Especialistas garantem que a proximidade com acidentes aéreos aumenta o medo de voar, mesmo em quem está acostumado a viajar de avião. No consultório da psicoterapeuta Rosana D'Ório, que trabalha no tratamento de medo de avião, a procura cresceu 25% em junho, logo após a tragédia com o voo 447 da Air France.
- A maioria dos que me procuraram nesse período costuma viajar com medo. Para eles, o acidente funciona como uma confirmação de que o medo deles não é tão imaginário quanto tentam fazê-los pensar.
Além disso, Rosana explica que por ter acontecido com uma aeronave nova de uma companhia confiável, os passageiros sentem como se isso não garantisse mais a segurança do voo.
A consultora de marketing Michelle Dorf, de 31 anos, não costuma sentir medo de avião, mas depois da queda do Airbus da Air France está mais preocupada com a segurança nas viagens aéreas. Ela conta que durante uma tentativa de pouso no Aeroporto Santos Dummont na semana passada, ela tremeu quando o piloto arremeteu a aeronave.
- Todos os passageiros ficaram mudos. Eu sinceramente fiquei com medo e gritei "ai meu Deus". Não é a primeira vez que passo por isso, mas com certeza o acidente recente com o Airbus e a falta de informação sobre o que estava acontecendo aumentaram a minha preocupação - comenta.
A falta de explicação sobre o que aconteceu durante o voo 447 aumenta ainda mais a apreensão.
- Ficamos com medo de haver algo que não é possível controlar, como parece que aconteceu com o Airbus - ressalta Michelle.
Para Angela Donato Oliva, professora de terapia cognitiva comportamental da Uerj, a falta de explicação para o acidente pode estimular crenças em especulações que não são reais.
- A maioria dos que me procuraram nesse período costuma viajar com medo. Para eles, o acidente funciona como uma confirmação de que o medo deles não é tão imaginário quanto tentam fazê-los pensar.
Além disso, Rosana explica que por ter acontecido com uma aeronave nova de uma companhia confiável, os passageiros sentem como se isso não garantisse mais a segurança do voo.
A consultora de marketing Michelle Dorf, de 31 anos, não costuma sentir medo de avião, mas depois da queda do Airbus da Air France está mais preocupada com a segurança nas viagens aéreas. Ela conta que durante uma tentativa de pouso no Aeroporto Santos Dummont na semana passada, ela tremeu quando o piloto arremeteu a aeronave.
- Todos os passageiros ficaram mudos. Eu sinceramente fiquei com medo e gritei "ai meu Deus". Não é a primeira vez que passo por isso, mas com certeza o acidente recente com o Airbus e a falta de informação sobre o que estava acontecendo aumentaram a minha preocupação - comenta.
A falta de explicação sobre o que aconteceu durante o voo 447 aumenta ainda mais a apreensão.
- Ficamos com medo de haver algo que não é possível controlar, como parece que aconteceu com o Airbus - ressalta Michelle.
Para Angela Donato Oliva, professora de terapia cognitiva comportamental da Uerj, a falta de explicação para o acidente pode estimular crenças em especulações que não são reais.
"Um acidente como o do Airbus mexe com muita gente, pois quebra a segurança e o controle da própria vida"
- Deste modo, os passageiros que ouviram falar que o voo 447 passou por turbulência já começam a se impressionar mais com o movimento das aeronaves analisa Angela.
Pesquisa do Ibope realizada em agosto de 2007, quase um mês após o acidente da TAM no aeroporto de Congonhas , revelou que 74% da população brasileira passaram a ter medo de voar em decorrência dos últimos acidentes aéreos, independente de já ter ou não andado de avião. Em outra pesquisa Ibope de 1998, apenas 42% dos entrevistados declararam ter medo.
- As pessoas gostam de um mundo controlado e com certezas. Um acidente como o do Airbus mexe com muita gente, pois quebra a segurança e o controle da própria vida - conclui Rosana D' Ório.
De acordo com o Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, é 25 vezes mais provável que alguém perca a vida a caminho do aeroporto do que na queda do avião que ele vai tomar.
Fonte: Madalena Romeo (O Globo)
Pesquisa do Ibope realizada em agosto de 2007, quase um mês após o acidente da TAM no aeroporto de Congonhas , revelou que 74% da população brasileira passaram a ter medo de voar em decorrência dos últimos acidentes aéreos, independente de já ter ou não andado de avião. Em outra pesquisa Ibope de 1998, apenas 42% dos entrevistados declararam ter medo.
- As pessoas gostam de um mundo controlado e com certezas. Um acidente como o do Airbus mexe com muita gente, pois quebra a segurança e o controle da própria vida - conclui Rosana D' Ório.
De acordo com o Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, é 25 vezes mais provável que alguém perca a vida a caminho do aeroporto do que na queda do avião que ele vai tomar.
Fonte: Madalena Romeo (O Globo)
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