sábado, 30 de maio de 2009

A proeza técnica é o ponto forte de Estação Espacial

Filme em 3D mostra o maior feito recente da exploração do cosmos

O feito tecnológico mostrado em Estação Espacial é impressionante e seu registro cinematográfico, digno de nota. A construção é resultado da associação de 16 países diferentes, reunidos na missão que redundou numa maravilha tecnológica contemporânea. O registro foi feito pelos próprios astronautas, que levaram ao espaço duas câmeras IMAX de 70 mm e captaram as imagens que foram posteriormente montadas. O resultado só é conseguido na tela gigante e com os projetores da sala IMAX, que criam o efeito de três dimensões. Para senti-lo, os espectadores devem colocar óculos especiais, fornecidos antes das sessões.

Deve-se dizer que numa sala IMAX a sensação de 3D é das mais realistas. Os objetos parecem saltar à sua frente e, se você não tomar cuidado, vai se pegar desviando de uma laranja que vem em sua direção solta por um astronauta. Há imagens do interior da estação espacial e da Terra, vista de quase 400 quilômetros de altura. Há também humor e empenho em mostrar a vida cotidiana de quem se aventura no espaço.

Mas existem aspectos menos convincentes. A música grandiosa às vezes enfraquece em vez de reforçar o poder das imagens. Quem montou o filme deveria ter visto 2001 - Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, para observar como se conjuga música e imagem na ausência de gravidade. Quem gosta de ciência também agradeceria por explicações mais detalhadas da parte técnica. O filme impressiona, mas ganharia com mais substância.

Fonte: Luiz Zanin Oricchio (O Estado de São Paulo)

MAIS

Estação Espacial 3D (Space Station 3D, EUA, 2002)
Documentário
Diretor: Toni Myers
História do maior feito tecnológico e científico desde o pouso do homem na Lua - a construção da Estação Espacial Internacional (ISS), uma missão de cooperação global entre 16 nações. Transportados pela tecnologia 3D, o espectador viaja com os astronautas e cosmonautas do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e do Cosmodrome Baikonur na Rússia, para encontrar sua nova casa a 354 quilômetros acima da Terra.

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