Acidente ocorreu a partir de um gaseificador de água que estava dentro da mala de um passageiro em Guarulhos que tinha passado por Dallas, Boston e Chicago.
Procurada por O Globo para comentar o caso do gaseificador de água que explodiu no aeroporto de Guarulhos (SP) , na última segunda-feira, enquanto ainda estava dentro de uma mala vinda dos EUA, a Administração Federal de Aviação americana (FAA, na sigla em inglês), destacadas as regras do transporte de cilindros de CO2 na bagagem. Em comunicado, o órgão disse que os cartuchos de dióxido de carbono podem ser transportados apenas na bagagem despachada, mediante alguns requisitos envolvendo seu tamanho e quantidade. Quanto a isso, os passageiros precisam atender as seguintes limitações:
- Até quatro cartuchos/cilindros contendo gás não inflamável.
- Cada cilindro não deve exceder 50 ml (equivalente a 28 g de cartucho de auxílio de carbono).
- Cartuchos/cilindros não instalados em um dispositivo devem ser embalados com segurança.
Em caso de dúvidas, a FAA disponibilizou os links de seu regulamento e de seu programa de segurança.
O dono da mala que explodiu, Flyder Nascimento de Moraes, contornou ao portal g1 que saiu dos EUA e parou em São Paulo antes de seguir viagem para Belo Horizonte, mas já havia realizado outros voos no exterior com o equipamento. Flyder disse ter passado por Dallas, Boston e Chicago. Diante da explosão, o passageiro afirmou ter ficado chocado.
"Fiquei muito preocupado, com medo. Imagina se tivesse explodido dentro do avião. Esse foi meu choque", disse ele ao g1.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já havia destacado em nota divulgada na quarta-feira a recomendação para os passageiros sempre verificarem com as companhias aéreas ou diretamente com a Anac, em seu site , quais itens são permitidos a bordo e quais são proibidos.
"É importante ressaltar também que as companhias aéreas são obrigadas a informar os itens restritos nos voos. Essas informações são descritas no momento do check-in. O passageiro precisa dar ciência sobre os itens restritos antes de proceder com o preenchimento das informações. Por isso , ressaltamos a importância de ler esse comunicado”, acrescentou.
Especificamente sobre o transporte de cilindros de oxigênio ou dióxido de carbono, a Anac esclareceu que há restrições. No caso do gaseificador de água que explodiu na segunda-feira, a máquina possuía cilindros de dióxido de carbono. Estes produtos são, contudo, "terminantemente proibidos" a bordo, seja na mala despachada ou na de mão. O perigo surge a partir das mudanças de temperatura e pressão durante o voo, que morreram o gás comprimido. Se houver necessidade de viajar com cilindro de uso médico, a Anac destacou que o passageiro deve avisar a companhia aérea com 72 horas de antecedência para que a empresa possa disponibilizar um equipamento próprio.
Via O Globo - Foto: Reprodução
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