Em alguns casos, uma boa colocação no mercado de trabalho independe de cursos superiores. Um bom exemplo disso está nas carreiras de aviação comercial, que não exigem diplomas de seus funcionários de ar que trabalham diretamente com os aviões. Apesar da pouca exigência de escolaridade, isso não quer dizer que seja fácil se tornar comissária de bordo, a famosa aeromoça, ou mesmo um piloto, que precisa tão somente do primeiro grau completo. Os cursos de formação são bem exigentes e fiscalizados de perto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para quem está se preparando para essas profissões, o melhor de tudo é que o mercado está crescendo muito, ou seja, há boas perspectivas de empregabilidade.
“O mercado de linhas aéreas tem crescido. Com a expectativa da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 há uma tendência do potencial da área crescer. O que se fala na aviação civil comercial é que se o crescimento atual se mantiver nos próximos anos não será possível transportar tanta gente. A demanda é maior. Então, acredito mesmo que o setor vai precisar de mais pilotos”, raciocina o jornalista Tardelle Costa, de 23 anos, que mudou de área e está fazendo curso de piloto privado no Aeroclube de Pernambuco.
A instituição, aliás, forma pessoal para aviação civil brasileira há 69 anos. A administradora do Aeroclube, Hilária Pimenta, também defende que o mercado de aviação está num ritmo intenso de crescimento e isso demanda mão de obra. “Hoje em dia o segmento está cada vez mais amplo. Há muitas empresas, muitas delas focando na aviação regional, um nicho em que as grandes não fazem, como rotas para Petrolina, Mossoró, Campina Grande, Juazeiro”, salienta.
Hilária lembra que nacionalmente também há o surgimento de novas companhias aéreas, a exemplo da Azul e Webjet, além do interesse internacional pela mão de obra brasileira. “As empresas de fora vêm fazer seleção aqui, pois consideram o trabalhador brasileiro organizado e disciplinado. A Emirates, por exemplo, todo ano faz seleção em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro”, comenta.
O presidente do Centro Educacional de Aviação do Brasil (Ceab), Salmeron Cardoso Jr, ressalta que no mês passado a Emirates fez seleção de pessoal no País. “A Catar Air Lines e a Air France também fazem. Neste caso, o inglês é fundamental, mas nas empresas nacionais não há exigência de segunda língua, apesar de ser um grande diferencial. Tenho alunos em todos os locais, no Japão, por exemplo. O mercado existe tanto fora quanto dentro do Brasil. Para se ter uma idéia, a aviação doméstica no Brasil teve um crescimento de 30% este ano em relação ao ano passado, que já cresceu 10%. Números bons mesmo depois da marolinha”, informou Cardoso, ironizando uma declaração do presidente Lula no início da crise financeira mundial.
SALÁRIOS
De acordo com Hilária Pimenta, em início de carreira o salário de um piloto particular, de aviões menores de motor, podem alcançar R$ 4.000. “Subindo na profissão, as empresas comerciais podem pagar até R$ 15.000 a um comandante. As de fora pagam mais”, diz. No caso de comissários de bordo, as remunerações são menores, mas nem por isso menos atrativas.
“Além do salário, o comissário recebe auxílio moradia, diária em euro ou dólar, e os salários chegam a R$ 3.000 numa companhia aérea brasileira. Fora, pode-se atingir uma remuneração de até US$ 4.000. São salários atrativos para pessoas que possuem segundo grau completo”, defende Cardoso Jr.
Fonte: Leonardo Spinelli (Jornal do Commercio)
“O mercado de linhas aéreas tem crescido. Com a expectativa da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 há uma tendência do potencial da área crescer. O que se fala na aviação civil comercial é que se o crescimento atual se mantiver nos próximos anos não será possível transportar tanta gente. A demanda é maior. Então, acredito mesmo que o setor vai precisar de mais pilotos”, raciocina o jornalista Tardelle Costa, de 23 anos, que mudou de área e está fazendo curso de piloto privado no Aeroclube de Pernambuco.
A instituição, aliás, forma pessoal para aviação civil brasileira há 69 anos. A administradora do Aeroclube, Hilária Pimenta, também defende que o mercado de aviação está num ritmo intenso de crescimento e isso demanda mão de obra. “Hoje em dia o segmento está cada vez mais amplo. Há muitas empresas, muitas delas focando na aviação regional, um nicho em que as grandes não fazem, como rotas para Petrolina, Mossoró, Campina Grande, Juazeiro”, salienta.
Hilária lembra que nacionalmente também há o surgimento de novas companhias aéreas, a exemplo da Azul e Webjet, além do interesse internacional pela mão de obra brasileira. “As empresas de fora vêm fazer seleção aqui, pois consideram o trabalhador brasileiro organizado e disciplinado. A Emirates, por exemplo, todo ano faz seleção em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro”, comenta.
O presidente do Centro Educacional de Aviação do Brasil (Ceab), Salmeron Cardoso Jr, ressalta que no mês passado a Emirates fez seleção de pessoal no País. “A Catar Air Lines e a Air France também fazem. Neste caso, o inglês é fundamental, mas nas empresas nacionais não há exigência de segunda língua, apesar de ser um grande diferencial. Tenho alunos em todos os locais, no Japão, por exemplo. O mercado existe tanto fora quanto dentro do Brasil. Para se ter uma idéia, a aviação doméstica no Brasil teve um crescimento de 30% este ano em relação ao ano passado, que já cresceu 10%. Números bons mesmo depois da marolinha”, informou Cardoso, ironizando uma declaração do presidente Lula no início da crise financeira mundial.
SALÁRIOS
De acordo com Hilária Pimenta, em início de carreira o salário de um piloto particular, de aviões menores de motor, podem alcançar R$ 4.000. “Subindo na profissão, as empresas comerciais podem pagar até R$ 15.000 a um comandante. As de fora pagam mais”, diz. No caso de comissários de bordo, as remunerações são menores, mas nem por isso menos atrativas.
“Além do salário, o comissário recebe auxílio moradia, diária em euro ou dólar, e os salários chegam a R$ 3.000 numa companhia aérea brasileira. Fora, pode-se atingir uma remuneração de até US$ 4.000. São salários atrativos para pessoas que possuem segundo grau completo”, defende Cardoso Jr.
Fonte: Leonardo Spinelli (Jornal do Commercio)
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