A pulverização por tratores predomina, embora, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), o emprego da aviação seja mais eficaz e econômico.
O mercado de aviação agrícola cresce a uma taxa anual de 8% no país. Conforme Júlio Kämpf, presidente da entidade, é possível mais do que dobrar esse percentual.
"Por questões culturais, o empresário rural acostumou-se à pulverização por tratores, e os bancos o incentivam a tomar empréstimos e a imobilizar máquinas", diz.
Diante uma situação dessas, o mercado de aviação acomodou-se com um só fabricante nacional (a Neiva, da Embraer), espera pela homologação de outros e opera o restante dos negócios com a importação de aeronaves.
Ainda assim, o mercado mundial do setor está praticamente nas mãos de cinco fabricantes.
Reflorestamento
Kämpf aposta em uma situação favorável ao setor. Um dos motivos é o uso da aviação agrícola na gestão de reflorestamentos, nicho que irá crescer com o novo Código Florestal, atualmente em discussão no Congresso Nacional.
Estudo do Sindag aponta que o emprego de aviões também crescerá junto a serviços como aplicação de inseticidas no combate à dengue.
À espera
"O problema é que nesse caso o setor depende de liberação do governo federal, e ainda esperamos pelo aval", comenta Kämpf.
Há também outro nicho ainda em fase inicial: usar aviões no combate a incêndios de plantações de grãos e de cana-de-açúcar.
Curto prazo
Independente da burocracia ou da entrada do novo Código Florestal, o mercado de aviação agrícola tem como avançar no curto prazo.
"Somente nos últimos anos o setor tem crescido junto à citricultura e a cafeicultura, e na cana-de-açúcar, o potencial é muito grande porque é preciso aplicar adubos e defensivos, e, se fizer as contas, o produtor penderá para as aeronaves", diz.
Fonte: Delcy Mac Cruz (A Cidade) - Foto: Divulgação
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