segunda-feira, 7 de junho de 2010

Russos acusados de roubar bens de vítimas de desastre aéreo

As autoridades polacas acusaram agentes da polícia e soldados do exército russo de roubar bens de vítimas mortais do desastre aéreo de Smolensk, em que morreu o Presidente polaco Lech Kaczynski. Moscou rejeita as alegações.

A acusação foi feita esta segunda-feira pela porta-voz da equipa de investigação polaca que está a conduzir um inquérito ao desastre aéreo de 10 de Abril.

De acordo com Monika Lewandowska, foram registados movimentos bancários com cartões de um dos ocupantes do aparelho, o historiador Andrzej Przewoznik, duas horas após a queda da aeronave, em caixas multibanco da cidade russa de Smolensk.

As alegações já foram rejeitadas pelas autoridades russas, que desmentiram que tivesse sido detido quaisquer militar ou agente da polícia, como tinha informado Varsóvia.

A queda do avião presidencial polaco vitimou o chefe de Estado daquele país bem como grande parte da elite política, militar e cultural que se dirigia a Katyn, perto de Smolensk, na Rússia, para participar numa cerimónia de homenagem às vítimas polacas das atrocidades do Exército Vermelho.

Até ao momento, a tese previlegiada por investigadores e pela imprensa dos dois países é a de que a tripulação do voo ignorou ordens dos controladores aéreos russos na aproximação ao aeroporto, num momento em que um intenso nevoeiro dificultava as operações aéreas na região.

Após o desastre, as relações historicamente tensas entre a Polónia e a Rússia registaram uma melhoria graças à colaboração no inquérito ao incidente. As acusações dos investigadores polacos voltam a revelar desconfiança entre Varsóvia e Moscou.

Fonte: SOL (com agências)

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