Aeroporto Afonso Pena: local pode se tornar um “gargalo” na Copa do Mundo
O antigo projeto de construção de uma terceira pista para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ainda tem um longo caminho a ser percorrido.
Depois de uma exaustiva reunião de mais de três horas ontem à tarde no aeroporto, a conclusão é que vai ter que se começar praticamente do zero, mesmo com todas as discussões dos últimos 13 anos sobre o assunto. De recurso para a obra, até agora, também não há nada garantido.
Os técnicos envolvidos perceberam que muito do que já tinha sido feito está desatualizado, porque o projeto não teve continuidade. “Tem que começar, de novo, desde o primeiro passo, não tem outro jeito de continuar”, desabafou o coordenador do Grupo de Trabalho do Afonso Pena, Walmor Weiss. Novos estudos ambientais também precisam ser feitos, segundo o técnico.
Hoje acontece mais uma reunião técnica, desta vez com representantes da prefeitura de São José dos Pinhais, para discutir a desapropriação de casas que estão na área onde a terceira pista foi inicialmente planejada.
“Estima-se que haja cerca de 200 casas em uma área que não chega a ser grande, foram alguns pedaços ocupados, mas que compromete a largura da nova pista”, disse Weiss. O projeto é para uma pista de 3.400 metros de comprimento e de 150 a 200 metros de largura. A atual pista tem apenas 2.200 metros de comprimento.
Somente com a atual pista a região perde na capacidade de importação e exportação, já que o tamanho das aeronaves e as cargas transportadas têm que ser menores.
“Temos um aeroporto internacional só de nome, porque a pista é regional”, critica Weiss. Aviões maiores, por consequência, não podem descer no Afonso Pena totalmente carregados, o que implica em uma menor arrecadação.
Para que o projeto possa finalmente começar a tomar forma, Weiss opina que é preciso muita vontade política. E, talvez, esse ano eleitoral possa contribuir para a vinda de recursos necessários para a construção da pista. “É um tabuleiro de xadrez e cada um tem que assumir suas obrigações, seja governo, seja Infraero”, afirma Weiss.
Inicialmente, chegou a ser previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ampliação da pista principal, cuja conclusão da obra estava prevista para o ano passado. Nada saiu do papel.
Aumento de passageiros
Enquanto a pista não sai, o movimento de passageiros no Afonso Pena cresceu nos últimos meses de 2009, o que pode contribuir para o andamento da obra. Outubro apresentou movimento recorde de passageiros, que foi 48% maior em relação ao mesmo mês em 2008, sendo 511.481 os passageiros que embarcaram e desembarcaram no terminal, o número mais alto em um mês em toda a história do Afonso Pena.
Pousos e decolagens tiveram um acréscimo de 17% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na semana que antecedeu o Natal, a movimentação foi 21% maior que em 2008.
Fonte: Luciana Cristo (Paraná Online) - Foto: Ciciro Back
Depois de uma exaustiva reunião de mais de três horas ontem à tarde no aeroporto, a conclusão é que vai ter que se começar praticamente do zero, mesmo com todas as discussões dos últimos 13 anos sobre o assunto. De recurso para a obra, até agora, também não há nada garantido.
Os técnicos envolvidos perceberam que muito do que já tinha sido feito está desatualizado, porque o projeto não teve continuidade. “Tem que começar, de novo, desde o primeiro passo, não tem outro jeito de continuar”, desabafou o coordenador do Grupo de Trabalho do Afonso Pena, Walmor Weiss. Novos estudos ambientais também precisam ser feitos, segundo o técnico.
Hoje acontece mais uma reunião técnica, desta vez com representantes da prefeitura de São José dos Pinhais, para discutir a desapropriação de casas que estão na área onde a terceira pista foi inicialmente planejada.
“Estima-se que haja cerca de 200 casas em uma área que não chega a ser grande, foram alguns pedaços ocupados, mas que compromete a largura da nova pista”, disse Weiss. O projeto é para uma pista de 3.400 metros de comprimento e de 150 a 200 metros de largura. A atual pista tem apenas 2.200 metros de comprimento.
Somente com a atual pista a região perde na capacidade de importação e exportação, já que o tamanho das aeronaves e as cargas transportadas têm que ser menores.
“Temos um aeroporto internacional só de nome, porque a pista é regional”, critica Weiss. Aviões maiores, por consequência, não podem descer no Afonso Pena totalmente carregados, o que implica em uma menor arrecadação.
Para que o projeto possa finalmente começar a tomar forma, Weiss opina que é preciso muita vontade política. E, talvez, esse ano eleitoral possa contribuir para a vinda de recursos necessários para a construção da pista. “É um tabuleiro de xadrez e cada um tem que assumir suas obrigações, seja governo, seja Infraero”, afirma Weiss.
Inicialmente, chegou a ser previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ampliação da pista principal, cuja conclusão da obra estava prevista para o ano passado. Nada saiu do papel.
Aumento de passageiros
Enquanto a pista não sai, o movimento de passageiros no Afonso Pena cresceu nos últimos meses de 2009, o que pode contribuir para o andamento da obra. Outubro apresentou movimento recorde de passageiros, que foi 48% maior em relação ao mesmo mês em 2008, sendo 511.481 os passageiros que embarcaram e desembarcaram no terminal, o número mais alto em um mês em toda a história do Afonso Pena.
Pousos e decolagens tiveram um acréscimo de 17% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na semana que antecedeu o Natal, a movimentação foi 21% maior que em 2008.
Fonte: Luciana Cristo (Paraná Online) - Foto: Ciciro Back
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