Um ano após o acidente com o Airbus da TAM, que causou a morte de 199 pessoas - 12 delas em terra - o medo ainda ronda os vizinhos do local, em Vila Congonhas, onde o avião explodiu. Na prática, eles já aprenderam a diferenciar barulhos estranhos nas turbinas dos aviões. E ficam em alerta quando ouvem ruídos considerados 'diferentes' dos normais. O dono de oficina mecânica Agrinaldo Santos da Silva, de 35 anos, não esconde seu receio.
- Se escuto um barulho diferente de avião, já saio correndo para ver se tem algo errado - disse.
A oficina dele fica na Rua Otávio Tarquínio de Souza, bem do lado do galpão da TAM Express que foi destruído pelo Airbus A-320 da TAM no acidente ocorrido em 17 de julho do ano passado.
- A gente fica aqui e acaba conhecendo o barulho dos aviões, sabe quando está tudo normal. No dia da tragédia, o ruído da turbina foi bem diferente - afirmou o mecânico.
A vizinhança do local do acidente é formada principalmente por imóveis comerciais. Em muitos deles, é possível ver no portão placas de "vende-se" ou "aluga-se". Mas os moradores garantem que essas casas já estavam à venda antes da tragédia.
- Esses anúncios estão lá faz tempo. Ninguém saiu daqui por causa do acidente - disse a dona-de-casa Maria Dulce Ribeiro, de 62 anos, que mora na Rua Baronesa de Bela Vista.
Para o diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, o fato de alguns imóveis estarem há mais de um ano à venda já mostra que não há grande procura naquele local.
- Geralmente, após o anúncio (colocação de placas no portão), demora de seis a dez meses para vender - disse.
Pompéia afirma que os imóveis mais próximos do local do acidente, que ficam dentro de um raio de até 100 metros, podem apresentar queda de cerca de 20% no preço.
- Até mesmo por causa de questões religiosas. As pessoas podem não querer ir para lá porque morreu muita gente - explica o diretor da Embraesp.
Fontes: O Globo / Diário de S.Paulo - Foto: Evandro Monteiro
- Se escuto um barulho diferente de avião, já saio correndo para ver se tem algo errado - disse.
A oficina dele fica na Rua Otávio Tarquínio de Souza, bem do lado do galpão da TAM Express que foi destruído pelo Airbus A-320 da TAM no acidente ocorrido em 17 de julho do ano passado.
- A gente fica aqui e acaba conhecendo o barulho dos aviões, sabe quando está tudo normal. No dia da tragédia, o ruído da turbina foi bem diferente - afirmou o mecânico.
A vizinhança do local do acidente é formada principalmente por imóveis comerciais. Em muitos deles, é possível ver no portão placas de "vende-se" ou "aluga-se". Mas os moradores garantem que essas casas já estavam à venda antes da tragédia.
- Esses anúncios estão lá faz tempo. Ninguém saiu daqui por causa do acidente - disse a dona-de-casa Maria Dulce Ribeiro, de 62 anos, que mora na Rua Baronesa de Bela Vista.
Para o diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, o fato de alguns imóveis estarem há mais de um ano à venda já mostra que não há grande procura naquele local.
- Geralmente, após o anúncio (colocação de placas no portão), demora de seis a dez meses para vender - disse.
Pompéia afirma que os imóveis mais próximos do local do acidente, que ficam dentro de um raio de até 100 metros, podem apresentar queda de cerca de 20% no preço.
- Até mesmo por causa de questões religiosas. As pessoas podem não querer ir para lá porque morreu muita gente - explica o diretor da Embraesp.
Fontes: O Globo / Diário de S.Paulo - Foto: Evandro Monteiro
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