O filho do fundador da Cathay Pacific, Peter de Kantzow, lançou a Waterfront Air, que planeja arrancar até 2011 com ligações em hidroavião entre Shenzhen, Macau e Cantão, a partir de 200 euros por trajeto.
Há um ano a aguardar a “luz verde” das autoridades de Hong Kong para iniciar os voos a partir do terminal marítimo do aeroporto internacional da ex-colónia britânica para o terminal marítimo de Pac On, na ilha da Taipa, em Macau, Peter de Kantzow e o empresário canadiano Michael Agopsowicz planeiam arrancar com a operação no final do ano a partir da cidade vizinha de Shenzhen.
“Se tudo correr bem, esperamos lançar os voos em hidroavião entre Hong Kong, Shenzhen, Cantão e Macau em 2011”, disse Peter de Kantzow, filho de Sydney de Kantzow, fundador da Cathay Pacific e da Macau Air Transport Company, o primeiro serviço comercial de hidroaviões da Ásia.
A Waterfront Air, sediada em Hong Kong, assinou recentemente um memorando de entendimento com a empresa responsável pelo Terminal Marítimo de Shenzhen, na província continental de Guangdong, para a exploração de ligações em hidroaviões entre aquele terminal - que funcionará como hub -, Macau e Cantão a partir do quarto trimestre do ano.
“Sabemos que há uma enorme procura por alternativas de transporte de alta velocidade que liguem o Delta do Rio das Pérolas”, salientou Peter de Kantzow, num comunicado da empresa ao justificar a aposta.
Com uma frota a alugar de dez hidroaviões DHC-6 “Twin Otter”, com capacidade para 18 passageiros, a Waterfront Air planeia ligar Hong Kong e Shenzhen em 15 minutos e Hong Kong e Macau em 20 minutos, a partir de 2 500 dólares de Hong Kong (cerca de 200 euros) por trajecto.
O último serviço de hidroaviões que ligou Hong Kong a Macau foi realizado a 01 de Dezembro de 1962 pela Macao Air Transport Company num hidroavião italiano de seis lugares, tendo sido suspenso devido às más condições de aterragem em Macau, pela concentração de lama nas águas do rio das Pérolas.
Mas os hidroaviões da Macao Air Transport Company não foram só os primeiros e os últimos a transportar passageiros na região, como também foram os primeiros alvos de desvio aéreo do mundo.
O comércio de ouro, cuja proibição decretada pelo tratado de Bretton-Woods estava prestes a vigorar em Hong Kong, levou o comerciante macaense Pedro José Lobo a associar-se aos fundadores da Cathay Pacific para lançarem a Macao Air Transport Company, que começou em 1948 a explorar a rota Hong Kong-Macau com anfíbios Catalina, que transportavam duas vezes por semana passageiros e ouro.
Foi um desses Catalina, o “Miss Macau”, que a 16 de Junho de 1948 foi desviado em pleno voo por uma quadrilha de chineses, embarcados em Macau como passageiros, que pretendiam roubar o ouro transportado, mas que apenas conseguiram despenhar a aeronave, vitimando 26 passageiros, com a excepção de um dos piratas, que acabaria preso em Macau sem julgamento, tendo sido morto após a sua libertação em 1951.
Fonte: Agência Lusa (Portugal) - Imagem: Reprodução/Site
Há um ano a aguardar a “luz verde” das autoridades de Hong Kong para iniciar os voos a partir do terminal marítimo do aeroporto internacional da ex-colónia britânica para o terminal marítimo de Pac On, na ilha da Taipa, em Macau, Peter de Kantzow e o empresário canadiano Michael Agopsowicz planeiam arrancar com a operação no final do ano a partir da cidade vizinha de Shenzhen.
“Se tudo correr bem, esperamos lançar os voos em hidroavião entre Hong Kong, Shenzhen, Cantão e Macau em 2011”, disse Peter de Kantzow, filho de Sydney de Kantzow, fundador da Cathay Pacific e da Macau Air Transport Company, o primeiro serviço comercial de hidroaviões da Ásia.
A Waterfront Air, sediada em Hong Kong, assinou recentemente um memorando de entendimento com a empresa responsável pelo Terminal Marítimo de Shenzhen, na província continental de Guangdong, para a exploração de ligações em hidroaviões entre aquele terminal - que funcionará como hub -, Macau e Cantão a partir do quarto trimestre do ano.
“Sabemos que há uma enorme procura por alternativas de transporte de alta velocidade que liguem o Delta do Rio das Pérolas”, salientou Peter de Kantzow, num comunicado da empresa ao justificar a aposta.
Com uma frota a alugar de dez hidroaviões DHC-6 “Twin Otter”, com capacidade para 18 passageiros, a Waterfront Air planeia ligar Hong Kong e Shenzhen em 15 minutos e Hong Kong e Macau em 20 minutos, a partir de 2 500 dólares de Hong Kong (cerca de 200 euros) por trajecto.
O último serviço de hidroaviões que ligou Hong Kong a Macau foi realizado a 01 de Dezembro de 1962 pela Macao Air Transport Company num hidroavião italiano de seis lugares, tendo sido suspenso devido às más condições de aterragem em Macau, pela concentração de lama nas águas do rio das Pérolas.
Mas os hidroaviões da Macao Air Transport Company não foram só os primeiros e os últimos a transportar passageiros na região, como também foram os primeiros alvos de desvio aéreo do mundo.
O comércio de ouro, cuja proibição decretada pelo tratado de Bretton-Woods estava prestes a vigorar em Hong Kong, levou o comerciante macaense Pedro José Lobo a associar-se aos fundadores da Cathay Pacific para lançarem a Macao Air Transport Company, que começou em 1948 a explorar a rota Hong Kong-Macau com anfíbios Catalina, que transportavam duas vezes por semana passageiros e ouro.
Foi um desses Catalina, o “Miss Macau”, que a 16 de Junho de 1948 foi desviado em pleno voo por uma quadrilha de chineses, embarcados em Macau como passageiros, que pretendiam roubar o ouro transportado, mas que apenas conseguiram despenhar a aeronave, vitimando 26 passageiros, com a excepção de um dos piratas, que acabaria preso em Macau sem julgamento, tendo sido morto após a sua libertação em 1951.
Fonte: Agência Lusa (Portugal) - Imagem: Reprodução/Site
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