Turbina da aeronave ficou avariada na colisão durante decolagem.
Catalogação das espécies será utilizada para manejo das aves no local.
Aeroporto de Parintins operou durante quase três anos apenas com voos noturnos
devido ao risco aviário - Foto: Adeison Severiano/G1 AM
Uma ave colidiu com um avião durante decolagem na madrugada de segunda-feira (14), no Aeroporto Júlio Belém, em Parintins, 369 km distante de Manaus. Depois da colisão, a turbina da aeronave modelo ATR apresentou problemas e o voo da companhia Trip foi suspenso. Durante quase três anos, o aeroporto permaneceu com autorização somente para voos noturnos devido ao risco aviário.
De acordo com a direção do aeroporto, um pequeno e popular pássaro conhecido como "quero-quero" colidiu contra a turbina direita da aeronave. Após colisão, que ocorreu por volta de 1h20 da madrugada, a companhia aérea responsável pelo voo enviou outro avião para levar para Manaus os 65 passageiros que estava a bordo.
O departamento de comunicação da Azul Linhas Aéreas Brasileiras informou ao G1 que o problema foi registrado durante o procedimento de decolagem e que o comandante do voo, ao perceber o problema, cancelou o procedimento retornando com a aeronave para o pátio do aeroporto. Ainda segundo a assessoria, o avião envolvido no incidente passou por vistoria e foi liberado para novos voos.
Interdição
Em 2010, o risco aviário no Aeroporto Júlio Belém resultou na interdição parcial para pousos e decolagens, sendo as operações realizadas entre as 19h e 5h. Entretanto, após investimentos milionários da Prefeitura de Parintins para amenizar presença de urubus nas proximidades do aeroporto o juiz federal da 7ª Vara Criminal, Dimis da Costa Braga, autorizou o funcionamento em horário integral no último dia 25.
A administração do aeroporto afirmou que procedimentos de segurança das operações aéreas estão sendo realizados. Segundo o administrador do Aeroporto Júlio Belém, Paulo Pessoa, a pedido do juiz que autorizou a reabertura um especialista está catalogando as espécies de aves que habitam na área do aeroporto para nortear o plano de manejo.
"Com o plano de manejo poderemos criar mecanismos para diminuir ou até mesmo eliminar todos os focos de aves no aeroporto. O incidente é atípico porque fazemos uma vistoria na pista quinze minutos antes do horário de pousos ou decolagens de cada aeronave para verificar se ficou algum objeto estranho, que podem resultar em colisões", explicou Paulo Pessoa.
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Fonte: G1 AM