
Perante resultados com variações negativas em 2009 face há um ano já negativo como 2008 (ver notícia), a AEA pede um prolongamento da isenção de obrigatoriedade de uso dos slots aeroportuários, horários atribuídos às companhias para aterragens e descolagens em cada aeroporto. A isenção vigorou durante a época de Verão na aviação, estando prestes a terminar, no fim deste mês. “Precisamos urgentemente de uma decisão da UE para prolongar a isenção no Inverno.
As regras de atribuição de slots foram concebidas para épocas de crescimento econômico, e produzem os efeitos errados em épocas de crise. E é durante esta crise sem precedentes, agora, que todas as companhias aéreas precisam saber se podem ajustar com flexibilidade ou não”, pede o secretário-geral da AEA, Ulrich Schulte-Strathaus.
No início de Maio passado, perante as quebras no tráfego, a União Européia, numa decisão aprovada por muito larga maioria no Parlamento Europeu, isentou as companhias aéreas européias da obrigação de usarem os slots que lhes estavam atribuídos, permitindo-lhes dimensionar a sua oferta mais de acordo com o tráfego, estancando custos operacionais e prejuízos.
Em condições normais, quando as companhias aéreas não utilizam mais de 80 % dos slots que lhes estão atribuídos num aeroporto, perdem esse direito para outra companhia neles interessada, sendo estes intervalos de tempo bastante cobiçados, ainda mais quando existe a garantia de que o direito transita de um ano para o outro, se a companhia efetivamente usar 80% ou mais desses slots, o que protege a planificação plurianual das companhias aéreas.
Mas em tempos de grandes reduções de tráfego a obrigatoriedade de usar os slots torna-se um impedimento à redução de oferta e dos custos das companhias, pelo que a isenção temporária permite reduzir custos sem perda de direitos. Já em 2001 e 2003 a UE tinha aplicado esta medida, perante as quebras de tráfego então verificadas. Como é natural, se as companhias aéreas aplaudem esta medida, já os aeroportos e respectivas associações, nem tanto, pois representa uma redução nas suas receitas.
Fonte: Turisver (Portugal)
Nenhum comentário:
Postar um comentário