sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Aconteceu em 15 de novembro de 2000: A queda fatal do Antonov An-24 da ASA Pesada em Angola deixa 57 mortos

Um Antonov An-24 usado pela ONU similar a aeronave acidentada
Em 15 de novembro de 2000, a aeronave Antonov An-24RV, prefixo D2-FCG, da empresa aérea angolana ASA Pesada, operava um voo doméstico do Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, com destino ao Aeroporto Yuri Gagarin, em Namibe, ambas localidades de Angola.

A aeronave decolou do Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, com destino ao Aeroporto do Namibe, a cerca de 420 milhas a sul da capital. A aeronave planejava levar um time de futebol português para uma turnê pelo país. A bordo estavam 52 passageiros e cinco tripulantes.

Pouco depois da descolagem, a aeronave inclinou-se para a esquerda e caiu num campo no bairro Golfe II, em Luanda. A aeronave explodiu com o impacto. A equipe de busca e resgate não encontrou sobreviventes no local do acidente. 

Todos os 57 passageiros e tripulantes a bordo morreram. As autoridades recolheram 40 corpos gravemente queimados do local do acidente, incluindo mulheres e crianças.


Uma investigação foi aberta sobre o acidente. Muitas testemunhas oculares afirmaram que durante o voo o Antonov An-24 estava em chamas. As caixas pretas foram recuperadas pelos investigadores. O ministro dos Transportes, André Luis Brandão, afirmou que a falha técnica foi a causa mais provável do acidente. 

De acordo com as conclusões de uma investigação preliminar, o acidente foi causado por falha no motor; o relatório também acusou a ASA Pesada de negligência por não manter registos precisos da quantidade de combustível e do número de passageiros a bordo.


As autoridades angolanas suspenderam imediatamente todos os Antonov An-24 no país por tempo indeterminado devido à queda. Antes do acidente, os aviões Antonov tinham sido proibidos de voar no país, uma vez que outro Antonov, um An-26 operado pela ACA-Ancargo Air, tinha caído em Angola, no dia 31 de outubro, matando 49 pessoas na parte norte do país. 

Embora fosse proibido pelo país, os Antonov ainda tinham permissão para voar na costa. Um comunicado da Autoridade Nacional de Aviação Civil disse que nenhum dos aviões seria autorizado a voar em serviços civis. A Força Aérea Angolana foi isenta da proibição, mas os seus aviões não podem transportar civis.


O acidente foi o terceiro acidente de avião mais mortal em Angola, o segundo acidente de avião mais mortal envolvendo um Antonov An-24 e o segundo acidente de avião a ocorrer no país em pouco menos de 3 semanas. A 31 de Outubro, outro Antonov An-24 transportando 49 pessoas operado pela ACA-Ancargo Air caiu na parte norte do país, matando todas as 49 pessoas a bordo, tendo os rebeldes da UNITA alegado terem abatido o avião.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e baaa-acro

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