segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um balão é composto de...

Ao redor do envelope são afixadas fitas de nylon trançadas que tem uma grande capacidade de força. Uma fita de 25mm é capaz de levantar 1000kg. Os balões podem ter 8 ou mais fitas verticais, sendo que bastaria apenas uma para levantar duas vezes o peso do cesto. Os balões também tem fitas horizontais que impedem a sua deformação e o alastramento de um eventual rasgo.

Na parte inferior do balão (boca) é usado o Nomex, pois esta é a parte que fica mais próxima do maçarico e onde, durante a inflagem, pode ocorrer pequenas chamuscadas no tecido. Ele tem um tratamento antichama, evitando que venha a derreter. O Nomex é uma fibra especial, a mesma usada para confecção de macacões de piloto de fórmula 1, e tem um custo muito elevado.

Abaixo da boca de Noemx encontra-se normalmente o “scoop”, o qual ajuda na inflagem e no vôo, pois faz com que o vento entre no envelope, dando ainda mais pressão. Caso não haja o “scoop”, o ar frio, ao passar pela boca do balão, leva junto o ar quente, tirando desta forma a pressão do envelope. Ainda temos uma outra forma de proteção, usada principalmente pelos americanos, que é a saia. Esta fica pendurada abaixo da abertura inferior do balão, protegendo desta forma o maçarico. A saia tem aberturas na sua parte superior, de forma que, quando o ar frio passa, leva o ar que entra por essas aberturas, deixando a massa aquecida do envelope imóvel.

Para um balão perder altitude, é necessário que a sua massa de ar esfrie. Há duas maneiras para se fazer isto: uma é esperar que esfrie naturalmente, e outra é através do “para-quedas” (ou tap)

O “para-quedas” fecha um orifício na parte superior do envelope e é centralizado através de cordins. Há uma corda (vermelha) que liga o “pára-quedas” ao cesto. Quando esta é puxada, abre-se parte do orifício, deixando escapar o ar quente. Quando esta corda é liberada, o pára-quedas volta ao seu lugar, empurrado pela massa de ar quente ainda existente dentro do envelope, voltando a vedar o orifício. Em vôo, apenas se dão ligeiros “toques” na corda, suficientes para permitir a saída de um pouco de ar para perder altura. Apenas no pouso final a corda é totalmente recolhida, para permitir o esvaziamento do envelope.

Para que um balão possa voar, temos de aquecer a massa de ar que se encontra no interior do envelope. Para tal usamos o maçarico e seu sistema de combustível

Foi graças ao maçarico que surgiu o balão moderno, pois sem ele seria inviável, já que é necessário manter uma chama acesa para poder aquecer o ar do envelope.

Fonte: Sacha Haim* (360graus.com.br) - Foto: Equipe 360

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