sexta-feira, 17 de junho de 2022

Quais e quantos aviões de guerra o Brasil tem para atacar e se defender?

Caça Gripen E do Brasil
O Brasil tem uma ampla frota de aeronaves passível de ser utilizada em caso de guerra, se necessário. São aviões, helicópteros e drones que podem ser empenhados tanto na defesa do território nacional quanto em um eventual ataque.

A frota de todas as aeronaves militares no país é de 679 exemplares, segundo anuário apresentado pela publicação especializada Flight Global, sem levar em consideração os drones. Esse valor é bem inferior à maior frota do mundo, de 13.246 aeronaves nos Estados Unidos, colocando o Brasil na 16ª posição do mundo, atrás de países como as duas coreias, França, Turquia e Reino Unido.

Nessa reportagem, vamos falar apenas das aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira), que detém a maior frota do país, com 524 exemplares. Marinha e Exército também possuem seus aviões, helicópteros e drones, mas em quantidade bem menor.

A Marinha tem 64 aeronaves com a maioria formada por helicópteros, sendo grande parte idêntica aos da FAB. O Exército, por sua vez, não possui aviões, mas conta com 91 helicópteros em sua frota, além de drones.

Veja a fatia de cada força na frota militar do país:
  1. FAB: 77%
  2. Exército: 13%
  3. Marinha: 9%

Tipos de aviação


Na Aeronáutica, existem vários tipos de aviação (e não apenas a de caça), cada uma com suas características de acordo com a missão a ser cumprida. São elas:
  • Caça
  • Asas rotativas
  • Patrulha
  • Reconhecimento
  • Transporte
  • Transporte especial
  • Instrução
  • Inspeção em voo
Nem todas as aeronaves seriam utilizadas diretamente na linha de combate, mas todas possuem sua importância para manter as Forças Armadas em pleno funcionamento.

Veja um pouco mais sobre cada tipo de aviação a seguir:

Caça


F-39 Gripen, F-5 Tiger (em cima, da esquerda para a direita),
A-1 AMX e A-29 Super Tucano (embaixo, da esquerda para a direita)
São os aviões utilizados para ataque de outros aviões e instalações em solo, além de apoio a tropas. O Brasil possui pouco mais de 120 aviões de caça e ataque atualmente, desde modelos mais antigos até o mais recente, o F-39 Gripen.

Aeronaves: Aviões F-39 Gripen E/F, F-5M Tiger, A-1 AMX e A-29 Super Tucano.

Asas rotativas


AH-2 Sabre, H-36 Caracul, H-50 Esquilo (em cima, da esquerda para a direita),
H-60 Black Hawk, VH-35 e VH-36 Caracal (embaixo, da esquerda para a direita)
A aviação de asas rotativas é formada por helicópteros que atuam em diversos esquadrões. São modelos com função de ataque, busca e salvamento, transporte, combate, além de outros utilitários.

Aeronaves: Helicópteros AH-2 Sabre, H-36 Caracal, H-50 Esquilo, H-60 Black Hawk, VH-35 e VH-36 Caracal (os dois últimos, usados para o transporte de autoridades).

Patrulha


P-95 Bandeirulha e P-3AM Orion, respectivamente
A aviação de patrulha é responsável por vigiar o território marítimo do Brasil, primordialmente. Seus aviões são formados por modelos civis adaptados para poder monitorar a porção oceânica sob responsabilidade do país e suas áreas adjacentes.

Alguns desses aviões são equipados para atacar submarinos, além de serem dotados de sensores tão sensíveis que conseguem ouvir até camarões, golfinhos e baleias.

Aeronaves: Aviões P-3AM Orion e P-95 Bandeirulha (Bandeirante de patrulha).

Reconhecimento


R-35 AM, R-99 e E-99 (em cima, da esquerda para a direita), e
os drones RQ 900 e RQ 450, (embaixo, da esquerda para a direita)
A aviação de reconhecimento é uma das principais forças de defesa do país. Ela é responsável por, entre outras funções, identificar ameaças nas regiões de fronteira, como aviões não identificados.

Ela também investiga possíveis operações ilegais no solo, levantando dados de inteligência para uma ação posterior. Além de aviões, os esquadrões de reconhecimento contam com drones, que também são chamados de ARP (Aeronaves Remotamente Pilotadas) ou Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado).

Aeronaves: Aviões R-35 AM, R-99 e E-99, e os drones RQ 900 e RQ 450.

Transporte


KC-390, C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-99 (em cima, da esquerda para a direita),
C-97 Brasília, C-95M Bandeirante e C-98 Caravan (embaixo, da esquerda para a direita) 
A aviação de transporte é uma das que mais possuem missões a cumprir no cotidiano da Aeronáutica. Segundo o próprio órgão, ela é responsável por realizar:
  • Assalto aeroterrestre (que inclui o lançamento de paraquedistas para locais de combate);
  • Busca e salvamento;
  • Evacuação aeromédica;
  • Exfiltração e infiltração de aéreas (que consiste em retirar e levar militares ou civis de e para determinadas áreas, como foi a atuação das Forças Armadas no resgate às vítimas de Brumadinho);
  • Reabastecimento em voo;
  • Transporte aéreo logístico;
  • Combate a incêndio em voo.
Aeronaves: Aviões KC-390, C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-99, C-97 Brasília, C-95M Bandeirante e C-98 Caravan

Transporte especial


VC-1 e VC-2, respectivamente
São aeronaves utilizadas para o transporte de autoridades nacionais e estrangeiras, como o presidente da República e líderes de outros países. O VC-1 é um Airbus A319 adaptado para o transporte presidencial que foi batizado de Santos Dumont.

O VC-2 é do modelo E190 da Embraer, e é utilizado com mais frequência em voos nacionais e para transportar ministros e demais autoridades.

Aeronaves: VC-1 e VC-2

Instrução


T-25 Universal e T-27 Tucano, respectivamente 
Estas são as primeiras aeronaves com as quais os futuros aviadores terão contato em seu treinamento, realizado inicialmente na Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP). Não são feitas para utilização em combate, mas, prioritariamente, para o ensino das técnicas de voo aos militares nos anos iniciais de suas carreiras

Aeronaves: T-25 Universal e T-27 Tucano

Inspeção em voo


IU-50 e IU-93A, respectivamente
Esses aviões possuem laboratórios a bordo que são utilizados para garantir que todos os auxílios para os voos estejam devidamente calibrados e funcionando, garantindo que todos os aviões, não apenas os militares, possam pousar, decolar e navegar com segurança.

Eles são operados, por exemplo, para aferir a precisão de radares, sistemas de aproximação, rádios, equipamentos de auxílio à navegação, luzes de orientação, entre outros, que permitem aos tripulantes voar adequadamente.

Aeronaves: IU-50 e IU-93A

Posição confortável no continente


Segundo ranking elaborado pela publicação GlobalFirepower, o Brasil tem a segunda maior frota do continente, atrás apenas dos Estados Unidos. Veja a quantidade de aeronaves militares operadas nos principais países do continente (não são contabilizados drones):
  1. Estados Unidos - 13.247 unidades
  2. Brasil - 679 unidades
  3. México - 469 unidades
  4. Colômbia - 454 unidades unidades
  5. Canadá - 380 unidades
  6. Chile - 290 unidades
  7. Venezuela - 256 unidades
  8. Peru - 243 unidades
  9. Argentina - 218 unidades
  10. Equador - 113 unidades
  11. Cuba - 80 unidades
  12. Bolívia - 63 unidades
  13. Uruguai - 50 unidades
Via Alexandre Saconi (UOL) - Imagens: Montagem/UOL com imagens da FAB

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