quarta-feira, 28 de abril de 2010

TAP vende Air Macau e encaixa 1,75 milhões

Entre 2005 e 2008 a transportadora portuguesa perdeu 8,45 milhões de euros com Air Macau

A TAP Portugal libertou-se da posição que detinha na Air Macau, empresa que entre 2005 e 2008 custou 8,45 milhões de euros em perdas para a transportadora portuguesa. A notícia surgiu primeiro no sábado, avançada pelo "Diário Económico", e novamente ontem, pela Lusa, mas a transportadora ainda não confirmou. Há um ano a TAP avançou que avaliava esta posição por oito milhões, mas terá agora fechado o negócio por dois milhões de euros, dos quais apenas 1,75 milhões entram nos seus cofres.

A posição portuguesa na Air Macau era detida pela SEAP - consórcio controlado em 75% pela TAP e pelo Banco Nacional Ultramarino - que chegou a ser dona de 20% da transportadora macaense. No final de 2009, contudo, os constantes prejuízos da empresa levaram a Air China, principal accionista da Air Macau, a avançar com um aumento de capital que os portugueses não subscreveram, tendo ficado assim com a posição reduzida a 0,1%. A falta de uma orientação estratégica clara foi a razão para a TAP e o BNU não terem aceite o aumento de capital e, agora, terem vendido a participação na companhia macaense.

Perdas constantes

Nos últimos anos a TAP enquanto accionista da Air Macau vinha a absorver nas contas uma parte das perdas da empresa. Desde 2005 e até 2008, foram 8,45 milhões de euros perdidos.

Em 2005 a companhia portuguesa perdeu 631 mil euros, valor que duplicou em 2006, saltando para 1,98 milhões em 2007. Já em 2008 as perdas agravaram-se, com a TAP a suportar um prejuízo de 4,98 milhões da Air Macau - companhia com 16 Airbus e 950 trabalhadores. Contudo, esta empresa está agora convicta de que o pior já passou e que o ciclo de perdas já foi invertido.

No ano passado a Air Macau reduziu os prejuízos para 23,7 milhões de euros - contra os 38,4 milhões de 2008 - e o director executivo, Zhao Xiaohang, avançou que a empresa registou lucros entre Agosto e o final do ano de 2009.

Fonte: Filipe Paiva Cardoso (i-online)

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