O avião monomotor da Cirrus é sucesso de vendas na aviação geral no mundo e virou febre no Brasil. Cerca de 120 destas aeronaves já foram importadas. Pilotos e donos do monomotor preparam-se para lançar uma associação de proprietários no mês que vem. De olho na demanda, a Cirrus Brasil fez um evento de marketing em Barra do Piraí, interior do Rio, neste fim de semana, para potenciais compradores, com direito a vôos da aeronave. De lá, vieram as quatro pessoas que morreram no acidente de hoje.
O evento, chamado Cirrus Weekend 2008, começou na sexta-feira à noite. Vôos da marca estavam previstos para as manhãs de sábado e domingo, além de outras atividades, como test-drive de automóveis de luxo, apresentação musical, sorteio de brindes e uma palestra com o especialista em segurança de vôo Jorge Barros, no sábado à tarde. Pelo menos treze empresas patrocinaram ou apoiaram o evento.
"É o avião mais vendido do mundo para uso particular. O que caracteriza ele é a segurança", disse o consultor em aviação André Castelini, dono há três anos de um Cirrus, com o qual já foi duas vezes para os Estados Unidos e viaja pelo Brasil. Ele participa da organização de uma associação de pilotos e proprietários do avião, nos moldes da que já existe internacionalmente, com cerca de três mil integrantes. Castelini preferiu não comentar o acidente, alegando que é preciso aguardar as investigações.
O diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), Ronaldo Jenkins, confirma que o Cirrus tem tido boa vendagem e "tem bom conceito". O monomotor custa menos do que o jatinho mais barato. A estimativa é de que o modelo que caiu no Rio custava algo entre US$ 500 mil e US$ 600 mil enquanto um jato executivo mais barato custa US$ 3 milhões. Executivos e empresários de grupos de pequeno e médio portes são o público principal e o monomotor é usado para trabalho e lazer.
"É a aeronave que está sendo comprada por quem não tem 'bala' para comprar um jatinho", disse um executivo de uma grande companhia aérea brasileira. O avião Cirrus SR22 é fabricado pela empresa americana Cirrus Design, que iniciou suas atividades em 1984 como um fabricante de kit de aeronaves em Baraboo, Winsconsin.
Uma das peculiaridades do projeto é o pára-quedas projetado para frear a queda do avião em caso de pane. A questão é que a proteção só pode ser acionada a partir de determinada altura. Uma fonte do setor comenta que as demonstrações para certificação do sistema teriam sido feitas acima de mil pés (300 metros de altura).
Um empresário comentou que caso a pane no motor tivesse ocorrido a uma altura maior provavelmente teria dado tempo de o pára-quedas funcionar. "Foi muito azar o que aconteceu, logo na decolagem", afirmou. Segundo o National Transportation Safety Board (NTSB), agência de segurança de transporte dos EUA, o equipamento foi acionado em treze ocasiões e, em 11 delas, salvou 24 pessoas.
Pesquisa no site do NTSB mostra que nos últimos dez anos, só nos Estados Unidos houve 93 notificações de acidentes com aviões Cirrus, dos quais 61 foram com modelos da família SR-22 e, desses, 22 foram fatais para 45 pessoas. O NTSB investiga todos os acidentes de aviação civil naquele país e acidentes significativos envolvendo ferrovias, estradas, transporte marítimo e dutos e dá recomendações de segurança para prevenir futuros acidentes.
O evento, chamado Cirrus Weekend 2008, começou na sexta-feira à noite. Vôos da marca estavam previstos para as manhãs de sábado e domingo, além de outras atividades, como test-drive de automóveis de luxo, apresentação musical, sorteio de brindes e uma palestra com o especialista em segurança de vôo Jorge Barros, no sábado à tarde. Pelo menos treze empresas patrocinaram ou apoiaram o evento.
"É o avião mais vendido do mundo para uso particular. O que caracteriza ele é a segurança", disse o consultor em aviação André Castelini, dono há três anos de um Cirrus, com o qual já foi duas vezes para os Estados Unidos e viaja pelo Brasil. Ele participa da organização de uma associação de pilotos e proprietários do avião, nos moldes da que já existe internacionalmente, com cerca de três mil integrantes. Castelini preferiu não comentar o acidente, alegando que é preciso aguardar as investigações.
O diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), Ronaldo Jenkins, confirma que o Cirrus tem tido boa vendagem e "tem bom conceito". O monomotor custa menos do que o jatinho mais barato. A estimativa é de que o modelo que caiu no Rio custava algo entre US$ 500 mil e US$ 600 mil enquanto um jato executivo mais barato custa US$ 3 milhões. Executivos e empresários de grupos de pequeno e médio portes são o público principal e o monomotor é usado para trabalho e lazer.
"É a aeronave que está sendo comprada por quem não tem 'bala' para comprar um jatinho", disse um executivo de uma grande companhia aérea brasileira. O avião Cirrus SR22 é fabricado pela empresa americana Cirrus Design, que iniciou suas atividades em 1984 como um fabricante de kit de aeronaves em Baraboo, Winsconsin.
Uma das peculiaridades do projeto é o pára-quedas projetado para frear a queda do avião em caso de pane. A questão é que a proteção só pode ser acionada a partir de determinada altura. Uma fonte do setor comenta que as demonstrações para certificação do sistema teriam sido feitas acima de mil pés (300 metros de altura).
Um empresário comentou que caso a pane no motor tivesse ocorrido a uma altura maior provavelmente teria dado tempo de o pára-quedas funcionar. "Foi muito azar o que aconteceu, logo na decolagem", afirmou. Segundo o National Transportation Safety Board (NTSB), agência de segurança de transporte dos EUA, o equipamento foi acionado em treze ocasiões e, em 11 delas, salvou 24 pessoas.
Pesquisa no site do NTSB mostra que nos últimos dez anos, só nos Estados Unidos houve 93 notificações de acidentes com aviões Cirrus, dos quais 61 foram com modelos da família SR-22 e, desses, 22 foram fatais para 45 pessoas. O NTSB investiga todos os acidentes de aviação civil naquele país e acidentes significativos envolvendo ferrovias, estradas, transporte marítimo e dutos e dá recomendações de segurança para prevenir futuros acidentes.
Fonte: Agência Estado
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