Fui com um grupo de 11 pessoas a um trekking até o acampamento base do Everest, no Nepal, no mês de abril. Passamos por muitos aeroportos durante a viagem, principalmente na volta, pois pegamos as “cinzas” do vulcão islandês, e nosso voo original foi cancelado. Felizmente, nosso atraso até retornar a Porto Alegre foi de apenas um dia e meio.
Mas o acontecimento mais inusitado de todos foi o voo de Katmandu a Lukla, cidade do Nepal onde começa o trekking até o Everest, na cadeia de montanhas do Himalaia.
A ordem para pegar o voo no aeroporto de Katmandu é de quem chegar primeiro e fizer o seu check-in. São quatro aviões que fazem a rota, com pessoas que iniciam ou terminam o trekking. A maior parte das pessoas que estavam no aeroporto formava grupos que começavam um trekking ou escalada na montanha, acompanhados de seus respectivos guias locais. Fomos o quarto grupo na ordem de saída, mas não tinha como decolar em Lukla devido ao vento forte. Então, ficamos no aeroporto até as 16h, esperando que houvesse condições para o voo. Só conseguimos embarcar no dia seguinte e, por chegarmos bem cedo, fomos o primeiro grupo a sair de Katmandu.Mas o acontecimento mais inusitado de todos foi o voo de Katmandu a Lukla, cidade do Nepal onde começa o trekking até o Everest, na cadeia de montanhas do Himalaia.
O Tenzing Hillary Airport, nome do aeroporto de Lukla, fica na encosta de uma montanha a 2,8 mil metros, sem muito espaço para fazer uma pista longa para aviões de médio ou grande porte. O piloto do avião precisa ser muito preciso na aterrissagem, para acertar a pista e não bater na encosta da montanha. Assim, o nosso avião era pequeno, com 18 lugares. Recebemos da “comissária de bordo” uma bala, para equalizar a pressão do ouvido médio, e um chumaço de algodão, para proteger os ouvidos do barulho.
A viagem não é longa, dura 45 minutos, e o avião não pode voar muito alto. Apesar do barulho das hélices, fizemos uma viagem tranquila, sem turbulências, admirando a paisagem rural e montanhosa do Nepal, mas sem condições de entabular uma conversa durante o voo.
Na volta, tudo de novo. Mas o retorno foi mais tranquilo, pois conseguimos embarcar bem cedo e, dessa vez com teto para sair de Lukla.
Foi uma viagem inesquecível. Voltamos com muitas histórias para contar a respeito dessa cultura exótica, na qual a geografia do país é um personagem de destaque.
Fonte: Astridt Schwanke (Secretária executiva, 47 anos) para o Zero Hora
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