Rodrigo Agostini apostou e se deu bem como mecânico de aviões fora de Campinas
Quando criança, Rodrigo Agostini gostava de observar o pai trabalhando com mecânica industrial. Dessa forma, foi desenvolvendo um apreço pelo complicado universo do funcionamento das máquinas que, somado a um conselho do tio, abriu caminho para que ele optasse por uma profissão pouco conhecida na época: a de mecânico de manutenção aeronáutica. Mesmo quase dez anos depois e com uma série de mudanças que a aviação civil passou durante esse tempo, o ofício continua ainda longe de ser célebre e Agostini garante: “Falta mão-de-obra qualificada na área.”
Então monitor de um posto de gasolina, Agostini guardou o salário para arcar com os custos da formação. Foi aluno da primeira turma da Edapa Escola de Aviação. Cursou o módulo básico, que dá noções gerais sobre aviação, e especializou-se no Grupo Moto Propulsor, que abrange o funcionamento do motor. Ainda durante o curso, começou o primeiro estágio na Skymaster.
Após concluir os estudos, ele prestou a prova para obter a habilitação do Departamento de Aviação Civil (DAC), atual Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em 2001, começou a trabalhar na Aerolinhas Brasileiras S.A. (Absa). “O mercado ainda era mais fechado na época, mas já dava indícios de crescimento. Tanto que não tive dificuldades em conseguir o primeiro emprego”, explica.
Nos anos seguintes, passou por várias companhias: Trip, Ocean Air, Digex — terceirizada da TAM — e Gol. Em 2003, ainda fez outra especialização no módulo célula, que abrange a parte estrutural da aeronave.
Até que, em outubro de 2006, recebeu o convite da empresa Allegiance Air para trabalhar na África do Sul. A companhia, que tem como um dos sócios o rei da Suazilândia — pequeno país africano — trabalha com a cessão por contrato de aviões de médio porte com equipe completa para todo o continente africano. A preferência por funcionários brasileiros não é em vão. Boa parte da frota é composta por aeronaves modelo EMB-120 Brasília, fabricadas pela Embraer.
VIAGENS
As viagens a trabalho são constantes. Agostini calcula já ter passado por mais de dez países na África. “O funcionário fica o tempo inteiro a disposição e é o responsável por checar o funcionamento do avião, fazer a manutenção preventiva e corretiva, e liberá-lo para o próximo voo. São três meses seguidos a disposição para atender os chamados, em troca de um mês de folga”, explica.
Nesses mais de dois anos de trabalho na África, o momento mais tenso foi vivido no Iraque. Agostini acompanhou uma equipe americana de reconstrução do país. Ele passou o tempo inteiro dentro de bases militares, mas mesmo assim pode viver um pouco da tensão da guerra. “Era assustador ouvir as chamadas explosões controladas, que as tropas americanas praticam de forma diária”, recorda.
CARREIRA
Na opinião de Agostini, o candidato a mecânico de manutenção aeronáutica deve ter muita vontade de aprender, dedicar-se bastante aos estudos e ter bons conhecimentos de língua inglesa. “A maioria dos manuais está em inglês, por isso o conhecimento de termos técnicos é importante. Outra qualidade importante é ser detalhista e atento, já que é preciso inspecionar uma série de detalhes que são fundamentais para o voo”, atesta.
Segundo ele, a média salarial inicial costuma ser um pouco abaixo dos R$ 2 mil. Mas com experiência, os rendimentos dobram. Além disso, profissionais com habilitação americana ou que trabalham no Exterior podem ganhar muito mais, até US$ 7 mil, sendo que ainda oferecem benefícios como comida, moradia e carro. “A necessidade de profissional é grande, pois sem o mecânico o avião não decola. Por isso, quanto mais cresce o mercado de aviação, mais requisitado é esse profissional”, assegura.
O NÚMERO
7 mil dólares é o salário de um profissional que atua no Exterior
Fonte: Renan Magalhães (Agência Anhangüera de Notícias) - Foto: Adriano Rosa (AAN)
Quando criança, Rodrigo Agostini gostava de observar o pai trabalhando com mecânica industrial. Dessa forma, foi desenvolvendo um apreço pelo complicado universo do funcionamento das máquinas que, somado a um conselho do tio, abriu caminho para que ele optasse por uma profissão pouco conhecida na época: a de mecânico de manutenção aeronáutica. Mesmo quase dez anos depois e com uma série de mudanças que a aviação civil passou durante esse tempo, o ofício continua ainda longe de ser célebre e Agostini garante: “Falta mão-de-obra qualificada na área.”
Então monitor de um posto de gasolina, Agostini guardou o salário para arcar com os custos da formação. Foi aluno da primeira turma da Edapa Escola de Aviação. Cursou o módulo básico, que dá noções gerais sobre aviação, e especializou-se no Grupo Moto Propulsor, que abrange o funcionamento do motor. Ainda durante o curso, começou o primeiro estágio na Skymaster.
Após concluir os estudos, ele prestou a prova para obter a habilitação do Departamento de Aviação Civil (DAC), atual Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em 2001, começou a trabalhar na Aerolinhas Brasileiras S.A. (Absa). “O mercado ainda era mais fechado na época, mas já dava indícios de crescimento. Tanto que não tive dificuldades em conseguir o primeiro emprego”, explica.
Nos anos seguintes, passou por várias companhias: Trip, Ocean Air, Digex — terceirizada da TAM — e Gol. Em 2003, ainda fez outra especialização no módulo célula, que abrange a parte estrutural da aeronave.
Até que, em outubro de 2006, recebeu o convite da empresa Allegiance Air para trabalhar na África do Sul. A companhia, que tem como um dos sócios o rei da Suazilândia — pequeno país africano — trabalha com a cessão por contrato de aviões de médio porte com equipe completa para todo o continente africano. A preferência por funcionários brasileiros não é em vão. Boa parte da frota é composta por aeronaves modelo EMB-120 Brasília, fabricadas pela Embraer.
VIAGENS
As viagens a trabalho são constantes. Agostini calcula já ter passado por mais de dez países na África. “O funcionário fica o tempo inteiro a disposição e é o responsável por checar o funcionamento do avião, fazer a manutenção preventiva e corretiva, e liberá-lo para o próximo voo. São três meses seguidos a disposição para atender os chamados, em troca de um mês de folga”, explica.
Nesses mais de dois anos de trabalho na África, o momento mais tenso foi vivido no Iraque. Agostini acompanhou uma equipe americana de reconstrução do país. Ele passou o tempo inteiro dentro de bases militares, mas mesmo assim pode viver um pouco da tensão da guerra. “Era assustador ouvir as chamadas explosões controladas, que as tropas americanas praticam de forma diária”, recorda.
CARREIRA
Na opinião de Agostini, o candidato a mecânico de manutenção aeronáutica deve ter muita vontade de aprender, dedicar-se bastante aos estudos e ter bons conhecimentos de língua inglesa. “A maioria dos manuais está em inglês, por isso o conhecimento de termos técnicos é importante. Outra qualidade importante é ser detalhista e atento, já que é preciso inspecionar uma série de detalhes que são fundamentais para o voo”, atesta.
Segundo ele, a média salarial inicial costuma ser um pouco abaixo dos R$ 2 mil. Mas com experiência, os rendimentos dobram. Além disso, profissionais com habilitação americana ou que trabalham no Exterior podem ganhar muito mais, até US$ 7 mil, sendo que ainda oferecem benefícios como comida, moradia e carro. “A necessidade de profissional é grande, pois sem o mecânico o avião não decola. Por isso, quanto mais cresce o mercado de aviação, mais requisitado é esse profissional”, assegura.
O NÚMERO
7 mil dólares é o salário de um profissional que atua no Exterior
Fonte: Renan Magalhães (Agência Anhangüera de Notícias) - Foto: Adriano Rosa (AAN)
5 comentários:
Realmente você é um caso raro no mundo da aviação, trabalho na maior empresa aérea do Brasil e a maioria dos mecânicos habilitados com CHT à mais de 2 anos não ganha mais que 2.450,00, só teve aumento depois do último acidente, quando a imprensa investigou a empresa e descobriu quanto valia um mecânico, e mesmo assim foram poucos os que tiveram aumento.
oi meu nome é diego gostaria de conversa com vc pelo msn diego_rp_galdino@hotmail.com add eu presiso fala com vc
Oi meu nome é lucas tenho 16 anos. gostaria saber se a eronaltica brasileira pagao bem?
e estou querendo fazer o cursso de mecanica de AV no senai é Bom ?
meu msn é lucasmusicale@hotmail.com
oi meu nome francisnei sou aluno do curso de m.m.a na EAPAC e
gostaria de saber se é verdade que o mecânico que domina à lingua inglêsa é melhor remunerado?
meu e-mail é guinho_cachorrao@hotmail.com
oi, meu nome é Raniel e faço a especialização célula na GF escola de aviação de brasilia, e queria saber como ta o mercado aqui nessa região?
obrigado
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