terça-feira, 26 de abril de 2022

Hangar de aeroporto no interior de SP de onde saiu avião carregado com drogas é investigado

Mais de meia tonelada de cocaína estava no jatinho, que saiu de Salvador (BA) com destino a Portugal. Operação contra tráfico internacional de drogas prendeu sete pessoas no Brasil e no país europeu.


A Polícia Federal continua a investigação em um hangar do aeroporto de Jundiaí (SP) de onde saiu um avião para Salvador (BA) carregado com mais de meia tonelada de drogas. O destino da aeronave era Portugal.

Mais de meia tonelada de cocaína estava no jatinho executivo de luxo, que pertence à maior empresa portuguesa de táxi aéreo. Várias partes do avião tiveram que ser desmontadas para a retirada da droga.

O táxi tinha saído de Cascais, em Portugal, pousou em Salvador e, no dia seguinte, veio para o aeroporto de Jundiaí.

Segundo as investigações, o avião foi carregado com a cocaína no aeroporto de Jundiaí. Dias depois, voltou para Salvador, de onde sairia para Portugal, mas o avião teve uma pane elétrica. Quando os mecânicos abriram a fuselagem, chamaram a polícia, dando início à Operação Descobrimento.

Operação Descobrimento


A Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada, contou com a ajuda da polícia portuguesa, da Interpol e da Agência Americana Antidrogas.

Sete pessoas foram presas no Brasil e em Portugal. Entre os presos está a doleira Nelma Kodama, que ficou conhecida na Operação Lava Jato.

"Todos os presos são líderes dentro da organização criminosa, que exerciam influência grande", comenta o delegado da Polícia Federal da Bahia, Adair Gregório.

De acordo com o inquérito, a maior parte da droga transportada pertencia à principal facção criminosa de São Paulo. Segundo a Polícia Federal, a droga vinha da Bolívia e entrava no Brasil pelo Mato Grosso. A investigação agora é para saber como a droga chegou a Jundiaí.

A organização criminosa tinha planos para fazer três viagens por mês para Portugal com o pagamento anual de mais de dez milhões e meio de euros.

O presidente da rede VOA, Marcel Moure, responsável pela administração do aeroporto de Jundiaí, disse que colabora com as investigações da Polícia Federal.

"Esses hangares têm autonomia contratual e legal para poder carregar o que está dentro do seu hangar. Não posso afirmar que isso veio de meios terrestres ou de outros meios, mas o que eu posso dizer é que estamos prestando todos os esclarecimentos e todo o apoio à Polícia Federal à medida que somos demandados por ela, assim nós estamos atuando.


Por TV TEM - Foto: Reprodução/TV TEM

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