segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Aeroporto de Joinville: as dificuldades para ter o ILS

Técnicos da Aeronáutica levantaram problemas que podem interferir na vinda do equipamento para o Aeroporto de Joinville. Resultado da vistoria sai em duas semanas

Agora, é esperar pela resposta, que deve demorar duas semanas.

Os técnicos do Instituto de Cartografia da Aeronáutica terminaram no sábado o levantamento dos dados necessários para a instalação do ILS (sistema de pouso por instrumentos) no Aeroporto de Joinville. O equipamento, que custa cerca de R$ 2,1 milhões, facilita as operações de pouso em condições de mau tempo e de forte neblina.

O levantamento, que é decisivo para a instalação do equipamento, constatou alguns problemas que poderão afetar a instalação do ILS. De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), uma das dificuldades encontradas na região é a topografia. Pelos levantamentos feitos até o momento, as condições se mostraram desfavoráveis, por causa dos obstáculos ao redor do terminal.

Segundo o coordenador técnico em pilotagem profissional de aeronaves da Universidade Tuiuti, no Paraná, Marcos Galvão de Souza, como esses aparelhos projetam uma rampa de aproximação, não se pode ter nenhum obstáculo ferindo essa rampa.

“Montanhas, prédios, torres de transmissão e até árvores que não estejam no limite de segurança podem atrapalhar”, explica. A distância da pista tem relação direta com a altura do obstáculo. “A topografia é uma das questões que mais influenciam na decisão de se instalar um ILS”, garante.

Uma das formas de contornar as questões topográficas é por meio eletrônico, mas, com isso, perde-se um pouco da pista. “Ela encurta, porque o ponto de toque deve ser mais adiantado”, diz o especialista Marcos Souza.

Para um piloto, que pediu para não ser identificado, uma das hipóteses que justificaria a não-instalação do equipamento é porque quase todos os procedimentos são feitos pela cabeceira 33 e lá existe constantemente vento de cauda.

“Dependendo da intensidade (do vento), as companhias aéreas pedem que se arremeta, por questões de segurança”, explica. De acordo com ele, na cabeceira 15 também seria difícil pela falta de espaço entre o local e um morro. “A antena por onde se projeta a rampa precisa ficar a nove quilômetros da cabeceira da pista, e não há esta distância”, diz.

Mesmo assim, ele diz que é fundamental que o aparelho seja instalado, pois Joinville merece um aeroporto melhor. Segundo a Infraero, entre janeiro e novembro do ano passado, passaram 191,3 mil passageiros pelo terminal.

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Fonte: A Notícia

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