A Companhia de Aeroportos da África do Sul (ACSA) investiu 165 milhões de rands (17 milhões de euros) para reforçar a segurança de seus terminais, pelos quais deverão passar 300.000 visitantes estrangeiros nos dias da competição.
O dispositivo terá seu primeiro grande teste esta semana, nos dois dias antes da abertura do Mundial, 9 e 10 de junho, para quando está prevista a chegada de 100.000 torcedores.
Para proteger as malas, a ACSA adquiriu scanners eletrônicos, capazes de seguir o rastro das bagagens pelo aeroporto. Em caso de desaparecimento, o sistema indica quem foi o último a tê-las manipulado.
"Esta nova tecnologia permitiu reduzir consideravelmente os roubos", afirma Tebogo Mekgoe, diretor adjunto do aeroporto OR Tambo de Johannesburgo.
"Há três anos, tínhamos cerca de 40 roubos por dia", admite, ressaltando que não recebeu denúncias durante a Copa das Confederações-2009, o 'ensaio geral' para a Copa do Mundo, em junho passado.
O maior aeroporto sul-africano também contratou novos funcionários para que localizem as malas e formou uma "equipe de intervenção rápida", encarregada de solucionar qualquer problema relacionado à perda de bagagens. No total, 175 agentes suspeitos de roubo foram demitidos no ano passado.
Apesar de todas estas medidas, a companhia nacional South African Airways apresenta ainda registros de dois roubos para cada 1.000 malas. Em março, seu presidente, Chris Smyth, acusou publicamente redes criminosas organizadas de atuarem nos aeroportos.
Em seu site, a embaixada dos Estados Unidos instrui os viajantes a fecharem suas malas com sistemas de proteção. As autoridades diplomáticas britânicas recomendam, por sua vez, que seus cidadãos protejam seus pertences com plástico, um serviço disponível em muitos aeroportos.
As medidas de segurança nos aeroportos também têm pela frente o desafio de impedir ataques terroristas.
Os temores aumentaram em maio quando jornalistas da emissora de rádio 702 conseguiram superar os sistemas de segurança aeroportuários de Johannesburgo, Cidade do Cabo e Durban com facas, seringas e tesouras.
Graças a uma "tecnologia de nível mundial" e ao treinamento dos funcionários, "mais de 700 objetos proibidos (durante um voo) são detectados por dia nos aeroportos sul-africanos", assegura um porta-voz da ACSA, Solomon Makgale, insistindo que suas instalações são seguras.
A África do Sul é um dos países com maior índice de criminalidade e a segurança é uma das obsessões dos organizadores e das autoridades locais, em um momento em que o mundo todo volta suas atenções para o país durante o maior evento do futebol mundial.
Fonte: Joshua Howat Berger (AFP)
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