Avanço na aviação civil
Cresce a participação feminina na carreira de piloto
O papel das mulheres na aviação civil é comumente associado aos cargos de aeromoça ou comissária de bordo. Mas muitas delas já começam a ocupar também seu espaço na função de piloto. Este mês, três foram contratadas pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras, fato raro entre as companhias nacionais.
Até agora, as novas funcionárias da Azul são as únicas mulheres entre 135 homens que ocupam cargos de comandante ou copiloto na companhia. No entanto, abriram precedente para novas contratações. “Até o final dos anos 80 elas não tinham acesso a esse mercado. Isso fez com que poucas mulheres passassem a ter interesse a partir de então. Mas as que desejam seguir carreira na aviação dificilmente ficam desempregadas”, avalia o comandante e diretor de operações da Azul, Álvaro Neto.
Portanto, se o ingresso das pilotos ao quadro de tripulantes da Azul não chega a ser um marco na realidade da aviação brasileira, ao menos revela a competência das profissionais que se dispõem a investir numa carreira tradicionalmente masculina. “Ainda há um certo preconceito diante de mulheres pilotos, mas isso é logo eliminado quando elas têm espaço para mostrar o seu valor”, aponta Neto.
De fato, ainda há muito a se fazer para tornar o mercado compatível para ambos os sexos. Ao levar-se em conta o total de pilotos habilitados no Brasil vê-se o tamanho da disparidade Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de 102 mil profissionais apenas 720 são mulheres. “Sempre haverá mais homens interessados em ser piloto. Mas o importante é que o número de mulheres cresça cada vez mais e ajude a transformar o mercado”, conclui Neto.
BATALHA
A baiana Maria Medeiros, de 36 anos, não sabe ao certo quando surgiu o desejo de ser piloto. Mas desde sempre tinha certeza de que não seria dona de casa ou, no máximo, professora como gostariam os seus pais. “O maior preconceito que sofri até agora foi dentro da minha própria casa. Talvez, o meu desejo de entrar para a aviação tenha sido motivado pela vontade de contrariar o conservadorismo dos meus pais”, lembra.
De inspiração real, só o fato de ter passado a infância ao lado do Aeroporto de Guarulhos. “Quando eu tinha cinco anos me mudei para São Paulo com a minha família. E os únicos aviões que via naquela época eram os que saíam do aeroporto”.
Aos 20, sem dinheiro para bancar o curso de piloto, “contentou-se” como comissária, função em que permaneceu pelos oito anos seguintes. Durante este tempo, estudou e juntou dinheiro treinou horas a fio até estar capacitada para pilotar. Em 2001, enfim, conseguiu a habilitação para comandar uma aeronave e acaba de se tornar uma das três únicas mulheres a fazer parte da Azul. “O caminho foi árduo, mas é para toda a vida. Quero me aposentar voando”.
O NÚMERO
R$ 26 mil é o custo médio da formação de pilotos civis no mercado brasileiro, segundo a Anac.
CURSO
O curso de piloto privado, com 35 horas de voo, é o primeiro passo para quem quer se tornar comandante na aviação civil. Para obter formação de piloto comercial, serão mais 115 horas de treinamento em qualquer escola homologada pela Anac. Além da formação prática, é preciso passar por diversos exames teóricos antes de obter a habilitação. O Aeroclube de Ribeirão oferece treinamentos práticos e teóricos tanto para piloto privado quanto para comercial. Para mais informações: 3626-0794 ou 3629-0929.
Fonte: Henrique Nunes (Agência Anhanguera) via Gazeta de Ribeirão
Cresce a participação feminina na carreira de piloto
O papel das mulheres na aviação civil é comumente associado aos cargos de aeromoça ou comissária de bordo. Mas muitas delas já começam a ocupar também seu espaço na função de piloto. Este mês, três foram contratadas pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras, fato raro entre as companhias nacionais.
Até agora, as novas funcionárias da Azul são as únicas mulheres entre 135 homens que ocupam cargos de comandante ou copiloto na companhia. No entanto, abriram precedente para novas contratações. “Até o final dos anos 80 elas não tinham acesso a esse mercado. Isso fez com que poucas mulheres passassem a ter interesse a partir de então. Mas as que desejam seguir carreira na aviação dificilmente ficam desempregadas”, avalia o comandante e diretor de operações da Azul, Álvaro Neto.
Portanto, se o ingresso das pilotos ao quadro de tripulantes da Azul não chega a ser um marco na realidade da aviação brasileira, ao menos revela a competência das profissionais que se dispõem a investir numa carreira tradicionalmente masculina. “Ainda há um certo preconceito diante de mulheres pilotos, mas isso é logo eliminado quando elas têm espaço para mostrar o seu valor”, aponta Neto.
De fato, ainda há muito a se fazer para tornar o mercado compatível para ambos os sexos. Ao levar-se em conta o total de pilotos habilitados no Brasil vê-se o tamanho da disparidade Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de 102 mil profissionais apenas 720 são mulheres. “Sempre haverá mais homens interessados em ser piloto. Mas o importante é que o número de mulheres cresça cada vez mais e ajude a transformar o mercado”, conclui Neto.
BATALHA
A baiana Maria Medeiros, de 36 anos, não sabe ao certo quando surgiu o desejo de ser piloto. Mas desde sempre tinha certeza de que não seria dona de casa ou, no máximo, professora como gostariam os seus pais. “O maior preconceito que sofri até agora foi dentro da minha própria casa. Talvez, o meu desejo de entrar para a aviação tenha sido motivado pela vontade de contrariar o conservadorismo dos meus pais”, lembra.
De inspiração real, só o fato de ter passado a infância ao lado do Aeroporto de Guarulhos. “Quando eu tinha cinco anos me mudei para São Paulo com a minha família. E os únicos aviões que via naquela época eram os que saíam do aeroporto”.
Aos 20, sem dinheiro para bancar o curso de piloto, “contentou-se” como comissária, função em que permaneceu pelos oito anos seguintes. Durante este tempo, estudou e juntou dinheiro treinou horas a fio até estar capacitada para pilotar. Em 2001, enfim, conseguiu a habilitação para comandar uma aeronave e acaba de se tornar uma das três únicas mulheres a fazer parte da Azul. “O caminho foi árduo, mas é para toda a vida. Quero me aposentar voando”.
O NÚMERO
R$ 26 mil é o custo médio da formação de pilotos civis no mercado brasileiro, segundo a Anac.
CURSO
O curso de piloto privado, com 35 horas de voo, é o primeiro passo para quem quer se tornar comandante na aviação civil. Para obter formação de piloto comercial, serão mais 115 horas de treinamento em qualquer escola homologada pela Anac. Além da formação prática, é preciso passar por diversos exames teóricos antes de obter a habilitação. O Aeroclube de Ribeirão oferece treinamentos práticos e teóricos tanto para piloto privado quanto para comercial. Para mais informações: 3626-0794 ou 3629-0929.
Fonte: Henrique Nunes (Agência Anhanguera) via Gazeta de Ribeirão
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