Como visto na semana passada, um jato de pequeno porte sofreu uma excursão de pista em um aeroporto na Colômbia em 16 de outubro, e embora todos a bordo tenham saído sem ferimentos, infelizmente houve a morte de uma criança atingida pela aeronave.
A aeronave envolvida foi o Cirrus SF50 Vision Jet registrado sob a matrícula HK5342, operado pela empresa Panamerican Training Center, que sofreu excursão de pista durante a corrida de decolagem no aeroporto de Santa Marta, segundo reportou a Direção Técnica de Investigação de Acidentes da autoridade de aviação civil da Colômbia, a Aerocivil.
Os vídeos que mostraram os minutos logo após o acidente, em que pessoas ajudavam no atendimento aos feridos, podem ser vistos novamente neste link.
Agora, nessa terça-feira, 25 de outubro, a Aerocivil emitiu um breve relato inicial sobre as informações colhidas até o momento na investigação. O comunicado da autoridade colombiana está transcrito a seguir, na íntegra.
“A Direção Técnica de Investigação de Acidentes de Aviação Civil está avançando na coleta e processamento de provas para determinar as causas do acidente aéreo ocorrido no domingo, 16 de outubro, nas imediações do aeroporto internacional Simón Bolívar, em Santa Marta.
Trata-se de uma aeronave SF-50 Cirrus com matrícula HK5342-G vinculada à empresa Panamerican Training Center (PTC), que presta serviços de aviação privada. De acordo com os registros, trata-se de um avião reconhecido e certificado pela autoridade aeronáutica.
Em termos de características técnicas, trata-se de um avião a jato monomotor, com cabine pressurizada, sistemas de navegação aérea de alta tecnologia e sistemas avançados de registro que permitirão a coleta de informações para a investigação. A aeronave é catalogada como uma das mais modernas de sua categoria.
De acordo com as informações preliminares coletadas no local, o avião havia feito um voo anterior entre Bogotá e Santa Marta, com o objetivo de transportar passageiros particulares de volta entre Santa Marta e Bogotá.
O voo tinha um piloto, um copiloto e 5 passageiros, cujas identidades, contatos e localização foram disponibilizados à investigação técnica e judicial das autoridades competentes. Inicialmente, foi determinado que a tripulação do avião estava com toda a documentação em ordem.
Os primeiros dados indicam que, durante a decolagem, o avião não conseguiu decolar e que a tripulação também não conseguiu interromper seu avanço. O avião atravessou o final da pista, as zonas de segurança e quebrou a cerca do perímetro do aeroporto, atravessando a via pública e parando na zona pública ao redor.
Na parte final de sua jornada, a aeronave atingiu cinco pessoas que estavam próximas à via. Como resultado do impacto, um menino de 3 anos morreu e quatro feridos foram transferidos para centros de saúde em Santa Marta e Cartagena. Dois permanecem internados. A tripulação e os passageiros da aeronave saíram ilesos, por suas próprias forças.
Como se pôde constatar, os serviços de atendimento do Aeroporto Internacional Simón Bolívar deslocaram-se imediatamente ao local do acidente, num período de cerca de dois minutos. O Corpo de Bombeiros Aeronáutico interveio na área para evitar um incêndio.
As causas do acidente são o centro da investigação. Hipóteses preliminares relacionadas a falhas em componentes de motores, controles de voo, sistemas automáticos e sistemas de segurança da aeronave estão sendo estudadas.
O que vem a seguir na investigação
Uma comissão da empresa Cirrus, fabricante da aeronave, chegará à Colômbia nos próximos dias para inspecionar o estado dos sistemas e componentes da aeronave, bem como os procedimentos realizados pela tripulação, a fim de fornecer informações técnicas à investigação.
Tanto o piloto quanto o co-piloto do avião foram entrevistados, e estão disponíveis para contribuir com o desenvolvimento das investigações. Da mesma forma, a seguradora da aeronave esteve presente para atender as vítimas na fase inicial.
O NTSB, autoridade investigativa dos Estados Unidos, também foi vinculado à investigação técnica, por ser daquele país o fabricante da aeronave. Espera-se que um relatório preliminar sobre os resultados seja publicado dentro de 30 dias da ocorrência do evento.
Em cumprimento ao programa de atendimento às vítimas e familiares, a Aerocivil continuará monitorando a assistência que o seguro da operadora presta às vítimas.”
Via Murilo Basseto (Aeroin) - Imagem: Reprodução / Redes sociais
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