A Air France-KLM foi responsável por conduzir um voo com um Airbus A350-900 movido a biocombustível de Paris a Montreal, Canadá, na terça-feira (18), num momento em que existem profundas divisões na indústria sobre o ritmo de adoção de tecnologias mais sustentáveis.
O voo 342 decolou do Aeroporto Charles de Gaulle com uma mistura de 16% de combustível de aviação sustentável (SAF) nos seus tanques, produzida a partir de óleo de cozinha usado.
De acordo com a companhia, o voo sinaliza uma "ambição compartilhada de descarbonizar o transporte aéreo e desenvolver uma cadeia de abastecimento SAF na França".
O combustível de aviação, produzido a partir de biomassa ou sinteticamente, de energia renovável tem o potencial de reduzir as emissões de carbono, embora a um custo elevado em comparação com o preço do querosene.
A partir do próximo ano, os voos que partem da França serão obrigados a usar 1% de SAF, à frente das metas da União Europeia de chegar a 2% até 2025 e 5% até 2030 de acordo com a Green Deal do bloco.
Mas as companhias aéreas tradicionais têm procurado afastar a medida dos voos de longo curso, argumentando que a exigência poderia expô-los à concorrência desleal vinda do exterior.
Sobre as quotas europeias de SAF para voos de longa distância, o presidente-executivo da Air France-KLM reitera “uma grande responsabilidade”, mas sublinha dúvidas: "Precisamos de estar em igualdade de condições. Não podemos ter uma situação em que companhias aéreas com base fora da Europa possam prejudicar-nos", disse Ben Smith à Reuters.
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