A Embraer deve receber, nos próximos dias, financiamento de US$ 700 milhões do BNDES para a venda de aeronaves de médio porte às Aerolineas Argentinas, a estatal argentina de aviação, segundo publicou nesta sexta-feira o jornal "Valor".
De acordo com o jornal, a operação já ganhou permissão do Comitê de Financiamento e Garantia de Exportações, responsável pela análise técnica do pedido de financiamento. O empréstimo à Embraer, segundo autoridades que acompanham o tema, deve ser incluído entre os itens extra-pauta da próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que decidirá a conveniência política do negócio, na próxima semana.
Para decidir contrariamente à operação, a Camex teria até um argumento sem implicações políticas: a Argentina já tem mais empréstimos tomados no BNDES do que seria seu limite; as regras de financiamento do governo permitem, porém, que os ministros decidam pela autorização, se considerarem viável e desejável, dentro dos interesses da política externa do país. O assunto é tratado com reservas pelo governo, que lida com dois aspectos políticos delicados: o empréstimo milionário seria concedido a uma empresa que acaba de demitir 4,3 mil empregados e a um país que vem levantando barreiras comerciais a produtos brasileiros .
Segundo o "Valor", ainda não há nenhum contrato oficial de compra das aeronaves por parte do governo argentino, que depende da autorização da Camex para a viabilidade financeira da aquisição. Nos ministérios que compõem a Camex há disposição de emprestar, com base no argumento de que operações desse tipo são fundamentais para a recuperação da empresa e eventual retomada do emprego. A Embraer já emitiu sinais públicos de que vê na expansão das vendas à Argentina e outros países da região uma saída para a retração de mercado criada pela crise econômica.
Os EUA, mercado mais duramente atingido pela crise, concentra, hoje, cerca de 45% das exportações da Embraer. Em recente entrevista ao jornal argentino "Clarín", o recém-nomeado vice-presidente da empresa para a América Latina, Luis Hamilton Lima, previu que a renovação da frota de aviões da Aerolineas Argentinas - que tem quase um terço da frota de 50 aviões sem condições de voo - será uma excelente oportunidade para a empresa, de vender aviões de porte médio destinados a rotas domésticas e compensar a perda de mercado em outros países.
O governo argentino anunciou nesta semana que estão avançadas as negociações com a Embraer para instalação de uma fábrica de peças na província de Córdoba, onde o governo Kirchner estatizou nesta semana uma fábrica da americana Lockheed. A própria Aerolineas era uma empresa mista até metade do ano passado, quando, após séria crise e paralisação de voos, foi estatizada debaixo de críticas no país.
Fonte: O Globo
De acordo com o jornal, a operação já ganhou permissão do Comitê de Financiamento e Garantia de Exportações, responsável pela análise técnica do pedido de financiamento. O empréstimo à Embraer, segundo autoridades que acompanham o tema, deve ser incluído entre os itens extra-pauta da próxima reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que decidirá a conveniência política do negócio, na próxima semana.
Para decidir contrariamente à operação, a Camex teria até um argumento sem implicações políticas: a Argentina já tem mais empréstimos tomados no BNDES do que seria seu limite; as regras de financiamento do governo permitem, porém, que os ministros decidam pela autorização, se considerarem viável e desejável, dentro dos interesses da política externa do país. O assunto é tratado com reservas pelo governo, que lida com dois aspectos políticos delicados: o empréstimo milionário seria concedido a uma empresa que acaba de demitir 4,3 mil empregados e a um país que vem levantando barreiras comerciais a produtos brasileiros .
Segundo o "Valor", ainda não há nenhum contrato oficial de compra das aeronaves por parte do governo argentino, que depende da autorização da Camex para a viabilidade financeira da aquisição. Nos ministérios que compõem a Camex há disposição de emprestar, com base no argumento de que operações desse tipo são fundamentais para a recuperação da empresa e eventual retomada do emprego. A Embraer já emitiu sinais públicos de que vê na expansão das vendas à Argentina e outros países da região uma saída para a retração de mercado criada pela crise econômica.
Os EUA, mercado mais duramente atingido pela crise, concentra, hoje, cerca de 45% das exportações da Embraer. Em recente entrevista ao jornal argentino "Clarín", o recém-nomeado vice-presidente da empresa para a América Latina, Luis Hamilton Lima, previu que a renovação da frota de aviões da Aerolineas Argentinas - que tem quase um terço da frota de 50 aviões sem condições de voo - será uma excelente oportunidade para a empresa, de vender aviões de porte médio destinados a rotas domésticas e compensar a perda de mercado em outros países.
O governo argentino anunciou nesta semana que estão avançadas as negociações com a Embraer para instalação de uma fábrica de peças na província de Córdoba, onde o governo Kirchner estatizou nesta semana uma fábrica da americana Lockheed. A própria Aerolineas era uma empresa mista até metade do ano passado, quando, após séria crise e paralisação de voos, foi estatizada debaixo de críticas no país.
Fonte: O Globo
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