Segundo agência dos EUA, acidentes de avião são tão raros que não há estatística suficiente para qualificar companhias
Aqueles que têm medo de voar vão se decepcionar se, antes de comprar uma passagem, tentarem comparar as companhias aéreas para saber qual é a mais segura. A frustração resultará do fato de que, por mais que pesquisem na internet, não encontrarão um ranking. Ele não existe porque não há critérios no mundo inteiro para sua elaboração.
Além dos dados concretos que poderiam ser usados para montar um ranking, como número de acidentes, horas de manutenção e certificação dos pilotos, a segurança aérea também é determinada por informações subjetivas como estresse da tripulação, condições meteorológicas e falhas no controle aéreo. Por isso, é impossível classificar as companhias de acordo com as medidas de segurança adotadas por cada uma.
“Não temos como comparar segurança”, afirmou ao iG o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o brigadeiro Pompeu Brasil. “A única forma seria por índice de acidentes, mas não há um critério estabelecido para isso", explicou.
De acordo com o brigadeiro, usar números absolutos de acidentes na aviação poderia causar confusão. "Houve aumento no número de acidentes (nos últimos anos), mas a atividade aeronáutica cresceu no Brasil. Hoje temos mais aviões voando e voando mais vezes", afirmou.
Segurança pelo mundo
Nos EUA, país com uma das mais rígidas regras para a aviação comercial, também não existe um ranking das companhias aéreas mais seguras. "A razão é que os acidentes fatais de avião são ocorrências tão raras que não há estatística suficiente para qualificar as companhias", afirmou Lee Dorr, porta-voz da Agência Federal de Aviação dos EUA, em entrevista à rede de TV CNN em maio deste ano.
Na Europa, apesar de não existir um ranking de segurança para as companhias aéreas, há uma lista de empresas que são proibidas de voar no continente. Segundo a Comissão Europeia, as companhias vetadas "operam em condições abaixo dos níveis de satisfação de segurança".
Segundo a Comissão Europeia, os vetos são determinados após investigações dos relatórios de voo das empresas e visitas presenciais aos hangares das companhias investigadas.
A "lista negra" europeia traz, em sua maioria, o nome de companhias aéreas de países como o Casaquistão, Congo, Afeganisão e outras nações com empresas aéreas fragilizadas e com problemas de manutenção. A Comissão Europeia destaca, no entanto, que o fato de uma companhia não constar da lista não significa que ela tenha alto nível de segurança.
Como escolher a companhia?
Mesmo sem a possibilidade de consultar um ranking das companhias mais seguras, os passageiros podem tomar algumas precauções para evitar viajar em empresas notoriamente problemáticas.
Uma primeira precaução é dar prioridade às companhias que sejam afiliadas à Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA, na sigla em inglês), órgão com sede no Canadá que regula as companhias aéreas de voos comerciais. Empresas que fazem parte de redes globais, como Star Alliance ou Oneworld, tendem a ter um nível alto de exigência em manutenção e treinamento.
Além disso, uma rápida pesquisa na internet pode mostrar se a empresa está com dificuldades financeiras ou funcionários em greve. As dificuldades financeiras podem afetar a manutenção das aeronaves, e pilotos ou comissários em situação de estresse estão mais propensos a errar.
Fonte: Leandro Meireles Pinto com reportagem de Fred Raposo ( iG)
Aqueles que têm medo de voar vão se decepcionar se, antes de comprar uma passagem, tentarem comparar as companhias aéreas para saber qual é a mais segura. A frustração resultará do fato de que, por mais que pesquisem na internet, não encontrarão um ranking. Ele não existe porque não há critérios no mundo inteiro para sua elaboração.
Além dos dados concretos que poderiam ser usados para montar um ranking, como número de acidentes, horas de manutenção e certificação dos pilotos, a segurança aérea também é determinada por informações subjetivas como estresse da tripulação, condições meteorológicas e falhas no controle aéreo. Por isso, é impossível classificar as companhias de acordo com as medidas de segurança adotadas por cada uma.
“Não temos como comparar segurança”, afirmou ao iG o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o brigadeiro Pompeu Brasil. “A única forma seria por índice de acidentes, mas não há um critério estabelecido para isso", explicou.
De acordo com o brigadeiro, usar números absolutos de acidentes na aviação poderia causar confusão. "Houve aumento no número de acidentes (nos últimos anos), mas a atividade aeronáutica cresceu no Brasil. Hoje temos mais aviões voando e voando mais vezes", afirmou.
Segurança pelo mundo
Nos EUA, país com uma das mais rígidas regras para a aviação comercial, também não existe um ranking das companhias aéreas mais seguras. "A razão é que os acidentes fatais de avião são ocorrências tão raras que não há estatística suficiente para qualificar as companhias", afirmou Lee Dorr, porta-voz da Agência Federal de Aviação dos EUA, em entrevista à rede de TV CNN em maio deste ano.
Na Europa, apesar de não existir um ranking de segurança para as companhias aéreas, há uma lista de empresas que são proibidas de voar no continente. Segundo a Comissão Europeia, as companhias vetadas "operam em condições abaixo dos níveis de satisfação de segurança".
Segundo a Comissão Europeia, os vetos são determinados após investigações dos relatórios de voo das empresas e visitas presenciais aos hangares das companhias investigadas.
A "lista negra" europeia traz, em sua maioria, o nome de companhias aéreas de países como o Casaquistão, Congo, Afeganisão e outras nações com empresas aéreas fragilizadas e com problemas de manutenção. A Comissão Europeia destaca, no entanto, que o fato de uma companhia não constar da lista não significa que ela tenha alto nível de segurança.
Como escolher a companhia?
Mesmo sem a possibilidade de consultar um ranking das companhias mais seguras, os passageiros podem tomar algumas precauções para evitar viajar em empresas notoriamente problemáticas.
Uma primeira precaução é dar prioridade às companhias que sejam afiliadas à Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA, na sigla em inglês), órgão com sede no Canadá que regula as companhias aéreas de voos comerciais. Empresas que fazem parte de redes globais, como Star Alliance ou Oneworld, tendem a ter um nível alto de exigência em manutenção e treinamento.
Além disso, uma rápida pesquisa na internet pode mostrar se a empresa está com dificuldades financeiras ou funcionários em greve. As dificuldades financeiras podem afetar a manutenção das aeronaves, e pilotos ou comissários em situação de estresse estão mais propensos a errar.
Fonte: Leandro Meireles Pinto com reportagem de Fred Raposo ( iG)
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