US Airways para concorrer em longo prazo como companhia independente, e gera especulações de que ela poderia se fundir com a American Airlines.
Uma fusão entre Continental e United criaria a maior companhia de aviação dos Estados Unidos, deixando para trás a Delta Air Lines, que subiu ao primeiro posto quando adquiriu a Northwest Airlines dois anos atrás. E a nova companhia teria uma rede mundial, além de seus polos regionais de operação americanos, em San Francisco, Nova York, Chicago e Houston.
O setor de aviação vem em crise nos últimos anos com a disparada nos custos do combustível e a crise econômica, resultando em alta de custos e queda no número de passageiros. Com a recuperação econômica, as empresas começaram a reportar melhoras nos negócios, o que renovou o interesse nas negociações entre as companhias do setor.
Continental e United chegaram perto de uma fusão em 2008, mas a Continental desistiu na última hora, devido a preocupações quanto à saúde financeira da potencial parceira. Desde então, a United tomou medidas agressivas para melhorar sua posição de caixa, reduzir sua frota, aumentar os preços das passagens e as taxas, segundo analistas, o que diminuiu a preocupação quanto ao seu vigor financeiro.
Embora a fusão possa não sair, as duas empresas recentemente trocaram informações financeiras e estão discutindo uma transação paga em ações, de acordo com fontes informadas. O comando da empresa combinada também foi decidido, disseram as fontes, que pediram anonimato porque a transação não está fechada ainda. Glenn Tilton, da United, seria o presidente do conselho, e Jeff Smisek, da Continental, seria o presidente-executivo.
"É altamente provável que a United tenha iniciado negociações com a US Airways para estimular a Continental a negociar", diz Jeff Straebler, estrategista da RBS Securities. Agora, "a United fará tudo que pode para forçar um acordo".
Jean Medina, porta-voz da United, disse que a empresa considera "cuidadosamente" as oportunidades, "e cada vez mais de uma posição de força, porque o desempenho da United continua a melhorar dramaticamente".
O anúncio da US Airways surgiu enquanto os executivos da Continental participavam de uma entrevista telefônica com analistas para discutir os resultados trimestrais da empresa.
"Como seria de esperar da parte de executivos responsáveis, estamos estudando as possibilidades para a Continental", disse Smisek, que não quis acrescentar detalhes. Poucas semanas atrás, ele afirmou que sua empresa estava estudando uma fusão "defensiva", para não ser deixada em desvantagem.
Isso causa problemas à US Airways, vista como a mais fraca das grandes companhias aéreas americanas; ela vem perdendo terreno em um setor no qual escala é essencial. A companhia opera menos rotas internacionais do que suas rivais, e concorre diretamente com a Southwest Airlines em muitos mercados nacionais.
W. Douglas Parker, o presidente-executivo do grupo, disse que defende há muito uma consolidação setorial como forma de reduzir capacidade. Embora continue a defender essa posição, afirmou em carta aos funcionários na quinta-feira que "não é necessário que participemos diretamente de uma fusão porque todo o setor se beneficia quando ocorre uma consolidação".
Ele também defendeu a capacidade da empresa de sobreviver sozinha, dizendo que os "especialistas setoriais" estariam errados ao sugerir que uma companhia como a US Airways não é capaz de competir sem ajuda. A companhia tem alguns ativos altamente lucrativos, de acordo com alguns analistas, entre as quais suas rotas ao longo da costa leste.
A fusão entre Delta e Northwest abriu caminho para uma nova rodada de negociações de consolidação, porque foi amplamente definida como sucesso, e resultou em um gigante no setor.
A possível união entre Continental e United também deixaria a American, líder do setor até ser superada pela Delta, em desvantagem, ainda maior. Os executivos da American declararam repetidamente que não veem necessidade de entrar no jogo das fusões, mas os analistas expressaram frustração diante da lentidão da empresa quanto a medidas de corte de custos e ampliação dos lucros.
A US Airways e a American se recusaram a comentar sobre os boatos quanto a uma possível fusão. Enquanto isso, algumas companhias do setor de transporte aéreo anunciaram na quinta-feira os seus resultados trimestrais. A Southwest anunciou lucro de US$ 11 milhões para o primeiro trimestre, ante prejuízo de US$ 91 milhões no período em 29.
A Alaska Airlines anunciou lucro de US$ 5,3 milhões no período, depois do prejuízo de US$ 19,2 milhões sofrido no primeiro trimestre de 2009. A Continental, de sua parte, teve prejuízo de US$ 146 milhões no primeiro trimestre, ante prejuízo de US$ 136 milhões no período um ano atrás.
Fonte: Jad Mouawad (Invertia/Terra)
Uma fusão entre Continental e United criaria a maior companhia de aviação dos Estados Unidos, deixando para trás a Delta Air Lines, que subiu ao primeiro posto quando adquiriu a Northwest Airlines dois anos atrás. E a nova companhia teria uma rede mundial, além de seus polos regionais de operação americanos, em San Francisco, Nova York, Chicago e Houston.
O setor de aviação vem em crise nos últimos anos com a disparada nos custos do combustível e a crise econômica, resultando em alta de custos e queda no número de passageiros. Com a recuperação econômica, as empresas começaram a reportar melhoras nos negócios, o que renovou o interesse nas negociações entre as companhias do setor.
Continental e United chegaram perto de uma fusão em 2008, mas a Continental desistiu na última hora, devido a preocupações quanto à saúde financeira da potencial parceira. Desde então, a United tomou medidas agressivas para melhorar sua posição de caixa, reduzir sua frota, aumentar os preços das passagens e as taxas, segundo analistas, o que diminuiu a preocupação quanto ao seu vigor financeiro.
Embora a fusão possa não sair, as duas empresas recentemente trocaram informações financeiras e estão discutindo uma transação paga em ações, de acordo com fontes informadas. O comando da empresa combinada também foi decidido, disseram as fontes, que pediram anonimato porque a transação não está fechada ainda. Glenn Tilton, da United, seria o presidente do conselho, e Jeff Smisek, da Continental, seria o presidente-executivo.
"É altamente provável que a United tenha iniciado negociações com a US Airways para estimular a Continental a negociar", diz Jeff Straebler, estrategista da RBS Securities. Agora, "a United fará tudo que pode para forçar um acordo".
Jean Medina, porta-voz da United, disse que a empresa considera "cuidadosamente" as oportunidades, "e cada vez mais de uma posição de força, porque o desempenho da United continua a melhorar dramaticamente".
O anúncio da US Airways surgiu enquanto os executivos da Continental participavam de uma entrevista telefônica com analistas para discutir os resultados trimestrais da empresa.
"Como seria de esperar da parte de executivos responsáveis, estamos estudando as possibilidades para a Continental", disse Smisek, que não quis acrescentar detalhes. Poucas semanas atrás, ele afirmou que sua empresa estava estudando uma fusão "defensiva", para não ser deixada em desvantagem.
Isso causa problemas à US Airways, vista como a mais fraca das grandes companhias aéreas americanas; ela vem perdendo terreno em um setor no qual escala é essencial. A companhia opera menos rotas internacionais do que suas rivais, e concorre diretamente com a Southwest Airlines em muitos mercados nacionais.
W. Douglas Parker, o presidente-executivo do grupo, disse que defende há muito uma consolidação setorial como forma de reduzir capacidade. Embora continue a defender essa posição, afirmou em carta aos funcionários na quinta-feira que "não é necessário que participemos diretamente de uma fusão porque todo o setor se beneficia quando ocorre uma consolidação".
Ele também defendeu a capacidade da empresa de sobreviver sozinha, dizendo que os "especialistas setoriais" estariam errados ao sugerir que uma companhia como a US Airways não é capaz de competir sem ajuda. A companhia tem alguns ativos altamente lucrativos, de acordo com alguns analistas, entre as quais suas rotas ao longo da costa leste.
A fusão entre Delta e Northwest abriu caminho para uma nova rodada de negociações de consolidação, porque foi amplamente definida como sucesso, e resultou em um gigante no setor.
A possível união entre Continental e United também deixaria a American, líder do setor até ser superada pela Delta, em desvantagem, ainda maior. Os executivos da American declararam repetidamente que não veem necessidade de entrar no jogo das fusões, mas os analistas expressaram frustração diante da lentidão da empresa quanto a medidas de corte de custos e ampliação dos lucros.
A US Airways e a American se recusaram a comentar sobre os boatos quanto a uma possível fusão. Enquanto isso, algumas companhias do setor de transporte aéreo anunciaram na quinta-feira os seus resultados trimestrais. A Southwest anunciou lucro de US$ 11 milhões para o primeiro trimestre, ante prejuízo de US$ 91 milhões no período em 29.
A Alaska Airlines anunciou lucro de US$ 5,3 milhões no período, depois do prejuízo de US$ 19,2 milhões sofrido no primeiro trimestre de 2009. A Continental, de sua parte, teve prejuízo de US$ 146 milhões no primeiro trimestre, ante prejuízo de US$ 136 milhões no período um ano atrás.
Fonte: Jad Mouawad (Invertia/Terra)
Nenhum comentário:
Postar um comentário