Enquanto um dos corpos teria relação com milionário desaparecido em 2018, destroços de aeronave estavam perdidos há mais de 50 anos.
O aumento de temperaturas fez com que geleiras da Suíça, em processo de degelo, revelassem alguns de seus segredos. Neste verão europeu, alpinistas encontraram dois restos humanos não identificados e destroços perdidos de um avião há mais de cinquenta anos.
Na última quarta-feira, 3, dois alpinistas franceses encontraram ossos humanos quando escalavam a geleira Chessjen, no sul do cantão de Valais. O esqueleto já foi retirado com ajuda de um helicóptero para passar por processos de análise.
Poucos dias antes, outro corpo já havia sido encontrado, dessa vez na geleira Stockji, perto do resort de Zermatt, no noroeste de Matterhorn. Em ambos os casos, a polícia de Valais disse que o processo de identificação de restos humanos por meio de análise de DNA ainda está em andamento e levará “mais alguns dias”.
Ao menos 300 pessoas desapareceram na região desde 1925, segundo lista mantida pela polícia da região alpina. De acordo com a mídia alemã, o corpo encontrado em Stockji pode pertencer a um dos desaparecidos envolvido em um caso de grande repercussão. O milionário Karl-Erivan Haub, cidadão alemão, russo e americano dono de uma rede de supermercados, sumiu na região enquanto treinava para uma excursão em abril de 2018.
Além dos corpos, um guia descobriu n a primeira semana de agosto os destroços de um avião que caiu sobre a geleira Aletsch, perto dos picos das montanhas Jungfrau e Mönch, em junho de 1968.
O derretimento por lá, que propiciou as novas descobertas, é tão forte que borrou os limites entre Suíça e Itália, forçando os dois países a redesenhar suas fronteiras. Localizada na divisa entre as nações vizinhas, a Glaciar Theodul marcava o ponto em que a água de degelo formava um bacia que escorria para ambos os lados da montanha em direção a um país ou outro.
Os Alpes suíços, no entanto, não são as únicas concentrações de geleiras afetadas por um inverno de relativamente pouca neve e severas ondas de calor do verão. As mudanças climáticas aceleram o processo de degelo na Groenlândia também. Diferentemente dos achados mórbidos na Suíça, um grupo de bilionários encontrou uma oportunidade no que é revelado debaixo do gelo.
O derretimento das camadas de gelo criou uma oportunidade para investidores e empresas de mineração que procuram minerais críticos, aqueles de alta relevância para a indústria, capazes de acelerar a transição para a energia verde. O grupo inclui nomes como Jeff Bezos, Michael Bloomberg e Bill Gates. Eles apostam que abaixo da superfície das colinas e vales da região existem minerais suficientes para abastecer centenas de veículos elétricos.
Via Veja
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