terça-feira, 6 de setembro de 2022

Cinco aeronaves se envolvem em um incidente de tráfego aéreo na Europa


O último domingo (04) foi de momentos de tensão no tráfego aéreo da Europa, mais precisamente próximo de Madrid na Espanha. Ao todo, cinco aeronaves se envolveram em um incidente que poderia ter resultado em um acidente grave.

Para começar a entender esse ‘quebra-cabeças’, a primeira aeronave envolvida foi um Boeing 737-800 da Ryanair que realizava o voo RK-1365 de Rabat no Marrocos para Londres no Reino Unido. O avião de matrícula G-RUKB voava a uma altitude de 36 mil pés à cerca de 54,6 km distância de Madrid.

A segunda aeronave era um Airbus A320 Nouvelair, de matrícula TS-INO que estava realizando o voo BJ 6131 que havia partido de Porto em Portugal para Djerba na Tunísia. O avião também estava voando à 36 mil pés, aproximadamente 72,8 km de distância de Madrid.

Nesta situação, o controlador identificou a proximidade das aeronaves e solicitou para a tripulação do Airbus A320 que virasse à direita, mas logo depois a tripulação solicitou curvar à esquerda que foi prontamente atendido pelo controlador.

Ao mesmo tempo, o controlador contatava a tripulação do Boeing 737 da Ryanair e solicitou que a aeronave descesse para o nível de voo de 35 mil pés e fizesse uma curva à direita.

A terceira aeronave envolvida foi um Airbus A320 da British Airways de matrícula G-EUUE que voava de Málaga para Londres, a cerca de 20 milhas de Madrid também a uma altitude de 36 mil pés.

Como o controlador havia solicitado a tripulação da Nouvelair uma curva de 40 graus à esquerda sem mudar de altitude, agora poderia haver um encontro entre os dois A320. Com isso, o controlador de tráfego aéreo solicitou ao British Airways uma subida temporária para 37 mil pés, que posteriormente voltasse ao nível original de altitude.

A quarta aeronave envolvida no incidente foi um Airbus A320, dessa vez da Vueling. A aeronave de matrícula EC-JTR estava realizando o voo VY-8829 de Paris para Sevilla, voando à 35 mil pés, aproximadamente 127,4 km de distância de Madrid.

Airbus A320 da Vueling (Foto: Aldo Bidini / Wikimedia)
Novamente o Airbus A320 da Nouvelair estava em possível rota de colisão com outro Boeing 737-800 da Ryanair, este de matrícula EI-ENA. O controle de tráfego aéreo instruiu o Nouvelair a curvar 90 graus à direita e o Boeing 737 a curvar 40 graus à direita, mas não resolveu a situação.

O TCAS, sistema de anti-colisão do Boeing 737 da Ryanair emitiu um aviso sonoro e uma instrução para descer para 35 mil pés. Entretanto, caso o 737 descesse para FL350, poderia entrar em rota de colisão com o A320 da Vueling.

Então o controle pediu para que a tripulação da Ryanair descesse para FL357, passando com uma separação vertical de apenas 400 pés e apenas 5 milhas na horizontal para o Airbus A320 da Nouvelair. Logo após, o 737 da Ryanair subiu para 36 mil pés para se livrar da rota de colisão com o A320 da Vueling, que havia curvado à direita em 40 graus.

Gráfico mostra as rotas de cada uma das aeronaves (Via: Aviation Herald)
Após esse momento de tensão no tráfego aéreo próximo de Madrid, as aeronaves seguiram com a separação de segurança e suas respectivas rotas e pousaram sem maiores problemas.

Um ouvinte da fonia no momento, disse que alertou o Controle de Tráfego Aéreo sobre as posições e altitudes dos cinco aviões, além de ouvir alarmes da mesa do controlador antes do incidente.

Via Aeroflap com informações do Aviation Herald

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