domingo, 27 de junho de 2010

Com scanner, bagagem é a única saída para mulas do tráfico

A fiscalização no terminal 1 do Aeroporto do Galeão foi intensificada com a compra do scanner corporal, um aparelho que revela qualquer sinal de substância ilícita carregada na roupa ou dentro do próprio organismo de um passageiro. Resta às mulas tentar esconder a drogas nas malas, que são preparadas pelo traficante que contrata o serviço.

— Os estrangeiros já entram no Brasil com esta missão. Quando desembarcam, sabem em que hotel ficar, com quem falar e onde pegar a droga. As bagagens, com fundos falsos ou objetos que podem ser usados para esconder a carga ilegal, também são elaboradas pela quadrilha que recruta a mula. Percebemos que os itens da mala, muitas vezes, sequer pertencem aos passageiros — contou Carlos Furtado.

O delegado disse que os suspeitos são identificados nas listas de passageiros, fornecidas pelas companhias aéreas, com trabalho de inteligência, e através dos equipamentos de raio-x, pois todas as bagagens de voos internacionais são checadas.

— Temos casos curiosos, de pessoas adultas que foram levadas para a revista e, quando abrimos a bagagem, só havia roupa de criança, tentando camuflar a droga. E de um homem que tentou esconder cocaína escondida na mala que tinha apenas roupas e calçados femininos — destacou.

Colocar drogas em fundos falsos e pertences pessoais é uma estratégia conhecida pelos agentes do aeroporto.

— Sabemos que devemos desconfiar de objetos comuns, como imagens de santos, quadro com motivos religiosos, artes plásticas e pranchas de surf — ressaltou.

Fonte: Fernando Torres (Extra)

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