Intenção é estabelecer entre 20 e 30 o número de nações que terão maior atenção em relação à segurança
O ministro de Interior da França, Brice Hortefeux, afirmou, em entrevista publicada na edição de ontem do jornal Le Figaro, que quer elevar para “20 ou 30” o número de países cujos cidadãos enfrentarão medidas de seguranças mais rígidas nos aeroportos. Atualmente, a lista francesa de países “de risco” tem sete nações – Afeganistão, Algéria, Iêmen, Irã, Mali, Paquistão e Síria.
“Hoje, há sete. Mas certamente precisamos elevar isso para 20 ou 30”, disse Hortefeux, sem especificar quais nações poderiam ser acrescentadas. “Isso não significa que sejam governos que apoiam o terrorismo, mas, às vezes, eles não têm meios para combatê-lo, no caso de Mali.” “A ameaça existe em nosso território também”, completou.
Liderados pelos EUA, diversos países anunciaram, nas últimas semanas, maiores regras de segurança em aeroportos, face o ataque frustrado a um voo comercial que ia para a cidade de Detroit, no dia de Natal. Na ação, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, conseguiu embarcar, em Amsterdã, na Holanda, com explosivos. Quando tentava acioná-los, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava 300 pessoas.
Devido ao ataque, o Le Figaro especula que a Nigéria – país de origem do jovem – poderia ser incluída na lista francesa. Os próprios EUA avaliam incluir a Nigéria em sua lista, o que gera protestos raivosos das autoridades daquele país.
Conforme a França, com o aumento da lista de “risco”, a ideia é de que esses passageiros informem as autoridades com antecedência sobre seus planos de viagem e sejam obrigados a fornecer detalhes pessoais no momento da compra do bilhete, ao invés de fazê-lo no check-in. Assim, haveria mais tempo para averiguar suspeitas.
Depois, em entrevista a uma rádio, o ministro confirmou ainda que a França também estuda a possibilidade de instalar, em seus principais aeroportos, escâneres corporais, a exemplo do que já foi anunciado por Reino Unido e Holanda. A Itália também avalia a possibilidade de usar as máquinas nos terminais de Roma e de Milão.
Os escâneres corporais provocam polêmica na Europa devido ao entendimento de que eles invadem a privacidade dos passageiros, cujos corpos aparecem nus para operadores dessas máquinas e quem mais observar os monitores. Na própria França, a ideia foi descartada em 2008, devido a essas preocupações. Desde o ataque frustrado de Natal, no entanto, o alerta de segurança está elevado. Nos EUA, na Califórnia, um aeroporto foi fechado devido a um pote de mel.
Iêmen anuncia captura de três supostos membros da Al-Qaeda
Forças de segurança do Iêmen prenderam três supostos membros de uma célula da rede terrorista Al-Qaeda, informou ontem o Ministério do Interior. Os Estados Unidos afirmaram anteriormente que a Al-Qaeda no Iêmen esteve vinculada a um plano contra a embaixada norte-americana e outras sedes diplomáticas no país.
As prisões foram as mais recentes em uma escalada das forças oficiais contra a presença da rede no Iêmen. As embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha em Sanaa fecharam durante dois dias nesta semana, por causa de ameaças de que a Al-Qaeda planejava ataques. Outras representações ocidentais também tomaram medidas de precaução, deixando de atender ao público ou limitando o acesso.
As duas missões diplomáticas reabriram na terça-feira, após os EUA informarem que uma operação de forças de segurança iemenitas contra uma célula da Al-Qaeda no Nordeste da capital, um dia antes, resolveu o problema.
Nesses confrontos, as forças iemenitas atacaram um grupo de combatentes que se movimentava pela região de Arhab. As tropas buscavam capturar o suposto líder da Al-Qaeda na área, Mohammed Ahmed al-Hanaq, e um familiar dele, Nazeeh al-Hanaq, segundo o ministério.
Os dois escaparam, mas outros dois combatentes que estavam com eles foram mortos e vários outros ficaram feridos. Na terça-feira, forças de segurança capturaram três dos milicianos feridos quando eles eram tratados em um hospital em Reyda, uma região a Nordeste da capital. Também foram presos quatro suspeitos de transportar os milicianos ao hospital e escondê-los ali.
Não foi informada a identidade dos capturados. O governo do Iêmen anunciou algumas vitórias recentes contra a Al-Qaeda, em um sinal da fúria das autoridades ante insinuações de que o Estado local é demasiado débil para enfrentar os extremistas. O ministro do Exterior do Iêmen, Abubakr Al-Qirbi, disse ontem que seu país se opõe a qualquer intervenção direta de tropas dos EUA ou de outro país em sua luta contra a rede terrorista.
Os EUA têm elevado sua ajuda de contraterrorismo ao Iêmen em uma intensiva campanha para destruir posições da Al-Qaeda no país, que, segundo Washington, tornou-se uma ameaça “global”. Militares norte-americanos já treinaram forças iemenitas para combate e a cooperação em assuntos de inteligência aumentou. Al-Qirbi disse que o governo iemenita saúda mais treinamento militar, “mas não qualquer outro tipo de atividade”.
Embaixador argelino critica medidas de segurança norte-americanas
O embaixador da Argélia em Washington, Abdellah Baali, reclamou que as novas medidas de segurança dos Estados Unidos para passageiros de companhias aéreas provenientes de alguns países - incluindo o seu - são discriminatórias. A Administração de Segurança de Transporte dos Estados Unidos ordenou que as empresas façam revistas de corpo inteiro em viajantes provenientes de 14 países, dentre eles a Argélia.
O embaixador escreveu em um artigo publicado ontem no jornal Al Watan que os EUA “têm o direito de proteger seus cidadãos”. Mas chamou a medida de discriminatória contra os argelinos, “que não representam risco particular aos norte-americanos”. O texto foi a primeira reação oficial argelina às medidas adotadas pelos EUA depois da tentativa frustrada de um nigeriano de detonar explosivos em um avião com destino a Detroit.
Fonte: JornaldoComercio.com - Imagens: Wikimedia
O ministro de Interior da França, Brice Hortefeux, afirmou, em entrevista publicada na edição de ontem do jornal Le Figaro, que quer elevar para “20 ou 30” o número de países cujos cidadãos enfrentarão medidas de seguranças mais rígidas nos aeroportos. Atualmente, a lista francesa de países “de risco” tem sete nações – Afeganistão, Algéria, Iêmen, Irã, Mali, Paquistão e Síria.
“Hoje, há sete. Mas certamente precisamos elevar isso para 20 ou 30”, disse Hortefeux, sem especificar quais nações poderiam ser acrescentadas. “Isso não significa que sejam governos que apoiam o terrorismo, mas, às vezes, eles não têm meios para combatê-lo, no caso de Mali.” “A ameaça existe em nosso território também”, completou.
Liderados pelos EUA, diversos países anunciaram, nas últimas semanas, maiores regras de segurança em aeroportos, face o ataque frustrado a um voo comercial que ia para a cidade de Detroit, no dia de Natal. Na ação, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, conseguiu embarcar, em Amsterdã, na Holanda, com explosivos. Quando tentava acioná-los, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava 300 pessoas.
Devido ao ataque, o Le Figaro especula que a Nigéria – país de origem do jovem – poderia ser incluída na lista francesa. Os próprios EUA avaliam incluir a Nigéria em sua lista, o que gera protestos raivosos das autoridades daquele país.
Conforme a França, com o aumento da lista de “risco”, a ideia é de que esses passageiros informem as autoridades com antecedência sobre seus planos de viagem e sejam obrigados a fornecer detalhes pessoais no momento da compra do bilhete, ao invés de fazê-lo no check-in. Assim, haveria mais tempo para averiguar suspeitas.
Depois, em entrevista a uma rádio, o ministro confirmou ainda que a França também estuda a possibilidade de instalar, em seus principais aeroportos, escâneres corporais, a exemplo do que já foi anunciado por Reino Unido e Holanda. A Itália também avalia a possibilidade de usar as máquinas nos terminais de Roma e de Milão.
Os escâneres corporais provocam polêmica na Europa devido ao entendimento de que eles invadem a privacidade dos passageiros, cujos corpos aparecem nus para operadores dessas máquinas e quem mais observar os monitores. Na própria França, a ideia foi descartada em 2008, devido a essas preocupações. Desde o ataque frustrado de Natal, no entanto, o alerta de segurança está elevado. Nos EUA, na Califórnia, um aeroporto foi fechado devido a um pote de mel.
Iêmen anuncia captura de três supostos membros da Al-Qaeda
Forças de segurança do Iêmen prenderam três supostos membros de uma célula da rede terrorista Al-Qaeda, informou ontem o Ministério do Interior. Os Estados Unidos afirmaram anteriormente que a Al-Qaeda no Iêmen esteve vinculada a um plano contra a embaixada norte-americana e outras sedes diplomáticas no país.
As prisões foram as mais recentes em uma escalada das forças oficiais contra a presença da rede no Iêmen. As embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha em Sanaa fecharam durante dois dias nesta semana, por causa de ameaças de que a Al-Qaeda planejava ataques. Outras representações ocidentais também tomaram medidas de precaução, deixando de atender ao público ou limitando o acesso.
As duas missões diplomáticas reabriram na terça-feira, após os EUA informarem que uma operação de forças de segurança iemenitas contra uma célula da Al-Qaeda no Nordeste da capital, um dia antes, resolveu o problema.
Nesses confrontos, as forças iemenitas atacaram um grupo de combatentes que se movimentava pela região de Arhab. As tropas buscavam capturar o suposto líder da Al-Qaeda na área, Mohammed Ahmed al-Hanaq, e um familiar dele, Nazeeh al-Hanaq, segundo o ministério.
Os dois escaparam, mas outros dois combatentes que estavam com eles foram mortos e vários outros ficaram feridos. Na terça-feira, forças de segurança capturaram três dos milicianos feridos quando eles eram tratados em um hospital em Reyda, uma região a Nordeste da capital. Também foram presos quatro suspeitos de transportar os milicianos ao hospital e escondê-los ali.
Não foi informada a identidade dos capturados. O governo do Iêmen anunciou algumas vitórias recentes contra a Al-Qaeda, em um sinal da fúria das autoridades ante insinuações de que o Estado local é demasiado débil para enfrentar os extremistas. O ministro do Exterior do Iêmen, Abubakr Al-Qirbi, disse ontem que seu país se opõe a qualquer intervenção direta de tropas dos EUA ou de outro país em sua luta contra a rede terrorista.
Os EUA têm elevado sua ajuda de contraterrorismo ao Iêmen em uma intensiva campanha para destruir posições da Al-Qaeda no país, que, segundo Washington, tornou-se uma ameaça “global”. Militares norte-americanos já treinaram forças iemenitas para combate e a cooperação em assuntos de inteligência aumentou. Al-Qirbi disse que o governo iemenita saúda mais treinamento militar, “mas não qualquer outro tipo de atividade”.
Embaixador argelino critica medidas de segurança norte-americanas
O embaixador da Argélia em Washington, Abdellah Baali, reclamou que as novas medidas de segurança dos Estados Unidos para passageiros de companhias aéreas provenientes de alguns países - incluindo o seu - são discriminatórias. A Administração de Segurança de Transporte dos Estados Unidos ordenou que as empresas façam revistas de corpo inteiro em viajantes provenientes de 14 países, dentre eles a Argélia.
O embaixador escreveu em um artigo publicado ontem no jornal Al Watan que os EUA “têm o direito de proteger seus cidadãos”. Mas chamou a medida de discriminatória contra os argelinos, “que não representam risco particular aos norte-americanos”. O texto foi a primeira reação oficial argelina às medidas adotadas pelos EUA depois da tentativa frustrada de um nigeriano de detonar explosivos em um avião com destino a Detroit.
Fonte: JornaldoComercio.com - Imagens: Wikimedia
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