O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, gastou mais de meio milhão de euros no ano passado em viagens classificadas como «secretas», noticia este sábado o jornal Público.
Estas deslocações absorveram mais de um quarto do orçamento da presidência regional.
O Tribunal de Contas (TC) critica o facto de o Executivo madeirense recorrer de forma sistemática a esta classificação para as viagens, refereindo que esta prática «indicia uma aplicação tendencialmente constante da excepção prevista (...) passível de a transformar em regra».
Em sede de contraditório, Jardim (foto acima) justifica estes procedimentos com a necessidade de «haver celeridade no processo» de aquisição das viagens. O líder regional explica ainda os motivos para a contratação da agência Top Atlântico por ajuste directo, invocando «a necessidade de ter de se deslocar com frequência quer ao continente quer ao estrangeiro (...) as especiais precauções, nomeadamente no que respeita à segurança pessoal (...) e à confidencialidade das respectivas acções».Estas deslocações absorveram mais de um quarto do orçamento da presidência regional.
O Tribunal de Contas (TC) critica o facto de o Executivo madeirense recorrer de forma sistemática a esta classificação para as viagens, refereindo que esta prática «indicia uma aplicação tendencialmente constante da excepção prevista (...) passível de a transformar em regra».
Na análise a seis viagens efectuada pelo TC, Jardim ausentou-se em média por uma semana para participar em reuniões com um dia de duração, refere o jornal. Estas deslocações custaram mais de 70 mil euros, sendo que apenas em duas delas coube ao Executivo regional o pagamento dos bilhetes de avião.
Fonte: Diário Digital (Portugal)
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