Boeing encerra produção do 747 e embarca em oportunidades no espaço (Foto: Reuters) |
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sábado, 6 de novembro de 2021
Boeing encerra produção do 747 e entra na corrida de satélites provedores de internet, liderada por Musk
Quais são as chances de que haja um médico a bordo de seu próximo voo?
E se o combustível do avião acabar? Airbus voou 120 km até pousar
O Airbus A330-243, prefixo C-GITS, da Air Transat, com 306 pessoas a bordo é o dono de um dos recordes mais impressionantes da aviação. O avião que fazia o voo Air Transat 236 detém o título do voo planado mais longo da história.
Depois de ficar sem combustível enquanto sobrevoava o oceano Atlântico, o A330 voou com os dois motores desligados por 120 quilômetros até pousar em segurança no aeroporto da base aérea de Lajes, na Ilha Terceira, nos Açores (Portugal).
O avião decolou de Toronto (Canadá) às 20h20 do dia 23 de agosto de 2001 com destino a Lisboa (Portugal). Estavam a bordo 293 passageiros e 13 tripulantes. O A330 era pilotado pelo comandante Robert Piché, 48, e pelo primeiro-oficial Dirk de Jager, 28.
Problemas começaram cinco horas depois
O voo da Air Transat ocorreu normalmente durante as primeiras cinco horas de voo. O primeiro sinal de que poderia haver algum problema veio com um sinal que indicava baixa temperatura e alta pressão de óleo no motor dois, o da direita. Os pilotos procuraram uma explicação nos manuais, mas não encontraram resposta. Pelo rádio, chegaram a falar com a equipe de manutenção da empresa. Foram orientados a apenas monitorar a situação.
Naquele momento, o comandante do voo considerava que aquele alerta era apenas uma falha dos computadores de bordo do Airbus A330. Momentos mais tarde, porém, surgiria mais um sinal de que havia um problema mais grave acontecendo durante o voo. As telas do avião mostraram um alerta de fuel imbalance, ou desbalanceamento de combustível.
Mais uma vez, os pilotos não conseguiram identificar o problema que causava aquele alerta. O desbalanceamento significava que havia uma quantidade de combustível muito superior em uma asa (onde ficam os tanques) em relação à outra. Durante todo o voo, os pilotos monitoravam o consumo de combustível a cada 30 minutos e até então não havia nenhum sinal de possível vazamento.
Para resolver o balanceamento, o comandante ordenou a abertura de uma válvula que permitia a transferência de combustível dos tanques da asa esquerda para os da direita. O querosene, no entanto, não chegava ao tanque e o nível total de combustível estava cada vez menor.
Emergência de combustível
Sem entender o que estava acontecendo, os pilotos ainda trabalhavam com a possibilidade de ser apenas uma falha nos computadores do avião. Às 5h41, a tripulação solicita ao controle de tráfego aéreo um desvio do voo para o aeroporto mais próximo. Com os níveis cada vez mais baixos nos tanques, o comandante declara emergência de combustível às 5h48.
O Airbus A330 segue em direção ao aeroporto da Ilha Terceira, mas às 6h13 a situação se agrava ainda mais. Sem combustível nos tanques da direita, o motor dois apaga. Dez minutos depois, o motor um, da esquerda, também para de funcionar. O A330 se torna um enorme planador a 33 mil pés (mais de 10 quilômetros) de altitude.
Sem os dois motores, diversos sistemas também deixam de funcionar e as luzes da cabine de passageiros se apagam. Uma pequena turbina eólica garante eletricidade para sistemas essenciais aos pilotos. No entanto, a aeronave perdeu seu sistema hidráulico principal, que opera os flaps, freios aerodinâmicos e spoilers. O avião também perde a pressurização da cabine e todos passam a usar as máscaras de oxigênio.
Descida e pouso em segurança
Quando o segundo motor deixou de funcionar, o Airbus A330 estava a 120 quilômetros de distância da base aérea de Lajes, na Ilha Terceira. Se o controle de tráfego aéreo não tivesse feito o desvio do Air Transat após a decolagem de Toronto, a situação poderia ser ainda mais dramática.
Operando um planador com 306 pessoas a bordo, o comandante Piché precisava controlar a razão de descida e a velocidade do avião para garantir que ele conseguisse chegar à pista de pouso.
O Airbus A330 descia a uma razão de 2.000 pés (600 metros) por minuto, o que garantia cerca de 15 minutos de voo. Foi tempo suficiente para o avião chegar à Ilha Terceira. Os pilotos ainda precisaram fazer uma volta de 360 graus e algumas outras manobras para reduzir a velocidade do avião.
O Airbus A330 tocou a pista às 6h45, a uma velocidade de 200 nós (370 km/h), acima da recomendada para essa situação. Sem o reverso dos motores, flapes e freios aerodinâmicos, o avião dependia totalmente do freio das rodas para parar. O excesso de pressão sobre as rodas causou o estouro de oito pneus, mas o A330 parou ainda na metade da pista com todos os 306 ocupantes em segurança.
Investigação
A investigação revelou que a causa do acidente foi um vazamento de combustível no motor dois, causado por uma peça incorreta instalada no sistema hidráulico pela equipe de manutenção da Air Transat. O motor havia sido substituído por um motor reserva, emprestado pela Rolls-Royce, de um modelo mais antigo que não incluía bomba hidráulica.
Apesar das preocupações do mecânico líder, a Air Transat autorizou o uso de peça de motor semelhante, adaptação que não manteve folga adequada entre as linhas hidráulicas e de combustível. Essa falta de folga, da ordem de milímetros, fez com o atrito entre as peças rompesse a linha de combustível, causando o vazamento.
A Air Transat admitiu a responsabilidade pelo acidente e foi multada em 250 mil dólares canadenses pelo governo canadense, que em 2009 foi a maior multa da história do país.
As ações dos pilotos também foram consideradas como fatores influenciadores para o incidente. Entre os erros apontados, estão não identificar o vazamento de combustível, negligenciar o desligamento da alimentação cruzada após o primeiro motor ter apagado, bem como por não seguir o procedimento operacional padrão em possivelmente mais de um caso.
Apesar dessas falhas, os pilotos foram recebidos como heróis no Canadá por terem conseguido pousar o avião mesmo com os dois motores desligados. Em 2002, o comandante Piché recebeu o Prêmio Superior de Aeronáutica da Associação de Pilotos de Linha Aérea. Até hoje, o voo da Air Transat mantém o título de mais longo voo planado em um avião comercial de passageiros.
'É uma área que todos evitam voar', diz piloto sobre queda de avião
Regular, avião que levava Marília Mendonça é considerado dos mais seguros
Seguro e confiável
Avião do modelo usado pela cantora Marília Mendonça (Foto: Peter Bakema/Reprodução) |
Denúncias contra a empresa
Queda do avião que levava Marília Mendonça: o que se sabe até agora
Avião com cantora Marília Mendonça cai em Minas Gerais (Foto: Reprodução) |
A aeronave
O trajeto
- Marília Mendonça, cantora
- Henrique Ribeiro, produtor
- Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor
- Geraldo Martins de Medeiros Júnior, piloto
- Tarciso Pessoa Viana, copiloto
As causas do acidente
- uma perícia nos destroços do avião
- ouvir testemunhas das pistas de pouso de onde o avião decolou e do destino
- recuperar documentos, dados de inspeções técnicas, de manutenção do avião
- ver a qualidade do combustível usado na operação.
Choque com fio de alta tensão
Velório e sepultamento
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Marília Mendonça e mais 4 morrem em queda de avião no interior de MG
Aeronave caiu perto de área de cachoeira. Ainda não se sabe causas do acidente. Cantora viajou para fazer show em Caratinga.
A cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas morreram na queda do avião Beechcraft C-90A King Air, prefixo PT-ONJ, da PEC Táxi Aéreo, em uma área perto de uma cachoeira na serra da cidade de Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais, na tarde desta sexta-feira (5).
A informação de que a cantora de 26 anos estava no avião foi do Corpo de Bombeiros. A Polícia Civil informou que os cinco ocupantes da aeronave morreram --além de Marília, o piloto, o copiloto, o seu produtor Henrique Ribeiro e o seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho.
Marília Mendonça publicou vídeo fora e dentro de um avião nesta sexta-feira (5) (Foto: Reprodução/Twitter/MariliaMReal) |
Segundo a Anac, o avião está em situação regular e tem autorização para fazer táxi aéreo.
O Corpo de Bombeiros recebeu a chamada por volta de 15h30, para atender a ocorrência de queda de aeronave em Piedade de Caratinga em curso d'água próximo ao acesso pela BR-474. O helicóptero Arcanjo decolou do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para atender a ocorrência.
Marília Mendonça começou a se destacar como compositora jovem, aos 12 anos de idade. Colecionava alguns dos maiores hits do Brasil, como “Infiel”, “Supera”, “Ciumeira” e “De quem é a Culpa”.
Seu sucesso no sertanejo trouxe a Marília a fama de “rainha da sofrência”. Ela foi uma das precursoras do movimento “feminejo”, marcado pela ascensão das mulheres cantando o gênero que, até o início dos anos 2000, era predominantemente masculino.
Apesar da pouca idade, Marília começou a colecionar grandes sucessos como compositora, ainda na adolescência. As letras dela começaram a ganhar fama sendo interpretadas por grandes nomes da música.“É Com Ela Que Eu Estou” – na voz de Cristiano Araújo, “Até você voltar” e “Cuida Bem Dela” – sucesso da dupla Henrique & Juliano são alguns dos sucessos escritos por Marília.
Com g1, Estado de Minas, CNN
Avião que supostamente Marília Mendonça embarcou, cai em Minas Gerais
19 momentos muito assustadores que os pilotos já experimentaram no trabalho
Pilotos em perigo
“Quase perdi todo contato de rádio”
“Meu motor parou de funcionar de repente”
“Quase caí em outro avião”
“Um pneu estourou e fez um buraco na asa”
“Uma das rodas caiu”
“Quase colidi com paraquedistas”
“Perdi energia em todos os três geradores e no gerador de emergência”
“Passei três horas me esquivando de um raio”
“Meu copiloto quase cometeu suicídio no meio do voo”
“Quase decolei com o motor defeituoso”
“Quase colidimos logo após a decolagem”
“Eu voei através de cinzas vulcânicas”
“Um pato voou para dentro do motor”
“Quase bati em outro avião na pista”
“Um cadáver começou a gemer”
“Minha porta abriu no meio do voo”
“Eu voei através de um bando de pássaros”
“Um raio caiu bem na frente do avião”
“Meu motor pegou fogo”
Vídeo: Como funciona um Helicentro
A definição do fator de carga na aviação e efeitos no voo
Foto de rastros de avião em tons de cinza |
O que é fator de carga?
A aerodinâmica de uma curva
F22 Raptor em uma curva acentuada |
Forças aerodinâmicas durante uma curva |
Mudanças na velocidade de estol
Fatores de carga limite no projeto
- Categoria normal -1,52 a + 3,8 Gs
- Categoria de Utilidade -1,76 a +4,4 Gs
- Categoria acrobática -3,0 a +6,0 Gs
- Categoria de transporte -1,0 a +2,5 Gs
Mantendo o avião seguro
Diagrama Va |
Aconteceu em 5 de novembro de 1967: Voo 033 Cathay Pacific - Perda de controle na decolagem
Em Saigon, um outro capitão se juntou ao voo. O copiloto estava pilotando a aeronave do assento esquerdo, enquanto o novo piloto em comando ocupava o assento direito para avaliar seu desempenho. O capitão que fazia a checagem de desempenho ocupou o assento de trás do copiloto de onde ele poderia monitorar o desempenho de ambos os pilotos.
Às 10:31 a aeronave começou a taxiar para decolagem na pista 13. Uma verificação de vento de 010/10 kt foi passada pela torre e confirmada pela aeronave quando a autorização de decolagem foi concedida. A bordo estavam 116 passageiros e 11 tripulantes.
Às 10:34 uma decolagem contínua foi iniciada. O copiloto, que pilotava a aeronave, aumentou a potência para 1,5 EPR, após o engenheiro colocar os motores na potência máxima. A aeronave acelerou normalmente, mas a uma velocidade ligeiramente inferior a 120 kt (conforme relatado pelo copiloto) e uma forte vibração foi sentida.
A vibração aumentou em gravidade e o copiloto decidiu interromper a decolagem. Ele comunicou "abortar", fechou as alavancas de potência, aplicou a frenagem simétrica máxima e selecionou os spoilers. A ação de abortar foi declarada como tendo sido executada prontamente, exceto que houve um atraso de 4-5 segundos na aplicação do empuxo reverso, que foi então usado com força total durante o restante da viagem da aeronave.
Nenhuma diminuição significativa na taxa de aceleração ocorreu até depois de uma velocidade indicada de 133 kt ter sido atingida, então houve um lento aumento da velocidade para 137 kt nos próximos 2 segundos após o qual a desaceleração começou. Os dois pilotos estavam travando totalmente, mas nenhum deles sentiu o ciclo anti-derrapante.
A aeronave continuou a correr em linha reta alguma distância depois que a frenagem inicial foi aplicada, mas então começou uma guinada para a direita. O leme oposto foi usado, mas falhou em verificar isso, forçando o uso da frenagem diferencial a ponto de, eventualmente, o freio direito ter sido aliviado completamente, enquanto a frenagem máxima à esquerda, leme esquerdo completo, controle lateral total à esquerda e direção da roda do nariz estavam sendo aplicadas, essas ações foram apenas parcialmente eficazes e a aeronave acabou saindo da pista e entrando na faixa de grama. A curva à direita continuou até que finalmente a aeronave cruzou o paredão.
Todos os quatro motores se separaram com o impacto, o nariz da aeronave foi esmagado e a fuselagem acima do nível do solo entre a cabine de comando e a borda da asa foi fraturada em dois lugares. A aeronave girou para a direita e parou a cerca de 400 pés do paredão. Apesar da gravidade da ocorrência, apenas um passageiro morreu no acidente.
Como causa provável do acidente foram apontados: "I) Perda de controle direcional decorrente da separação da banda de rodagem direita; II) Incapacidade de parar dentro da distância normalmente adequada da pista disponível devido ao uso de frenagem diferencial, desempenho prejudicado e um aumento no componente do vento de cauda e peso da aeronave sobre aqueles usados no cálculo do desempenho de aceleração / parada da aeronave."
Por Jorge Tadeu com ASN