A manobra “atípica” de um Boeing provocou a pane luminosa na pista principal do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães na noite de sábado (14). Ainda não se sabe se ouve imperícia do piloto, mas tudo leva a crer que, no momento da decolagem, a aeronave provocou o deslocamento de luminárias provisórias instaladas sobre o pavimento asfáltico, que atualmente passa por obras de recapeamento.
O “sopro” violento das turbinas do avião de grande porte teria causado danos na fiação elétrica e fez a cabeceira se apagar. Durante os últimos quatro dias, a Infraero manteve a versão de que a ocorrência foi motivada por um curto-circuito no equipamento responsável pela alimentação elétrica do conjunto de luminárias que compõemo balizamento luminoso.
Mas o Correio apurou com funcionários da empresa estatal, representantes dos pilotos e com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) que na verdade o “apagão” de quase três horas foi provocado por um avião em processo de decolagem.
“O balizamento atual é emergencial e sobre a pista, não está fixo. Isso coincidiu com o fato de o piloto ter aproximado demais”, disse o diretor técnico do Snea, comandante Ronaldo Jenkins. Somente depois, em nota, a Infraero confirmou o fato.
“Ao se aproximar de forma atípica dessas luminárias, a aeronave provocou o deslocamento das mesmas”. O Vôo DE-6077, da empresa alemã Condor, deixava Salvador no momento do incidente, pouco antes das 19h24, quando as operações foram interrompidas. O mesmo avião sai da capital baiana todos os sábados com destino a Frankfurt, na Alemanha. Por isso, pilotos, funcionários e especialistas consideraram a pane “estranha”.
“É um problema raro. Esses sistemas de iluminação costumam ser bemeficientes”, atesta o professor de transportes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Wellington Figueiredo. Mas, devido às obras, a cabeceira da pista teve de ser deslocada e as luminárias instaladas com um sistema mais rudimentar.
“É como numa árvore de Natal. Quando uma luz se apaga, todas as outras acompanham. O problema não ocorreria se a iluminação estivesse embutida na pista”, compara o comandante Jenkins.
“Não me recordo de nenhum incidente semelhante em nenhum lugar no mundo”, diz ele, que tem38 anos de aviação. Os prejuízos foram grandes. Enquanto a iluminação da pista não era estabelecida, aviões não puderam decolar nempousar, passageiros perderam conexões e familiares ficaram apreensivos. Segundo a Infraero, três pousos foram redirecionados para Aracaju e Recife.
Outros três tiveram que aguardar condições para decolar. Ainda há dúvidas quanto às responsabilidades do piloto. “O comandante aproximou demais. Mas não se pode dizer que foi imperícia.Uma turbina ligada faz uma pressão muito grande e as luzes não estavam sob o solo como normalmente”, disse uma funcionária da Infraero.
Notícia publicada na edição de 19/03/2009 do jornal Correio
O “sopro” violento das turbinas do avião de grande porte teria causado danos na fiação elétrica e fez a cabeceira se apagar. Durante os últimos quatro dias, a Infraero manteve a versão de que a ocorrência foi motivada por um curto-circuito no equipamento responsável pela alimentação elétrica do conjunto de luminárias que compõemo balizamento luminoso.
Mas o Correio apurou com funcionários da empresa estatal, representantes dos pilotos e com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) que na verdade o “apagão” de quase três horas foi provocado por um avião em processo de decolagem.
“O balizamento atual é emergencial e sobre a pista, não está fixo. Isso coincidiu com o fato de o piloto ter aproximado demais”, disse o diretor técnico do Snea, comandante Ronaldo Jenkins. Somente depois, em nota, a Infraero confirmou o fato.
“Ao se aproximar de forma atípica dessas luminárias, a aeronave provocou o deslocamento das mesmas”. O Vôo DE-6077, da empresa alemã Condor, deixava Salvador no momento do incidente, pouco antes das 19h24, quando as operações foram interrompidas. O mesmo avião sai da capital baiana todos os sábados com destino a Frankfurt, na Alemanha. Por isso, pilotos, funcionários e especialistas consideraram a pane “estranha”.
“É um problema raro. Esses sistemas de iluminação costumam ser bemeficientes”, atesta o professor de transportes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Wellington Figueiredo. Mas, devido às obras, a cabeceira da pista teve de ser deslocada e as luminárias instaladas com um sistema mais rudimentar.
“É como numa árvore de Natal. Quando uma luz se apaga, todas as outras acompanham. O problema não ocorreria se a iluminação estivesse embutida na pista”, compara o comandante Jenkins.
“Não me recordo de nenhum incidente semelhante em nenhum lugar no mundo”, diz ele, que tem38 anos de aviação. Os prejuízos foram grandes. Enquanto a iluminação da pista não era estabelecida, aviões não puderam decolar nempousar, passageiros perderam conexões e familiares ficaram apreensivos. Segundo a Infraero, três pousos foram redirecionados para Aracaju e Recife.
Outros três tiveram que aguardar condições para decolar. Ainda há dúvidas quanto às responsabilidades do piloto. “O comandante aproximou demais. Mas não se pode dizer que foi imperícia.Uma turbina ligada faz uma pressão muito grande e as luzes não estavam sob o solo como normalmente”, disse uma funcionária da Infraero.
Notícia publicada na edição de 19/03/2009 do jornal Correio
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