domingo, 11 de janeiro de 2009

Moçambique transforma base militar em aeroporto civil

O Governo moçambicano estimou em 44 milhões de euros (R$ 129,66 milhões) o investimento necessário para transformar a Base Áerea Militar de Nacala em aeroporto civil. As obras devem começar neste ano e se prolongar por 20 meses.

O ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, disse que um estudo de viabilidade apontou a necessidade de aplicar este nível de investimentos para obras de ampliação do aeroporto na província de Nampula, no norte do país.

Após a conclusão das construções, o futuro aeroporto civil de Nacala terá capacidade para movimentar até 600 mil passageiros por ano e receber aeronaves de grandes dimensões.

O novo aeroporto também deve se tornar um ponto central para a região norte de Moçambique, servindo de passagem para outros aeroportos, como o militar de Cuamba e os civis de Nampula, Angoche, Pemba, Lichinga e Lungu.

A ligação entre estes aeroportos poderá aumentar o fluxo de passageiros e carga ao longo da zona norte do país, cujo nível atual é considerado baixo, apesar de nos últimos anos registrar uma tendência crescente.

A transformação da Base Aérea de Nacala em aeroporto civil faz parte de um programa do Governo de Maputo de modernização e ampliação dos aeródromos nacionais para torná-los mais rentáveis e transitáveis até a realização da Copa do Mundo de 2010, na vizinha África do Sul, embora o projeto tenha um horizonte temporal maior.

A Base Militar de Nacala tem uma pista com cerca de três quilômetros de comprimento e não possui quaisquer infra-estruturas associadas a um aeroporto civil, como edifícios anexos ou terminais, que serão construídas na conversão agora anunciada.

Plano

Além da Base Militar de Nacala, o Governo moçambicano está implantando obras de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo, num projeto orçado em 55 milhões de euros (R$ 162,07 milhões).

O trabalho no aeroporto de Maputo está a cargo da empresa chinesa Anhui Foreign Economic Construction Corporation, que recentemente venceu a licitação internacional.

As obras de ampliação e modernização de aeroportos moçambicanos visam responder à Declaração de Yammoussokro (1988), de que Moçambique é signatário, que prevê a abertura do espaço aéreo moçambicano ao tráfego internacional de transporte de passageiros, carga e encomendas postais.

O Governo de Maputo considera que a abertura do espaço aéreo e a modernização dos serviços aeroportuários vão permitir a entrada de novos operadores privados e estrangeiros no mercado nacional, um passo tido como extremamente importante para a melhoria, por via da competitividade, da qualidade dos serviços prestados.

Fonte: Agência Lusa (Portugal)

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