A TAP vai dar início, no dia 12 de Junho, a cinco ligações aéreas semanais entre Lisboa e Moscovo, revelou à Lusa Carlos Paneiro, director de vendas da TAP.
O responsável da transportadora aérea portuguesa não esconde que se trata de um risco lançar esse número de voos entre as duas capitais em tempo de crise, mas sublinha que se trata de uma racionalização de meios.
"Começar com menos de cinco voos semanais seria um risco ainda maior devido a que um número menor não justificaria o investimento que está a ser feito para dar início a este projecto", declarou Carlos Paneiro, que se encontra em Moscovo para lançar o projecto da TAP na Feira Internacional de Turismo.
"Tivemos o cuidado de programar os horários de forma a que os passageiros vindos de Moscovo possam utilizar Lisboa como ponte para o Brasil, Angola, Senegal. E claro que para o Porto, Faro e Funchal", acrescentou.
De 1975 a 2004, as ligações aéreas entre Lisboa e Moscovo eram realizadas pela companhia Aeroflot, que as suspendeu sem qualquer tipo de justificação nas vésperas do Campeonato de Futebol da Europa.
Mais tarde, a companhia russa Krasair organizou uma ligação directa semanal entre as duas capitais, que foi encerrada no ano passado devido à falência da empresa.
As declarações de Carlos Paneiro são recebidas de forma oposta pelos agentes turísticos russos e portugueses.
Na Feira Internacional de Moscovo estão representadas 12 empresas de turismo e hotéis portugueses, bem como as regiões de turismo de Lisboa, Algarve e Madeira. Além disso, o stand luso alberga as representações de várias agências russas que vendem Portugal como destino turístico.
"Acho que cinco voos ainda serão claramente insuficientes", defende Alexei Komarov, representante da empresa Pinto Lopes Viagens em Moscovo, salientando que "o aparecimento de voos directos irá aumentar ainda mais o fluxo turístico para Portugal, pois será mais fácil chegar" a Portugal.
O Consulado de Portugal na Rússia concedeu, em 2007, 18.793 visto, número que subiu para 22.745 em 2008. O objectivo das autoridades portuguesas é elevar esse número até 50 mil por ano.
Francisco Paulino, da agência Quasar, discorda da decisão da TAP. "Quando a esmola é grande, o pobre desconfia. Trata-se claramente de um número exagerado de voos", declarou à Lusa, e acrescentou: "Quanto às ligações para o Brasil, África, estamos aqui para atrair turistas para Portugal e não para outros países".
"O maior número de turistas vai para o Algarve, mas a TAP não organizou sequer um voo para Faro", concluiu.
"Claro que gostaríamos de voar de Moscovo para Faro, Porto e Funchal, mas isso faria aumentar em muito os custos da operação", retorquiu Paneiro.
"Além disso, os passageiros poderão facilmente voar de Lisboa para outras cidades portuguesas", frisou.
Galina Bolshakova, funcionária da agência de viagens russa Quinta-Tour, espera pelos primeiros resultados para tirar conclusões, mas estranha a falta de publicidade desta nova ligação aérea.
"Portugal é ainda pouco conhecido na Rússia. Já devia ter iniciado uma campanha de publicidade e divulgação dos novos voos, mas os operadores turísticas ainda não sabem preços e condições de reserva de bilhetes", declara à Lusa.
Carlos Paneiro reconheceu a existência de falhas, mas prometeu a normalização para muito breve, queixando-se de "problemas burocráticos e técnicos".
Fernado Paulino e outros representantes do turismo português queixam-se da falta de guias com conhecimento da língua russa.
"Iremos continuar a trabalhar um pouco ilegal, como até agora. Queremos prestar um serviço de qualidade, mas não temos guias oficiais, por isso recorremos a pessoas qualificadas, mas sem esse estatuto", reconheceu.
Em Portugal há menos de 10 guias turísticos oficiais que dominam a língua russa.
Fonte: Agência Lusa / Expresso (Portugal)
O responsável da transportadora aérea portuguesa não esconde que se trata de um risco lançar esse número de voos entre as duas capitais em tempo de crise, mas sublinha que se trata de uma racionalização de meios.
"Começar com menos de cinco voos semanais seria um risco ainda maior devido a que um número menor não justificaria o investimento que está a ser feito para dar início a este projecto", declarou Carlos Paneiro, que se encontra em Moscovo para lançar o projecto da TAP na Feira Internacional de Turismo.
"Tivemos o cuidado de programar os horários de forma a que os passageiros vindos de Moscovo possam utilizar Lisboa como ponte para o Brasil, Angola, Senegal. E claro que para o Porto, Faro e Funchal", acrescentou.
De 1975 a 2004, as ligações aéreas entre Lisboa e Moscovo eram realizadas pela companhia Aeroflot, que as suspendeu sem qualquer tipo de justificação nas vésperas do Campeonato de Futebol da Europa.
Mais tarde, a companhia russa Krasair organizou uma ligação directa semanal entre as duas capitais, que foi encerrada no ano passado devido à falência da empresa.
As declarações de Carlos Paneiro são recebidas de forma oposta pelos agentes turísticos russos e portugueses.
Na Feira Internacional de Moscovo estão representadas 12 empresas de turismo e hotéis portugueses, bem como as regiões de turismo de Lisboa, Algarve e Madeira. Além disso, o stand luso alberga as representações de várias agências russas que vendem Portugal como destino turístico.
"Acho que cinco voos ainda serão claramente insuficientes", defende Alexei Komarov, representante da empresa Pinto Lopes Viagens em Moscovo, salientando que "o aparecimento de voos directos irá aumentar ainda mais o fluxo turístico para Portugal, pois será mais fácil chegar" a Portugal.
O Consulado de Portugal na Rússia concedeu, em 2007, 18.793 visto, número que subiu para 22.745 em 2008. O objectivo das autoridades portuguesas é elevar esse número até 50 mil por ano.
Francisco Paulino, da agência Quasar, discorda da decisão da TAP. "Quando a esmola é grande, o pobre desconfia. Trata-se claramente de um número exagerado de voos", declarou à Lusa, e acrescentou: "Quanto às ligações para o Brasil, África, estamos aqui para atrair turistas para Portugal e não para outros países".
"O maior número de turistas vai para o Algarve, mas a TAP não organizou sequer um voo para Faro", concluiu.
"Claro que gostaríamos de voar de Moscovo para Faro, Porto e Funchal, mas isso faria aumentar em muito os custos da operação", retorquiu Paneiro.
"Além disso, os passageiros poderão facilmente voar de Lisboa para outras cidades portuguesas", frisou.
Galina Bolshakova, funcionária da agência de viagens russa Quinta-Tour, espera pelos primeiros resultados para tirar conclusões, mas estranha a falta de publicidade desta nova ligação aérea.
"Portugal é ainda pouco conhecido na Rússia. Já devia ter iniciado uma campanha de publicidade e divulgação dos novos voos, mas os operadores turísticas ainda não sabem preços e condições de reserva de bilhetes", declara à Lusa.
Carlos Paneiro reconheceu a existência de falhas, mas prometeu a normalização para muito breve, queixando-se de "problemas burocráticos e técnicos".
Fernado Paulino e outros representantes do turismo português queixam-se da falta de guias com conhecimento da língua russa.
"Iremos continuar a trabalhar um pouco ilegal, como até agora. Queremos prestar um serviço de qualidade, mas não temos guias oficiais, por isso recorremos a pessoas qualificadas, mas sem esse estatuto", reconheceu.
Em Portugal há menos de 10 guias turísticos oficiais que dominam a língua russa.
Fonte: Agência Lusa / Expresso (Portugal)
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