quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ibama discute abate de urubus em áreas próximas a aeroportos

O acúmulo de lixo pode ser um dos maiores responsáveis pela quantidade de urubus na região do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, zona Centro-oeste de Manaus. Para tentar resolver o problema com as aves, uma solicitação para abate dos animais é discutida para este ano.

Em 2009, foram registradas 12 colisões entre aeronaves e urubus em Manaus. Somente este ano já ocorreram outros dois incidentes. O problema preocupa especialistas e pode ser encontrado tanto no aeroporto Eduardo Gomes, quanto no aeroporto de Ponta Pelada.

Para tentar solucionar o problema, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) autorizou no ano passado o abate de 300 aves. Para este ano já existe uma nova solicitação para o abate dos animais.

O analista ambiental do Ibama, Robson Czaban, é contra o abate dos urubus. Para ele a ação não soluciona o problema. Segundo o especialista, o maior problema é o lixo acumulado que atrai as aves, que cruzam a cidade em busca de alimento. As áreas onde há grande consumo de peixe apresentam maior incidência do problema.

Fonte: TV Amazonas

2 comentários:

Prof. Lázaro Teixeira disse...

também concordo que o abate de urubús não resolve, além de ser um péssimo exemplo para jovens e crianças de como os adultos e principalmente as autoridades não valorizam a vida na sua expressão mais ampla, a vida dos outros seresa vivos. Demonstrando falta de criatividade e falta de vontade política pra atacar os problemas na sua origem e de forma eficaz e ética.
Lázaro Teixeira
prof. de Biologia
Parintins AM

Prof. Lázaro Teixeira disse...

Concordo com o analista ambiental do Ibama, Robson Czaban, "o abate de urubús não é a solução viável". Mais grave ! é um péssimo exemplo para jovens e crianças de como os adultos e, principalmente, as autoridades não valorizam a vida no seu sentido mais amplo:a vida dos outros seres vivos. Por exemplo, tem gente que é muito mais nocivo para a sociedade que os urubús e nem por isso estamos levantando a bandeira da pena de morte para esses. Penso que o medo das autoridades em encarar o problema atacando na sua origem, reside na ganância ou na falta de competência para entender que qualquer população animal tende a crescer quando tem disponibilidade de alimento e abrigo (reprodução e predação)e que abater é a medida mais imediatista e anti-ética, que não leva a solução alguma. Aprendemos pelo senso comum que que só se pode matar um animal se for pra saciar a fome, do contrário é crime, é crime ambiental, é crime contra a natureza, é crime contra as presentes e futuras gerações.
O autor é Biólogo, ambientalista, especialista em biotecnologia e professor de Biologia da rede estadual de ensino.
Parintins - Amazonas - Brasil.