Imagem: Arquivo - Museo do Ar
Existem muitas lendas e histórias a respeito de homens e máquinas voadores, porém só temos provas concretas da descoberta de uma máquina de voar feita há quase 300 anos.
A lenda de Dedalus e Ícarus, que fabricaram asas como de passarinhos e voaram sobre o Mar Egeu, mostra perfeitamente a fantasia da época. Sabemos hoje que isso seria impossível, já que não teriam força para movimentar as asas. Os homens deveriam ter se baseado, não nos pássaros, mas sim nas nuvens!
Alguns documentos dizem que na dinastia de Yin (séc. XXI A.C) existiam balões, possivelmente a fumaça, para levar pessoas. Supõe-se que eles eram usados nas guerras.
Protótipo de balão
Acredita-se que outro povo a ter construído os primeiros balões foram os índios Nazca, peruanos pré-incaicos, há mais de 2000 anos. Os fatos que levam a essa crença baseiam-se em um trabalho em barro onde há o desenho de um balão, além dos famosos desenhos no planalto de Nazca, onde em 1975 foi comprovado pela Associação Internacional de Exploradores que seria possível construir um balão com o material da época. Eles inclusive chegaram a fazer um voo com um balão feito com esse material, pilotado por Julian Nott, com a ajuda de Jim Woodman.
Outras descobertas contribuíram com o principio do balonismo, assim como de Archimedes (200 A.C), ao mostrar que o volume de um corpo mergulhado num líquido é igual ao volume líquido removido. Muitos anos depois, Galileu prova que o ar tem uma densidade de peso. Neste meio tempo, Roger Bacon (séc. XIII) desenvolveu uma teoria sobre balões cheios de ar etéreo (aetherial air).
Ilustração da época em que testes com balões de ar quente eram realizados constantemente
O escritor francês Cyrano de Bergerac, ativo durante as pesquisas de Galileu, faz com seus heróis cheguem ao Sol e à Lua segurando balões cheios de vapor que, ao se aproximarem do Sol, ficariam mais leves.
Outras idéias vieram de outros inventores, como Lara – Terzi, que chegou a publicar a teoria de que um banco de madeira poderia ser levado por quatro esferas com vácuo. Porém somente em 1709, com o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão, é que finalmente o homem moderno dá seu primeiro passo em direção aos céus.
Bartolomeu mostrou a Dom João V de Portugal seu balão a ar quente, provavelmente feito de papel, com algum material em chama na parte inferior, que só se ergueu aproximadamente a um metro do solo, e aparentemente se incendiou. Como a patente pedida por Bartolomeu era de que o balão serviria para viagens, transporte, correção de mapas, apoio em guerras, etc ..., o resultado pouco convincente fez com que Dom João V não se animasse muito, deixando o padre desmoralizado.
Fonte: Sacha Haim (360graus.com.br)
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