domingo, 7 de junho de 2009

Voo 447: o que se sabe e o que falta descobrir?

Seis dias de buscas, de investigação e de muitas especulações – na reportagem de José Roberto Burnier para o Jornal Nacional, veja o que já se sabe até agora e o que ainda falta descobrir.



Pela análise das imagens de satélite, os investigadores já têm algumas certezas: uma combinação de tempestades isoladas formou uma enorme linha de instabilidade com 500 quilômetros de comprimento por 150 de largura, bem na rota do avião na noite de domingo para segunda.

Alguns pontos isolados dessa linha eram de nuvens com o topo atingindo mais de 18 quilômetros de altura – seis quilômetros acima do nível de voo ocupado pelo avião. As nuvens, Cumulus nimbus, têm ventos que podem atingir mais de 100 quilômetros por hora.

Com a série de 24 mensagens técnicas enviadas pela aeronave nos últimos quatro minutos de contato, os investigadores já conseguem estabelecer um esboço da tragédia. O avião foi perdendo em sequência todos os sistemas de controle automatizados.

Começou pelos computadores que analisam os dados fornecidos pelos sensores. Suspeita-se de que esses sensores estariam dando informações divergentes. Prosseguiu pelo piloto automático, que se desligou ao não ter informações e ordens confiáveis para trabalhar. Estendeu-se para a iluminação dos painéis, que ficaram escuros e sem referencias para os pilotos.

Por último, as informações transmitidas pela aeronave indicam que a cabine estava perdendo pressão rapidamente por conta da paralisação do sistema elétrico. Essas panes teriam possivelmente uma única causa: a perda catastrófica dos sistemas elétricos. A dúvida é se a pane elétrica foi causada pela turbulência dentro da tempestade ou se por algum defeito da própria aeronave.

O birô de investigação e analise, órgão francês encarregado de descobrir o que aconteceu com o Airbus, diz que a investigação deve demorar meses, talvez até mais de um ano. Tudo vai depender da análise dos destroços e das informações contidas nas caixas pretas – se elas forem encontradas.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo) via G1

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