Pesquisa realizada pelo Núcleo de Economia do Turismo do Centro de Excelência em Turismo (NET/CET), da Universidade de Brasília, concluiu que o transporte aéreo foi um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira no período de 1999 a 2008. O setor de transporte aéreo registrou crescimento trimestral médio de 2,5%, calculado sobre o número de passageiros transportados por quilômetro. Valor pouco inferior à média de 3,3% de crescimento econômico nacional, verificado pelo IBGE para o mesmo período.
O setor aéreo participa com 12% do turismo no Brasil e com 6% das chamadas atividades características do turismo, ou seja, as atividades de transporte, alimentação, hospedagem, cultura e lazer que atendem turistas, mas também a residentes.
O estudo divulgado agora foi encomendado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) para avaliar a importância econômica e perspectivas ante a abertura do setor às empresas estrangeiras. O resultado revela que o setor teve um bom desempenho econômico no período.
A pesquisa estimou a importância econômica do setor aéreo brasileiro em três aspectos. O primeiro foi trabalhado com uma matriz de insumo-produto e uma matriz de contabilidade social. Ambas calcularam o PIB do setor aéreo, assim como a sua contribuição econômica ao país em todas as suas variáveis, direta ou indiretamente, como produção, renda e emprego.
No segundo aspecto, os pesquisadores estimaram a participação do setor aéreo na cadeia produtiva do turismo e analisaram seu potencial gerador de emprego e renda, comparando-o com os outros setores constituintes do turismo.
No aspecto demanda de transporte aéreo, foram destacados os determinantes e a evolução do setor ao longo dos últimos anos, calculando a sensibilidade desta demanda a preços, renda e taxa de câmbio.
A constatação de que o setor aéreo respondeu por 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 11,84% do PIB do setor de turismo, coloca o transporte aéreo numa posição privilegiada. Ocupa a 16ª posição no quesito geração de empregos indiretos entre 79 setores econômicos que mais estimulam a economia por meio da demanda de insumos. Ocupa ainda uma posição de destaque, entre os 79 setores da economia, no que se refere aos multiplicadores de produção direta e indireta (8º lugar) e induzida (9º lugar), próximo de setores como os de alimentos e bebidas e automobilístico que são conhecidos como muito geradores de produção.Tem destaque também na geração de renda indireta, onde o setor ocupa a 10ª posição. Para efeito de comparação, o setor automobilístico, a esse respeito ocupa a 3ª posição.
De acordo com a pesquisa, o setor aéreo contribuiu com 1,5% do consumo total dos brasileiros e com 3,23% do consumo dos brasileiros de renda mais alta. Os pesquisadores constataram também que mudanças na taxa de desemprego impactam intensamente sobre a demanda por transporte aéreo. Segundo eles, um aumento de 1% naquela variável provoca uma queda de 1,5% na demanda por transporte aéreo doméstico.
Ainda de acordo com os pesquisadores, a taxa de desemprego, que reflete o nível de atividade econômica interna do país, e a taxa de câmbio entre o real e o dólar, que reflete o custo de oportunidade de uma viagem doméstica em relação a uma viagem para o exterior, são as variáveis econômicas mais importantes para explicar a demanda doméstica por transporte aéreo. Outras variáveis econômicas, como a taxa real de juros e imposto de renda sobre pessoa física como proporção do PIB, também foram consideradas na estimação da demanda por transporte aéreo.
A conclusão é que o setor aéreo tende a ser um bom estimulador da produção da economia como um todo, assim como gerador de renda e emprego. Isso porque, de acordo com os pesquisadores, ao aumentar sua própria produção, ele amplia os empregos gerados no setor, assim como a renda. São os efeitos diretos. Mas ao demandar insumos para satisfazer a esse aumento de produção, o setor aéreo estimula também a produção de outros setores, assim como a geração de emprego e renda neles. Esses são os efeitos indiretos. Essa nova renda, gerada pelos efeitos diretos e indiretos, vai ser transformada em demanda e gastos a serem realizados em outros setores e também nestes a produção, o emprego e a renda aumentam. Estes são os efeitos induzidos.
Verifica-se, assim, que o impacto total de um aumento da demanda e da produção de serviço de transporte aéreo é muito maior do que o que parece à primeira vista, pois o desenvolvimento do setor beneficia não apenas os consumidores finais, mas outros setores da economia.
O setor aéreo é o primeiro colocado no turismo na geração de empregos indiretos. Para cada aumento de produção de R$1 milhão o setor gera sete empregos diretos e 17 indiretos em setores dos quais demanda insumos e 55,86 empregos na economia como um todo. O setor de atividades auxiliares do setor aéreo gera 94,67 empregos no total da economia, sendo 36,6 nele próprio, 10,92 nos setores dos quais demanda insumos e 47,16 no restante da economia.
O setor aéreo participa com 12% do turismo no Brasil e com 6% das chamadas atividades características do turismo, ou seja, as atividades de transporte, alimentação, hospedagem, cultura e lazer que atendem turistas, mas também a residentes.
O estudo divulgado agora foi encomendado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) para avaliar a importância econômica e perspectivas ante a abertura do setor às empresas estrangeiras. O resultado revela que o setor teve um bom desempenho econômico no período.
A pesquisa estimou a importância econômica do setor aéreo brasileiro em três aspectos. O primeiro foi trabalhado com uma matriz de insumo-produto e uma matriz de contabilidade social. Ambas calcularam o PIB do setor aéreo, assim como a sua contribuição econômica ao país em todas as suas variáveis, direta ou indiretamente, como produção, renda e emprego.
No segundo aspecto, os pesquisadores estimaram a participação do setor aéreo na cadeia produtiva do turismo e analisaram seu potencial gerador de emprego e renda, comparando-o com os outros setores constituintes do turismo.
No aspecto demanda de transporte aéreo, foram destacados os determinantes e a evolução do setor ao longo dos últimos anos, calculando a sensibilidade desta demanda a preços, renda e taxa de câmbio.
A constatação de que o setor aéreo respondeu por 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 11,84% do PIB do setor de turismo, coloca o transporte aéreo numa posição privilegiada. Ocupa a 16ª posição no quesito geração de empregos indiretos entre 79 setores econômicos que mais estimulam a economia por meio da demanda de insumos. Ocupa ainda uma posição de destaque, entre os 79 setores da economia, no que se refere aos multiplicadores de produção direta e indireta (8º lugar) e induzida (9º lugar), próximo de setores como os de alimentos e bebidas e automobilístico que são conhecidos como muito geradores de produção.Tem destaque também na geração de renda indireta, onde o setor ocupa a 10ª posição. Para efeito de comparação, o setor automobilístico, a esse respeito ocupa a 3ª posição.
De acordo com a pesquisa, o setor aéreo contribuiu com 1,5% do consumo total dos brasileiros e com 3,23% do consumo dos brasileiros de renda mais alta. Os pesquisadores constataram também que mudanças na taxa de desemprego impactam intensamente sobre a demanda por transporte aéreo. Segundo eles, um aumento de 1% naquela variável provoca uma queda de 1,5% na demanda por transporte aéreo doméstico.
Ainda de acordo com os pesquisadores, a taxa de desemprego, que reflete o nível de atividade econômica interna do país, e a taxa de câmbio entre o real e o dólar, que reflete o custo de oportunidade de uma viagem doméstica em relação a uma viagem para o exterior, são as variáveis econômicas mais importantes para explicar a demanda doméstica por transporte aéreo. Outras variáveis econômicas, como a taxa real de juros e imposto de renda sobre pessoa física como proporção do PIB, também foram consideradas na estimação da demanda por transporte aéreo.
A conclusão é que o setor aéreo tende a ser um bom estimulador da produção da economia como um todo, assim como gerador de renda e emprego. Isso porque, de acordo com os pesquisadores, ao aumentar sua própria produção, ele amplia os empregos gerados no setor, assim como a renda. São os efeitos diretos. Mas ao demandar insumos para satisfazer a esse aumento de produção, o setor aéreo estimula também a produção de outros setores, assim como a geração de emprego e renda neles. Esses são os efeitos indiretos. Essa nova renda, gerada pelos efeitos diretos e indiretos, vai ser transformada em demanda e gastos a serem realizados em outros setores e também nestes a produção, o emprego e a renda aumentam. Estes são os efeitos induzidos.
Verifica-se, assim, que o impacto total de um aumento da demanda e da produção de serviço de transporte aéreo é muito maior do que o que parece à primeira vista, pois o desenvolvimento do setor beneficia não apenas os consumidores finais, mas outros setores da economia.
O setor aéreo é o primeiro colocado no turismo na geração de empregos indiretos. Para cada aumento de produção de R$1 milhão o setor gera sete empregos diretos e 17 indiretos em setores dos quais demanda insumos e 55,86 empregos na economia como um todo. O setor de atividades auxiliares do setor aéreo gera 94,67 empregos no total da economia, sendo 36,6 nele próprio, 10,92 nos setores dos quais demanda insumos e 47,16 no restante da economia.
Atividades características do Turismo - % do Total
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Fonte: Inês Ulhôa (CET - Centro de Excelência em Turismo / UNB)
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