Nave não tripulada foi desenvolvida pela Boeing e se assemelha a ônibus espacial usado pela Nasa; detalhes do projeto são secretos.
Em uma rara declaração pública, a Força Espacial dos Estados Unidos anunciou que vai começar a executar uma série de “manobras inovadoras” com o avião espacial ultrassecreto X-37B.
O veículo vai testar a técnica conhecida como “aerofrenagem”, que usa a força de arrasto atmosférico para ajudar a diminuir a altura da órbita de uma espaçonave enquanto gasta o mínimo de combustível.
Após a mudança de órbita, o avião vai descartar “com segurança” componentes do módulo na órbita da Terra, possibilitando um “retorno seguro”, segundo as autoridades.
Esta é a primeira vez que a Força Espacial dos EUA e o X-37B realizam essa manobra dinâmica. Os testes têm como base conhecimentos adquiridos em seis missões anteriores e também de outras operações na Lua e em Marte.
“Esta nova e eficiente série de manobras demonstra o comprometimento da Força Espacial em alcançar inovações revolucionárias ao conduzir missões de segurança nacional no espaço”, disse o secretário da Força Aérea, Frank Kendall.
Projeto ultrassecreto
O avião X-37B decolou para a sétima missão espacial em dezembro de 2023, após o lançamento do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, com suporte de um foguete SpaceX Falcon Heavy.
Em julho de 2022, o veículo bateu recorde de maior tempo em órbita para uma nave desse tipo após voar ao redor da Terra por 908 dias, segundo o site IFLScience. Ainda não há previsão de quando o novo veículo retornará ao planeta.
A nave não tripulada foi desenvolvida pela Boeing e é capaz de voar em órbita baixa, entre 240 e 800 quilômetros acima da Terra, com velocidade de 28.200 quilômetros por hora. O modelo se assemelha ao ônibus espacial usado pela NASA entre 1981 e 2011.
A Força Espacial americana diz que o avião X-37B faz parte de um projeto de “redução de risco, experimentação e desenvolvimento de conceito de operações para tecnologias de veículos espaciais reutilizáveis”. Os detalhes, no entanto, nunca foram divulgados publicamente.
Via Bruna Barone (Olhar Digital)
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